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Os "Melhoramentos Materiais" e O Barão de Mauá

Nos anos 50 do século XIX a interação de diversos fatores resultará em uma fase de melhoramentos materiais no Império do Brasil.

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Nesta época crescera a popularidade do Imperador D. Pedro II em meio às medidas que tentavam mudar a fisionomia do país. Por onde passava, o Imperador era cercado de forma calorosa - em clara demonstração de "visibilidade da realeza", conforme afirma a antropóloga Lília Moritz Schwarcz -, reinando em um país que, então, caminhava para o que se considerava modernidade.

A extinção do tráfico negreiro, seguida, no mesmo ano de 1850, pela promulgação da Lei de Terras, a centralização da Guarda Nacional e a aprovação do primeiro Código Comercial viabilizaram algumas mudanças importantes.

O Código Comercial, que definia e regulamentava os tipos de companhias que poderiam se instalar no Brasil, e a Lei de Terras tinham como ponto de referência a extinção do tráfico. Esta traria como conseqüência uma grande quantidade de recursos, antes utilizados na comercialização da mão-de-obra escrava africana. Quase que da noite para o dia, abriram-se outras oportunidades de negócios lucrativos.

Neste período, como efeito da Tarifa Alves Branco, de 1844, os produtos importados tiveram um aumento nas suas taxas. Assim, a arrecadação imperial, obtida sobre os produtos vindos do exterior, cresceu significativamente. Também, com o encarecimento das importações, produtos como velas, sabão e tecidos começaram a ser produzidos no Império.

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Investiu-se muito na estrutura do país. Bancos, caixas econômicas, companhias de seguro, empresas industriais, companhias de colonização foram se instalando, especialmente na Corte e em algumas cidades mais desenvolvidas. A "boa sociedade" vivenciou admirada as mudanças que iam ocorrendo.

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