ALINE PAIXÃO é professora de Ciências da rede municipal do Rio de Janeiro desde 2010 e há 4 anos leciona na EJA. É licenciada em Ciências Físicas e Biológicas pela UERJ, possui Mestrado em Ciência, Tecnologia e Educação pelo CEFET/RJ e atualmente é doutoranda na mesma Instituição. Suas áreas de pesquisa são: currículo crítico no ensino de ciências e gênero/mulheres no ensino de ciências.
FATIMA CORREIA é professora de Língua Inglesa da rede municipal do Rio de Janeiro desde 1999, há dez anos na EJA, há 2 anos, no CREJA. Possui formação na área de Letras (Inglês) pela UERJ, Pós-Graduação em Educação em Turismo e Especialização pelo PDPI - Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa pela Universidade de Ohio (EUA).
1. A confecção de um mural com todo os tipos de violência contra as mulheres, como denunciar e onde essas mulheres podem ser acolhidas quando em situação de violência. Nesse mural buscamos deixar claro que as mulheres têm saída e que podem contar com a escola. 2. Atividade "Como reconhecer um macho". Nessa atividade os alunos, junto a professora de língua Inglesa, foram convidados a refletirem sobre situações e episódios cotidianos de machismo entranhados na sociedade, correlacionando com palavras em Inglês como, por exemplo, "mansplaining". Foram utilizados pequenos vídeos para problematizar as situações. 3. A partir da história de vida e luta de Aretha Franklin, os (as) estudantes foram convidados a pensarem e pesquisarem sobre outras mulheres influentes na sociedade e que se indignavam com a situação das mulheres no mundo.
4. Uma roda de conversa foi realizada com a advogada Drª Mariah Castro Neves, membra do Instituto Brasileiro de Direito da Família, com as estudantes da escola sobre a Lei Maria da Penha e os encaminhamentos jurídicos necessários relacionados ao divórcio, a pensão alimentícia e aos diversos tipos de violência.
Reconhecer a saúde individual e coletiva em suas dimensões física, mental e social, com um bem e direito do cidadão.
*Analisar o papel social que os sujeitos históricos desempham nas relações de tabalho.
*Compreender como as relações de poder e dominação são construídas socialmente.
*Estabelecer as diferenças, conexões e diálogos entre o conhecimento científico e o popular
Entendemos o fato de que somente nascer mulher já nos conduz historicamente a um lugar de submissão, a ideia desse trabalho surge principalmente para problematizar esse lugar que não queremos e não devemos estar.
A educação de jovens e adultos apresenta em sua história uma relação íntima com sujeitos sociais invisibilizados. As experiências desses sujeitos apontam para uma educação onde o diálogo e a reflexão sobre a condição de sua existência sejam um motor de propulsão para a conscientização das opressões que sofrem (FREIRE,1987; ARROYO, 2014). Por isso, as mulheres relegadas em sua história a sujeitos passivos (LERNER, 2019) devem encontrar nos bancos escolares da educação de jovens e adultos uma tentativa de reconstrução de suas histórias, tornando esse coletivo pertencente a classe feminina uma resistência a práticas machistas, sexistas e patriarcais que ainda existem na sociedade, inclusive o ciclo de violências nas quais todas estão inseridas.