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Os Manifestos de Agosto

Democratas e aristocratas, durante o mês de agosto de 1822, demonstraram por meio de manifestos públicos a contradição entre eles.

O manifesto de Ledo, em primeiro de agosto, dirigido aos "brasileiros", reafirmava a unidade do "Amazonas ao Prata", reconhecia como rei D. João VI, e recusava as tropas vindas de Portugal.

O manifesto de José Bonifácio, em seis de agosto, era dirigido às "nações amigas" e defendia a proclamação política da "Independência do Brasil, mas como reino irmão do português".

Segundo alguns historiadores, os dois podem ser vistos como manifestos de independência, apesar de insistirem na união dos dois reinos. Na verdade, ao longo do ano de 1822 a idéia de separação não parou de crescer. À proporção que as Cortes tomavam medidas cerceando a autoridade do príncipe, a idéia de separação ganhava o sentido de rompimento definitivo e completo. A Independência seria apenas questão de tempo e de oportunidade.

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Em Lisboa, as notícias sobre o que ocorria no Rio de Janeiro agravavam o antagonismo entre os deputados portugueses e brasileiros. As Cortes, através de novos decretos, determinaram a revogação da convocação da Constituinte, a organização de um novo ministério e intimaram D. Pedro a voltar imediatamente a Portugal.

    D. Pedro: Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil