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Boas Práticas
Práticas integradas de assistentes sociais, professores e psicólogos
'#boraficarsuave': a potência da escuta e da troca entre adolescentes
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Cardeal Leme - 1ª CRE
Rua ébano 205 - Benfica



AUTOR(ES)
Jôse Sales e Priscila Furtado

  • Jôse Sales é graduada em Psicologia, doutora em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGTP/UFRJ), docente em Psicologia no Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau-RJ) e autora do livro Racismo no Brasil: um olhar psicanalítico. Jôse atua no Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Proinape/Niap/SME) da Prefeitura do Rio.
  • Priscila Furtado da Silva é graduada em Serviço Social pela Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FSS/Uerj) e atua como assistente social no Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Proinape/Niap/SME) da Prefeitura do Rio.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
Psicóloga e Assistente social
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
6º ano
7º ano
8º ano
9º ano
OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

  • Oferecer um espaço de escuta aos alunos da unidade escolar, visando uma aproximação da realidade social, política, econômica e cultural vivenciada por esses adolescentes, de modo a intervir nos aspectos psicossociais e institucionais que possam interferir no processo de ensino-aprendizagem e no vínculo aluno-escola.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Facilitar a expressão dos sentimentos e afetos inerentes à fase da adolescência;
  • Colaborar para a troca de experiências entre os participantes, de modo a favorecer elaborações a partir da própria fala e da escuta do outro;
  • Contribuir para a promoção de saúde intra e extramuros escolares;
  • Fomentar o pensamento crítico no sentido de fortalecer os sujeitos envolvidos na ação, para que estes se percebam detentores de direitos – tais como o direito à vida, à saúde, à educação, à moradia –, sobretudo, do direito de sonhar;
  • Apoiar, a partir do exercício da interdisciplinaridade, o conjunto de profissionais da escola no processo de discussão e reflexão sobre os temas que atravessam as relações de ensino aprendizagem.

HABILIDADES
6º ano - Sala de Leitura - Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação. Para fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
7º ano - Sala de Leitura - Observar a si próprio e o mundo que nos rodeia com visão crítica; praticar a autoaceitação; estimular a pesquisa literária como veículo de conhecimento e reflexão.
8º ano - Sala de Leitura - Observar a si próprio e o mundo que nos rodeia com visão crítica; praticar a autoaceitação; estimular a pesquisa literária como veículo de conhecimento e reflexão.
9º ano - Sala de Leitura - Observar a si próprio e o mundo que nos rodeia com visão crítica; praticar a autoaceitação; estimular a pesquisa literária como veículo de conhecimento e reflexão.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Abril/2022 até Dezembro/2022

INTRODUÇÃO:

A ideia de desenvolver um grupo aberto para os educandos da E.M Cardeal Leme, em Benfica, Zona Norte do Rio, surgiu em 2020, no auge da pandemia da covid-19, quando as aulas ainda eram remotas. O projeto foi denominado #boraficarsuave e os encontros aconteceram online, com periodicidade quinzenal e voltados apenas às turmas de 9º ano.

Em 2022, o #boraficarsuave passou a ser presencial e ofertado a todas as turmas da escola – do 6º ao 9º ano. A criação e manutenção de um projeto cujo objetivo principal era ofertar um espaço de escuta aos adolescentes dentro do ambiente escolar se justificou não só pelo grande número de pedidos espontâneos para uma conversa com a equipe do Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Proinape) mas, sobretudo, pelo entendimento da escola como um espaço de socialização, principalmente entre as classes sociais desfavorecidas, considerando as desigualdades existentes e a dificuldade de acesso a serviços de lazer e cultura.

Entendemos a escola como um locus privilegiado de convívio com as diferenças e a diversidade, bem como com a pluralidade de ideias e visões de mundo, na medida em que a escola favorece o contato com múltiplos valores que vão além dos adquiridos no ambiente familiar.

Ao pensar em desenvolver este projeto, nos pautamos pela concepção de escola como uma instituição que não se limita à aquisição de conhecimento, mas que também tem, entre suas funções, a promoção de saúde, tal como defendem Lopes, Nogueira e Rocha (2018).

Assim, nosso projeto também teve como objetivos:

  • facilitar a expressão dos sentimentos e afetos inerentes à fase da adolescência;
  • colaborar para a troca de experiências entre os participantes de modo a favorecer elaborações a partir da própria fala e da escuta do outro; e
  • contribuir para a promoção de saúde intra e extramuros escolares

METODOLOGIA:

A equipe optou por formar quinzenalmente um grupo aberto, utilizando a metodologia da roda de conversa e tendo como público-alvo alunas e alunos do 6º ao 9 º ano, com limite de 30 participantes por encontro. A divulgação do projeto e datas de seus encontros foi feita por cartazes e oralmente com a entrada da equipe nas turmas.

Nos encontros, utilizamos diversas dinâmicas, algumas envolvendo recursos de poesia e música, para facilitar a fala e o debate entre os participantes. Também fizemos atendimentos individuais quando identificamos possíveis situações de vulnerabilidade psicossocial no decorrer dos encontros. A equipe buscou ainda realizar reuniões periódicas com a equipe gestora para discutir o funcionamento do projeto e expor as principais questões apresentadas pelos alunos e as reflexões que fizemos sobre elas.

Nos encontros, abordamos assuntos como sentimentos, família e autoestima. Avaliamos que o objetivo geral de oferecer um espaço de escuta foi alcançado, bem como os demais objetivos. A aposta da equipe em desenvolver uma ação coletiva em formato de grupo aberto levou em consideração o desejo dos sujeitos. O número elevado de alunos interessados em participar do grupo nos desafiou a construir estratégias capazes de acolher a todas e todos. Fez-nos perceber ainda que somente o trabalho do Proinape não é suficiente para suprir a demanda de falar, ser escutado e trocar considerações entre pares. É necessário que a escola também reconheça a importância desses espaços de socialização, já que se trata de uma de suas funções. Ouvir diretamente das(os) próprias(os) alunas(os) – e não de adultos – sobre os processos de adolescer nos permitiu uma compreensão mais fidedigna das adolescências hoje, ampliando, assim, as chances de as ações desenvolvidas em conjunto com a escola fazerem sentido para as(os) adolescentes.
Referências Bibliográficas
LOPES, I. E.; NOGUEIRA, J. A. D; ROCHA, D. G. Eixos de ação do programa Saúde na Escola e Promoção da Saúde: revisão integrativa. In: Revista Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 42, n. 118, p. 773-789, jul.-set., 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/SNsdFnbvBdfdhn76GQYGDtM/?format=pdf
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