Os "Sertões de Fora" e os "Sertões de Dentro". Feiras de Gado
A expansão baiana ocupou os "sertões de dentro", no atual estado da Bahia. Atravessando o rio São Francisco, povoou sua margem esquerda, que então pertencia à capitania de Pernambuco, atingiu a bacia do Parnaíba, desbravou o sul dos atuais estados do Piauí e do Maranhão, atingindo o Ceará.
A expansão pernambucana conquistou os "sertões de fora", ou seja, o litoral da Paraíba e do Rio Grande do Norte e depois o interior, chegando também ao Ceará.
No Ceará fundiram-se as duas correntes de povoamento: a baiana e a pernambucana.
Em fins do século XVII o sertão do Nordeste, da Bahia ao Maranhão, estava desbravado e ocupado pelas fazendas de gado. A população era pequena, mas distribuída de modo mais ou menos contínuo, concentrando-se ao longo dos rios.
A região do vale do rio São Francisco ofereceu as melhores condições naturais para a expansão pastoril. A existência de barreiros de sal, depósitos de sal, foi fator determinante para a fixação do gado na região. A criação estabeleceu-se aí de tal modo que o São Francisco passou a ser conhecido como o "rio dos currais".
Os contatos entre o sertão e o litoral tornaram-se esporádicos, ocorrendo apenas em determinadas épocas do ano, por ocasião das feiras de gado. As feiras reuniam criadores e comerciantes e deram origem a núcleos de povoamento, como Feira de Santana, na Bahia, Pastos Bons, no Maranhão, e Vila da Mocha, atual Oeiras, no Piauí.
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