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Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
Lendo literatura de autoria indígena.
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EDI Raio de Sol - 2ª CRE
Rua Joaquim Palhares, 648 - Anexo - Praça da Bandeira
Unidade não vocacionada


AUTOR

ANA GABRIELA LOBO SILVA

Possui especialização em docência na educação infantil e graduação em pedagogia, ambas, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Infantil.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: PROFESSORA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
Pré II
OBJETIVOS

Conhecer um autor indígena.

Valorizar as diferentes características étnicas e culturais.

Fomentar a leitura de literatura indígena como possibilidade de aprender e praticar o respeito à diversidade pluriétnica.

HABILIDADES
Educação Infantil - Educação Infantil - Explorar os elementos da narrativa (personagem e espaço) nas ilustrações de histórias.
Educação Infantil - Educação Infantil - Expressar-se durante a contação de histórias, brincadeiras e na participação de atividades culturais.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/8/20 até atualmente

A minha escolha em propor que as crianças conhecessem o Daniel Munduruku através de sua literatura se deu em decorrência do meu compromisso em ampliar a experiência literária das crianças e pelo cumprimento da lei nº. 11.645/2008, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura indígena no ensino básico.

Há algum tempo tenho me aproximado da questão étnico-racial e mobilizado práticas pedagógicas antirracistas. O curso Território Educador, oferecido pela Gerência de Relações Étnico-Racias/ SME-RJ tem sido um importante aliado para fugir de práticas estereotipadas como as citadas abaixo:

“pedir às crianças que se pintem e se enfeitem de uma maneira genérica e folclorizada, que não representa nenhum povo indígena específico; que desenhem e realizem diversas atividades de língua portuguesa e matemática tendo invariavelmente como referência esse índio genérico; que dancem e cantem canções de autores não índios, que mencionam questões muito vagas, relativas a algumas características das culturas indígenas ou que representam um índio romantizado, inexistente na realidade” (RUSSO e PALADINO, 2016 ,p. 889).

para apostar em uma prática pedagógica que reconheça as histórias indígenas e seus autores (as) e elementos que perpetuam a identidade dos povos originários.

Sendo assim, propus que a turma EI51 conhecesse a história indígena entitulada "Kabá Darebu" do escritor indígena Daniel Munduruku. Nesta atividade as crianças ouviram atentas a história do menino indígena Kabá Darebu que conta a história dos costumes do seu povo, da tribo Munduruku. Ele conta a origem do seu nome, os hábitos da aldeia onde vive, como são feitas suas casas, com quem mora, fala sobre seus familiares, brincadeiras, animais domésticos e animais de caça. Fala sobre as pinturas corporais, instrumentos musicais, cantos e crenças.

Em seguida, exploraram a leitura de outros livros com a temática indígena e em pequenos grupos realizaram um desenho sobre a parte que mais gostaram. Os desdobramentos levaram a turma a aprender mais sobre o grafismo indígena muito presente no artesanato e instrumentos musicais. A tentativa de reproduzir os grafismos trouxeram muito interesse e concentração para a turma. As crianças puderam aprender a reproduzir os padrões que representam os dentes de jacaré, espinha de peixe, casco de tartaruga, entre outros. As crianças também assistiram vídeos de pessoas indígenas de diferentes etnias brasileiras e estas atividades culminaram na produção de instrumento indígena o "pau-de-chuva".

A turma ficou curiosa com os desenhos das pinturas supondo seus significados pelas cores e formatos. Pois no livro, Kabá diz que as pintura são usadas em momentos de alegria, tristeza ou festa indígena. As crianças se interessaram comentando sobre as cores e formatos. Foi animador ver o engajamento da turma com as propostas sugeridas a partir da leitura literária do livro de autoria indígena e perceber que a partir do que foi proposto as crianças foram compreendendo os modos de organização e representatividade dos indígenas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RUSSO K, PALADINO M. A lei n. 11.645 e a visão dos professores do Rio de Janeiro sobre a temática indígena na escola. Rev Bras Educ [Internet]. 2016Oct;21(67):897–921. Available from: https://doi.org/10.1590/S1413-24782016216746

MUNDURUKU, Daniel. Kabá Darebu. São Paulo: Brinque-Book, 2019. 28 p.

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