ACESSIBILIDADE:
Acessibilidade: Aumentar Fonte Acessibilidade: Retornar Fonte ao Tamanho Original Acessibilidade: Diminuir Fonte
Ícone do YouTube Ícone do Instagram Ícone do Tik Tok Ícone do Facebook WhatsApp
Ícone Sanduíche para Navegação
Logotipo do Projeto Cartografias de Boas Práticas da Rede Navegue pelo mapa e conheça as diferentes ações escritas e promovidas por profissionais de toda a nossa Rede.
Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
QUANTAS ALAFIÁS PASSARAM POR AQUI
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADES DE ENSINO
EM Cesar Augusto Soares - 3ª CRE
Rua Paim Pamplona 50 - Sampaio
Unidade não vocacionada


EM Cesar Augusto Soares - 3ª CRE
Rua Paim Pamplona 50 - Sampaio
Unidade não vocacionada


AUTOR(ES)
Andreza Bittencourt Cavalcanti
Andreza Bittencourt é professsora do município do Rio de Janeiro desde 2012. Atualmente é discente do Mestrado Profissional da UNIRIO 2022.2 – PPGEAC – com o projeto “Quantas Alafiás Passaram Por Aqui...” - um estudo para aulas de Artes Cênicas antirracistas - sob orientação do professor Paulo Melgaço da Silva Junior. A pesquisa está sendo realizada ao longo do ano de 2023 na E.M. César Augusto Soares com os/as estudantes do 5º ano. Como parte do processo a Turma se apresentou no FESTA 2023.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
professora 1 - artes cênicas
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
5º ano
HABILIDADES
5º ano - Artes Cênicas - Demonstrar criatividade e capacidade de invenção cênica, respeitando as regras estabelecidas de maneira amigável
5º ano - Artes Cênicas - Desenvolver a consciência corporal
5º ano - Artes Cênicas - Desenvolver o pensamento crítico-reflexivo
5º ano - Artes Cênicas - Identificar as possibilidades corporais e vocais
5º ano - Artes Cênicas - Praticar a solidariedade, resiliência e empatia com o outro e a coletividade
5º ano - Artes Cênicas - Relacionar-se em cena com o espaço, com o outro e com o texto
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Fevereiro/2023 até Dezembro/2023
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET
Objetivo(s), em consonância com as Diretrizes Curriculares para as Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira, africana e indígena
O objetivo central que norteia a presente pesquisa é: em que medida as aulas de Artes Cênicas, utilizando a literatura negra, podem contribuir para a desconstrução desse modelo eurocêntrico de poder e, consequentemente, com a luta antirracista colocando em prática a Lei 10.639/03? O livro "Alafiá a princesa guerreira" de Sinara Rúbia é o condutor do processo. A história de Alafiá conta a história do Brasil a partir do olhar de quem foi sequestrado, de quem resistiu e salvou muitas vidas no período da escravização. A linguagem teatral é uma potente ferramenta de autoconhecimento, de valorização da autoestima, de reconhecimento e afirmação do ser. Paralelamente ao estudo prático do texto, as crianças serão incentivadas a buscarem suas próprias histórias - Quem são as guerreiras que as trouxeram até aqui? -, promovendo um resgate da memória local e trazendo esses relatos para o processo criativo da construção do roteiro e do espetáculo Quantas Alafiás passaram por aqui...
Para tentar responder à questão central da pesquisa e atingir os objetivos propostos, utilizei a pesquisa-ação. Já que esta pesquisa está diretamente ligada a uma realidade: o combate ao racismo dentro do espaço escolar. O processo se iniciou a partir do contato com vários livros de literatura infantojuvenil negra sempre com autores/as negros/as. Construí um painel com as fotografias dos autores/as e deixei que eles trouxessem suas curiosidades e informações sobre aquele universo. Seguimos com aulas práticas com exercícios de corpo e voz. Estimulando a concentração, a consciência corporal e vocal, a expressividade, a desinibição e especialmente atividades que explorassem a união do grupo. Junto a isso as discussões sobre quem somos, o que sonhamos, o que pensamos sobre o mundo, o país, a cidade, aconteciam paralelamente e provocados por alguns exercícios cênicos. Eles assistiram a contação de "Os Tesouros de Monifa" de Sonia Rosa para abrimos as discussões sobre ancestralidade. Até que chegou o dia de ler a história de Alafiá, a Princesa Guerreira. Cada aluno recebeu um exemplar. Em 2022, a Gerência de Relações Étnico-Raciais, distribuiu exemplares de livros de literatura negra infantojuvenil nas escolas do município. Alafiá, a princesa guerreira estava entre eles. A partir da leitura iniciamos a criação cênica e trabalhamos todo o tempo utilizando o livro como objeto cênico. Apresentamos o espetáculo no FESTA na REDE 2023 e concluiremos a pesquisa até o final de 2023.
A turma 1501 se envolveu e se empenhou ao longo do processo. Contribuíram tanto na criação cênica dos atores quanto nas demais construções que compõem a cena, como por exemplo a trilha sonora. Em um determinado momento dos ensaios quando decidíamos a trilha sonora eles falaram: "professora, tem que ter a Elza Soares". No começo do ano realizamos um trabalho sobre a violência contra a mulher onde utilizamos Elza Soares como artista norteadora para a discussão e neste momento de criação eles afirmaram a importância de Elza estar em nossa cena. As situações de racismo foram, ao longo do ano sendo mais denunciadas. Eles identificavam e denunciavam quando aconteciam. Os casos não diminuíram, mas o grupo não permitia mais que acontecesse sem levantar a discussão. Além da apresentação no festival, apresentamos no escola de portas abertas no pátio da escola e no GET Elza Soares no dia 22/11 na semana da consciência negra compartilhando este projeto com as turmas de quinto ano do GET.
Referências Bibliográficas

ALBUQUERQUE,Wlamyra.“A Vala Comum da ‘raça emancipada’”: abolição e racialização no Brasil, breve comentário.Geledés, 2011. Disponível em:https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2014/04/Abolicao_e_racializacao.pdfAcesso: 29 set. 2023.

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

BÁRBARA, Carine. Como Ser Um Educador Antirracista. São Paulo: Planeta, 2023.

BENTO,Cida.O Pacto da Branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.

MUNANGA, Kabengele.Negritude: usos e sentidos. São Paulo: Ática, 1986.

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: o processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva, 2016.

Registros
IMAGENS
Alafiá é nosso escudo. Disse um estudante no início do processo.
Literatura infantojuvenil negra
Apresentação FESTA na REDE início
apresentação GET Elza Soares
Apresentação portas abertas
teatro na sala de aula
leitura do livro Alafiá a princesa guerreira
leitura e do livro Alafiá 2
VÍDEOS
PDFs
Envie sua mensagem
E aí, professor(a)?

Gostou dessa ação, tem alguma sugestão ou quer tirar alguma dúvida com este(a) professor(a)? Mande uma mensagem para ele(a) aqui. As Cartografias também consistem neste espaço de trocas e compartilhamentos do que se produz na Rede Municipal de Educação carioca.