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Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
Consciência poética
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UNIDADE DE ENSINO
EM Nicarágua - 8ª CRE
Avenida de Santa Cruz 1015 - Realengo
Ginásio Educacional Olímpico - GEO


AUTOR

TALITA GOULART FERREIRA

Talita Goulart Ferreira é mestra em Letras pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e graduada em Letras – Português/Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui experiência na Educação Básica, atuando no ensino de português, produção de textos e literatura, com foco no desenvolvimento da expressão oral e escrita e da leitura crítica. Além de sua atuação em sala de aula, participa de grupos de pesquisa na área de Educação e da escrita de livros infantis.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professora de Ensino Fundamental

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
9º ano
HABILIDADES
9º ano - Língua Portuguesa - Inferir informações implícitas, seguindo as pistas fornecidas pelo texto como um todo.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Fevereiro/11/2 até atualmente
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET

O projeto "Consciência Poética" se propôs a conscientizar os estudantes sobre a presença de palavras e expressões racistas em nosso vocabulário cotidiano e de promover uma reflexão crítica sobre as implicações dessas palavras em nossa sociedade. A prática foi estruturada com base em uma metodologia que une pesquisa, reflexão, expressão artística e linguagem, engajando os alunos em um processo de ressignificação de termos racistas, a partir de uma abordagem estética e reflexiva.

Objetivos:

Conscientizar os estudantes sobre o racismo presente em expressões do dia a dia.

Estimular a reflexão sobre como as palavras podem perpetuar estereótipos e discriminação racial.

Desenvolver a habilidade de ressignificar essas palavras, criando novas expressões com uma conotação mais positiva e inclusiva.

Explorar a arte e a linguagem como ferramentas de transformação social e cultural.

A prática foi construída por meio de uma série de ações que envolvem pesquisa, reflexão e criação artística. A sequência de atividades seguiu um modelo que integrou aspectos de diferentes campos do conhecimento, com foco na linguagem, arte e ética.

A primeira etapa consistiu em uma pesquisa realizada pelos próprios estudantes, cujo objetivo era identificar palavras e expressões racistas presentes em nosso cotidiano. Essa pesquisa foi fundamental para que os alunos pudessem se familiarizar com o vocabulário carregado de estigmas raciais, e ao mesmo tempo refletir sobre como essas palavras são incorporadas naturalmente à linguagem sem percebermos suas consequências. Essa atividade de pesquisa, além de estimular o pensamento crítico, desenvolveu a habilidade de pesquisa e análise dos alunos.

Para promover a reflexão de forma criativa, a prática foi inspirada na obra da artista Verena Smit, que trabalha com a ressignificação de palavras através da poesia concreta. Ao trazer essa abordagem artística para a sala de aula, a intenção foi usar a arte como uma forma de potencializar a compreensão das palavras e expressões, associando a linguagem ao simbolismo visual. A arte serviu como uma poderosa ferramenta de mediação, permitindo que os estudantes olhassem para as palavras com um novo olhar.

Após a identificação das expressões racistas, os estudantes realizaram a atividade de "datilografar" essas palavras, utilizando uma fonte que remete aos caracteres de uma máquina de escrever, imitando o processo de digitação manual. A escolha dessa estética foi pensada para reforçar a ideia de que é possível "reescrever" a história e transformar a linguagem. Os alunos foram incentivados a riscar com lápis marrom as letras que representavam as palavras racistas, substituindo-as por outras letras ou palavras que expressassem uma nova conotação, mais positiva e inclusiva.

Os estudantes puderam compartilhar descobertas, dificuldades e novas palavras ou expressões que criaram. Essa troca foi essencial para a construção do aprendizado coletivo, permitindo que os alunos se apoiassem uns nos outros, ampliassem suas perspectivas e compreendessem a importância da mudança de atitudes no uso da linguagem. A troca também foi uma maneira de fortalecer o vínculo entre os estudantes, promovendo o respeito mútuo e a conscientização social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. “Sequências didáticas para o oral e a escrita: a apresentação de um procedimento” In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2004. pp. 81-108

GERALDI, J. W. Portos de passagem. 5. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

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