Apesar de termos na escola lixeiras de coleta seletiva, percebemos que tanto alunos como funcionários não colocavam em prática o descarte adequado do lixo. Isso se dava pela falta de cultura e consciência ambiental, ausência de sinalização e o desconhecimento sobre os impactos diretos e indiretos do consumo e descarte exacerbado.
A partir do filme Lixo Extraordinário, começamos a refletir sobre as formas de consumo e descarte. E depois a estudar conteúdos mais específicos da questão da sustentabilidade.
Segundo Loureiro, em Educação Ambiental Transformadora. "A educação ambiental transformadora enfatiza a educação enquanto processo permanente, cotidiano e coletivo pelo qual agimos e refletimos, transformando a realidade de vida. Está focada nas pedagogias problematizadoras do concreto vivido, no reconhecimento das diferentes necessidades, interesses e modos de relações na natureza que definem os grupos sociais e o lugar ocupado por estes em sociedade, como meio para buscar novas sínteses que indiquem caminhos democráticos, sustentáveis e justos para todos" (p.81)
Partindo dessa perspectiva, fizemos um trabalho mais extenso, multidisciplinar no qual a temática da sustentabilidade foi surgindo em diversas disciplinas ao longo de todo semestre, com filme, aula expositiva, debates, jogos e atividades para produção de materiais para o despertar da conscientização.
Começando com o filme Lixo Extraordinário do artista plástico brasileiro Vik Muniz, conhecendo relatos pessoais de quem sobrevive do descarte inconsciente. A partir daqui, refletimos sobre a nossa forma de descarte, o que podemos mudar individualmente para que catadores, como os que aparecem no filme tenham o trabalho mais humano. Refletimos também sobre quem são as pessoas ao nosso redor que catam esses materiais.
Com uma aula expositiva, estudamos o que é sustentabilidade, de que maneira ela afeta nossas vidas e o que são as ODS.
Conhecemos algumas ações coletivas e individuais que mudaram e estão mudando suas localidades a partir de pensamentos sustentáveis.
Conhecemos o tempo de decomposição de materiais que usamos rotineiramente e descobrimos o que pode acontecer com o descarte errado desses materiais.
Refletimos sobre quais ações e equipamentos nossa escola já possui alinhadas com a sustentabilidade.
Durante uma dinâmica exercitamos nosso conhecimento sobre que material deve ir para cada lixeira. (Nessa mesma atividade tivemos um diálogo com a horta da escola, pois nessa dinâmica o grupo vencedor teve o direito de escolher a hortaliça que levaria para casa).
Produzimos sinalização para os locais onde precisamos melhorar nossas atitudes em relação aos equipamentos existente na escola, como lembrar de jogar o lixo de plástico na lixeira de plástico, o de papel no papel.
E finalmente, passamos a usar a lixeiras seletivas da escola de forma correta.