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Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
Rê Tinta e o pé de jamelão da paz
Informações
Relato
Resultados Observados
TEMÁTICA SELECIONADA
  • Práticas de educação das relações étnico-raciais
UNIDADE DE ENSINO
EM Leonel Azevedo - 11ª CRE
Rua Luís Sá S/N - Portuguesa
AUTOR(ES)
Ana Carolina Lima de Siqueira Mizrahi
Sou Ana Carolina, tenho 34 anos, e me graduei em Licenciatura em Educação Artística, com habilitação em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sou servidora do Município desde 11 de outubro de 2011. Atuo como professora de Artes Plásticas na E.M. Leonel Azevedo (11ª CRE), no bairro da Portuguesa, Ilha do Governador, desde meu ingresso na rede municipal de ensino e como regente da sala de leitura-pólo da unidade escolar desde 2018.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
Professora de Sala de Leitura / PI 16h - Artes
OBJETIVOS

• Incentivar a leitura;

• Incentivar a imaginação;

• Entender e desfazer quaisquer ideias que possamos ter que sejam racistas;

• Aprender e respeitar as diferenças do outro; e

• Aprender a ouvir antes de julgar.

ANOS DE ESCOLARIDADE
1º ano , 2º ano e 3º ano
HABILIDADES
1º ano - Sala de Leitura - Apreciar conto literário, observando sonoridades, jogos de palavras, reconhecendo seu pertencimento ao mundo imaginário e sua dimensão de encantamento, jogo e fruição. Comparar características de diferentes materiais presentes em objetos de uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem ser usados de forma mais consciente. Identificar alguns animais marinhos
1º ano - Sala de Leitura - Explorar diferentes formas de expressão bi e tridimensionais (desenho, pintura, colagem, dobradura, escultura, modelagem etc.), estimulando o manuseio e a percepção da diversidade de materiais e suas consistências, os recursos dos instrumentos adequados, a forma de trabalhar nas técnicas convencionais, valorizando o uso sustentável dos materiais.
1º ano - Sala de Leitura - Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos. Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Setembro/2022 até Outubro/2022

Nossa prática começa com a apresentação do título do livro Rê Tinta e o pé de jamelão, de Estevão Ribeiro. Pergunto se a turma sabe o significado da palavra retinta e em seguida explico o significado, se possível, com imagens. Ressalto a variedade de tons de pele que temos e como todas eles são bonitos. Peço que as crianças observem essa variedade na sala de aula e então iniciamos a leitura do livro.

Ao final da leitura, pergunto às crianças o que sentiram em relação aos vizinhos que, na história, se deixam levar pela opinião de um só homem e destroem a árvore da avó da Rê Tinta. Pergunto se elas também já passaram por isso, de se deixar levar pela opinião de uma outra pessoa sem conhecer os fatos.

Em seguida, passamos à criação de pés de jamelão. Pode ser uma árvore ou várias por turma. Cada aluno desenhará uma figura dentro do pé de jamelão ou escreverá palavras de paz em oposição às imagens e palavras de ódio proferidas pelas pessoas do livro. Queremos só árvores de paz.

Se as crianças estiverem aprendendo a escrever, podemos fazer uma escrita coletiva. Se já souberem, poderão ser convidadas a escrever suas palavras no quadro enquanto as outras crianças as copiam em seus pés de jamelão, ou nas folhas de suas árvores.

Conforme as árvores vão sendo construídas, os diálogos sobre o que acontece no livro continuam e o próprio fazer do trabalho em grupo contribui no sentido de ajudar os alunos a se respeitar. A ideia é que, assim como no livro todo o bairro ficou cheio de pés de jamelão, toda a escola fique cheia de árvores, uma de cada turma.

As crianças mantêm a atenção presa à história e reagem de forma enérgica às injustiças apresentadas na narrativa. Elas se envolvem e criam empatia com a personagem principal. Entendem o que acontece, mas as de turmas de crianças de menor idade (1º ano) demoram ou não conseguem relacionar a derrubada da árvore ao racismo.

Na atividade prática de construção das árvores, as turmas gostam muito de trabalhar em grupo e se respeitam. Os alunos se ajudam uns aos outros e gostam de participar de todas as etapas, desde o recorte dos pés de jamelão ao recorte das folhas, da colagem, de tudo.

Durante o processo, na turma de 3º ano, alguns alunos se manifestaram com frases de cunho racista, enquanto outros, vítimas do racismo, foram agressivos do mesmo modo ao se manter na defensiva. Mas conseguimos debater e ainda estamos debatendo abertamente o preconceito e conseguindo criar ambientes de mais respeito como um todo nas turmas.

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