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Boas Práticas
Anos Iniciais
O senhor do trem
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
CIEP Engenheiro Wagner Gaspar Emery - 9ª CRE
Avenida Cesario de Melo 7431 - Inhoaíba
Unidade não vocacionada


AUTOR(ES)
William Mathias Moreira
Sou professor da rede municipal do Rio e doutorando em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); mestre em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) – com bolsa pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); graduado em História pela Uerj (licenciatura e bacharelado) – com curto intercâmbio de um mês para curso na Universidad de Salamanca (ES) pelo programa Top Espanha Santander; bacharel em Arquivologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio); licenciado em Pedagogia pela Uerj; integrante do grupo de pesquisa Ser em Vibração: Estética, Psicanálise, Linguagem e Educação (Uerj) e também do Laboratório de Ensino de História e Patrimônio Cultural (Leehpac) da PUC-Rio. Estudo a relação entre os mais variados tipos de produção cultural com o processo histórico e a educação antirracista.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
Professor dos Anos Iniciais
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
4º ano
OBJETIVOS

  • Trabalhar ideias sobre ancestralidade, memória e musicalidade com crianças da periferia em duas escolas da rede municipal do Rio a partir da exibição do curta de animação O senhor do trem (2021), de Aída Queiroz e Cesar Coelho. O filme presta uma homenagem aos 50 anos da Velha Guarda da Portela.

Numa proposta antirracista, buscamos:

  • sensibilizar nossas turmas, majoritariamente negras, e instigá-las a refletir sobre a herança africana no Brasil. Nosso público são crianças de turmas do 4º ano do Ensino Fundamental;
  • evidenciar que a ancestralidade africana está viva em nossos cotidianos e que o samba é uma das expressões culturais mais enraizadas na nossa cultura;
  • fortalecer a prática dos preceitos preconizados pela Lei Nº 10.639/03, de 9 de janeiro de 2003, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/96) para incluir a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-brasileira no currículo escolar; e
  • promover esse debate em sala de aula e desenvolver a prática da escrita através de uma nuvem de palavras relacionada aos valores civilizatórios afro-brasileiros de Azoilda Loretto da Trindade (1957-2015), intelectual e educadora feminista negra que se dedicou a teorias e práticas no campo da educação antirracista.

HABILIDADES
4º ano - Anos Iniciais - Compreender as causas e consequências, para as relações sociais na Cidade do Rio de Janeiro, dos deslocamentos e migrações, a partir das narrativas locais, buscando valorizar as multiplas culturas.
4º ano - Anos Iniciais - Expressar preferências e gostos pessoais em relação aos temas das aulas, reconhecendo as diferenças e reagindo, respeitosamente, a elas.
4º ano - Anos Iniciais - Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais de seus lugares de vivência, seja na cidade ou no campo, destacando os modos de vida de povos e comunidades tradicionais.
4º ano - Anos Iniciais - Participar de situações de interação oral com desenvoltura e autonomia.
4º ano - Anos Iniciais - Recorrer, com o suporte do/a Professor/a, a  estratégias de aprendizagem de vocabulário, com foco nos usos contextualizados, visando à consolidação/ampliação do repertório lexical.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Março/2023 até Março/2023

Ao assistirmos ao curta de animação, busquei evidenciar às crianças que a nossa ancestralidade africana está viva em nossos cotidianos e em nossa cultura. Durante a exibição, percebi que as crianças ficaram impactadas com a forma pela qual a história é contada na animação e se sentiram representadas ao constatar que nela há uma garota negra como protagonista.

O samba que serve de fundo musical ao epílogo do curta não apenas divertiu as crianças como as fez sambar também. Na roda de conversa em que as reuni em seguida, discutimos impressões sobre o filme e elas manifestaram suas opiniões. O mais inusitado dessa troca foi o desejo das crianças de assistir novamente ao curta para poder ouvir a música outra vez.

A exibição foi uma oportunidade para provocarmos reflexões sobre a escravidão, falar da importância da contação de histórias para a constituição de nossa memória e falar sobre o samba. Mais tarde, as crianças reproduziram no quadro palavras-chave com os termos mais importantes segundo elas no filme e criamos uma nuvem de palavras.

Foi intensa a participação e o engajamento dos alunos das turmas 1403 e 1405 no debate que se seguiu à exibição da animação Senhor do trem. A sequência de imagens reproduzindo pontos da cidade como o bairro de Oswaldo Cruz, a região conhecida como Pequena África, o Instituto Pretos Novos, a estação da Central do Brasil, a Pedra do Sal e a Escola de Samba Portela aguçou a curiosidade da criançada

Também problematizamos a herança afro-brasileira transmitida pelo samba e pelos ancestrais personificados pela Velha Guarda da Portela, homenageada no filme, pela trajetória da personagem Dandara e por Paulo da Portela.

A ideia também foi reproduzir, através de uma nuvem de palavras, os pontos mais interessantes explicitados pelas próprias crianças, ajudando-as a interpretar a animação, além de contribuir para melhorar seu vocabulário e sua expressão.

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