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Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
Ações antirracistas na base
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Vereadora Marielle Franco - 4ª CRE
Rua Projetada D S/N Maré / Vila do Pinheiro - Bonsucesso
Escola do Programa Bilíngue


AUTOR

THAIS SILVA ALCANTARA DE SOUZA

Professora do Ensino Fundamental I na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Mestra em Letras/Linguística pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Especialista em Língua Portuguesa pela Universidade Federal Fluminense (UFF); Especialista em Educação Psicomotora pelo Colégio Pedro II (CPII); Graduada em Letras- Português/Inglês pela Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO), com bolsa de estudo do Programa Universidade para Todos (PROUNI). Atualmente, participa do grupo de pesquisa voltado para Análise do Discurso na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem interesse nas áreas de Educação, Letras e Linguística, com ênfase em análise do discurso, literatura infantojuvenil, ensino e formação do leitor.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professora do Ensino Fundamental- anos iniciais

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
5º ano
OBJETIVOS

Dialogar com os alunos e com a comunidade sobre ações antirracistas;

Reconhecer que o racismo estrutura nossa sociedade, instaurando desigualdades e rupturas.

Perceber que o racismo é um sistema de opressão que nega direitos e não apenas um ato involuntário.

Reconhecer discriminações raciais, até mesmo no ambiente escolar, e combatê-las.

Combater os efeitos negativos dos estereótipos, das exclusões sociais e dos preconceitos à pessoa negra.

Conhecer as contribuições de ativistas e intelectuais negras para o movimento antirracista brasileiro.

Dialogar sobre o papel de resistência das mulheres negras no Brasil.

HABILIDADES
5º ano - Anos Iniciais - Identificar os principais elementos naturais do município do RJ, reconhecendo os seus principais problemas ambientais.
5º ano - Anos Iniciais - Participar de situações de interação oral com desenvoltura e autonomia.
5º ano - História - Compreender o conceito de cidadania e dos direitos humanos como conquistas históricas construídas socialmente, buscando aproximar esses temas com exemplos da realidade cotidiana do estado do rio de janeiro.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/9/20 até atualmente
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET
A prática teve início na primeira semana de setembro. Iniciamos com uma roda de leitura que acontecia sempre ao fim das aulas, nesta roda de leitura lemos o livro: "Pequeno Manual Antirracista" de Djamila Ribeiro. Sob minha mediação, adaptei certos trechos que achava de difícil compreensão devido a faixa etária dos alunos. Ao ler a introdução do Pequeno Manual com as crianças, fiz alusão ao conteúdo de história do material Rioeduca que falava sobre "Descobrimento ou Invasão", justamente o que Djamila apresenta nas primeiras páginas do manual, a falsa ideia de que a população negra "aceitou" a escravidão ou de que a princesa Isabel havia sido a grande "salvadora" da população negra. Após ler, dialogar e debater com os alunos sobre essas questões demos continuidade a nossa jornada de leitura e reflexão. A cada leitura de um novo capítulo, resultante em 11 ao final, pensávamos sobre atitudes antirracistas que muitas vezes não desempenhamos, em julgamentos por estereótipos, em palavras e atitudes ofensivas. Refletimos também sobre a pequena quantidade que há de autores negros, e como seus escritos impactam a sociedade. Além disso, falamos sobre o papel da mulher preta e do duplo preconceito, de gênero e de raça, que se manifesta socialmente. Além de elencar a leitura do manual ao contexto da livro didático, elencamos ao samba-enredo da Mangueira de 2019 (Histórias Para Ninar Gente Grande), pois além da música falar sobre um país que não está no retrato, ou seja, um Brasil onde só se faz conhecida a história do homem branco, na qual apaga e anula a história de resistência do homem preto, a música também faz alusão a Marielle Franco, que brutalmente foi assassinada um ano antes da música, e de quem as crianças conhecem muito bem, já que a escola carrega seu nome por ter residido no Complexo da Maré, figura feminina importante que faz parte das lembranças de vários responsáveis de alunos, já que nos contam que eram amigos dela ou que a conheciam do dia-a-dia. Sendo assim, demos uma guinada no projeto na perspectiva do aluno em relação ao seu ambiente de moradia e educação, levantando questionamentos sobre as condições de infraestrutura, cidadania e economia. Além disso, aproveitamos para falar, não apenas de Marielle, mas também de outras mulheres pretas que fizeram a diferença, que se posicionaram contra o sistema e que marcaram e marcam a nossa história. E, por último, mas não menos importante, aproveitamos esta pauta para envolver a comunidade escolar através dos alunos, que tiveram como "tarefa" de casa, conversar com as pessoas com as quais convivem e levantar ideias de revolução e combate à descriminação pautados na realidade nua e crua na qual vivem. Depois, seguindo outras pautas do livro, demos continuidade falando sobre figuras negras, assim como homens e lançamos o questionamento: Por que não ler autores negros? Sendo assim, apresentei-lhes algumas sugestões de leitura de autores não brancos. Continua ... ainda não chegamos ao fim do projeto
Nossas crianças vivem em um sistema (sociedade) altamente preconceituosa e racista e estão tão "acostumados" com certas atitudes, que reproduzem desigualdades étnico-raciais, ações racistas sem ao menos perceberem. Com este projeto foi e está sendo possível ganhar mais leitores conscientes e críticos, alunos engajados a combater o racismo, a serem, de fato, antirracistas. Além disso, podemos apresentar figuras marcantes e importantes da cultura brasileira que eles nem imaginavam que existiam e eles puderam refletir sobre respeito, empatia, solidariedade, e o poder do povo preto. Com esse projeto, também tivemos alunos levando para escola livros que tinham em casa que falavam sobre revolução, descobrimento (invasão) , livros sobre a história do Brasil. Além disso, começaram a ter um linguajar diferente, como com a ideia de escravizado e escravo. As notas também subiram, pois eles estavam mais engajados, interessados e enxergando a escola com sentido, com sentido no mundo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

DOMENICO et.al, Histórias para ninar gente grande. Escola de Samba Estação

Primeira de Mangueira. Rio de Janeiro: 2019.

Apostila Rioeduca- História (3º bimestre) https://multirio.rio.rj.gov.br/materialrioeduca/pdf/viewer.php?arquivo=material-do-aluno-rioeduca&pdf=../arquivos/pdf_04397_5-ordm-ano-2024-completo-web.pdf&id=4397. Acessado em: 02 de setembro de 2024.

Registros
IMAGENS
Aluno lendo O Manual Antirracista
Mobiles com personalidades negras que fizeram diferença no Brasil
Aluno lendo sobre Marielle Franco
Apresentação de trabalhos
Apresentação de trabalhos
Apresentação de trabalhos
Preparo do Mural
Preparo do Mural
Mural pronto
Mobiles com personalidades negras que fizeram diferença no Brasil
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