No Ei 41 da Diogo Feijó usamos a metodologia de projetos, para trabalhar com as crianças de forma significativa. No ano de 2022, aproveitando o projeto pedagógico anual da escola “Nossas Raízes – O Encantamento Cultural Africano”, arrumamos nossas malas e iniciamos uma viagem rumo ao encanto do continente Africano.
Iniciamos a leitura do livro “Bia na África” e junto com ela conhecemos países Africanos e um pouco da beleza e da cultura desses lugares.
Arrumamos nossas malas, fizemos nosso passaporte, reservamos nosso primeiro hotel em Angola (confeccionado com caixas de papelão), e assim, através de vivências lúdicas, desenvolvemos as habilidades dos diversos campos de experiências da BNCC. Um aeroporto foi improvisado, um avião feito com caixas de papelão e um skate saiu do Brasil e nos fez atravessar o Oceano Atlântico rumo ao continente africano, através de um planisfério desenhado no chão do pátio.com
Observamos os mapas do Brasil e da África, suas semelhanças e algumas das cidades e países. Entender a cartografia nos permitiu ler e interpretar a realidade e fez com que as crianças se localizassem em diferentes espaços desenvolvendo a alfabetização científica.
Através do passaporte vivenciamos o processo de autoconhecimento e a construção da identidade para que nos percebêssemos como indivíduos, conhecendo nossas características, semelhanças e diferenças.
O grande dia chegou! Pegamos as malas, passaportes e fomos para o aeroporto. Entramos no avião e com o apoio de vídeos de decolagem, aterrisagem e voos, nossa imaginação foi se transformando em realidade e chegamos em Angola.
Confeccionamos um dicionário afro-brasileiro com palavras de origem africana. Dessa forma, ampliamos e valorizamos nossa cultura, os conhecimentos sobre o alfabeto e sua função social.
Em Angola, fizemos um safári e com o apoio da realidade virtual 3D da plataforma Google, imaginação e realidade se misturaram e conhecemos animais como o leão e a girafa.
No Egito conhecemos as pirâmides, os camelos e as múmias dos faraós. As crianças ficaram muito curiosas e se encantaram ao descobrir como as múmias eram feitas. “Múmia colorida” do grupo Violúdico foi o hit do momento naquele ano. As crianças se enrolaram em papel branco para viver um dia de múmias. Construímos uma pirâmide utilizando blocos de papel de diversos tamanhos, cabos de vassoura e TNT. Desafios matemáticos, como qual bloco colocar na base ou no topo da pirâmide (pequenos ou grandes) foram solucionados através das experimentações.
Outra experiência vivida pelas crianças foi a visita de um tocador de atabaque. Ele contou a história do tambor e as crianças puderam tocar e vivenciar mais essa cultura trazida da áfrica para o Brasil.
Para finalizar o projeto, fizemos uma exposição. Compartilhamos com a comunidade escolar, toda a experiência vivida por nossa turma, que se mostrava extremamente orgulhosa em explicar todos os elementos de que se apropriaram, afinal, foram protagonistas de todo o processo.
Com o projeto “EI 41 na África”, foi possível vivenciar experiências positivas desse continente e de nossos ancestrais. Trazer os encantos da cultura Africana para o cotidiano permitiu a desmistificação de preconceitos. Incluímos em nossa escola o ensino da cultura afro-brasileira como determina a lei 10.639/03 constituindo cidadãos que conhecem, entendem e respeitam as diversas culturas. Relatos trazidos pelas famílias mostraram como a comunidade escolar se apropriaram do projeto: “Está sendo maravilhoso viajar para o Egito, conhecer pirâmides, os camelos e as múmias” (pais de I.); “Ele está preocupado com a viagem para África. Me perguntou como vai viajar e ficar longe da mãe” (mãe de L.E.) “Aqui em casa, aprendemos que o leão e a girafa não são do Brasil.” (pai de G.)
Trabalhar uma abordagem baseada em projetos estimula uma visão interdisciplinar do conhecimento, uma aprendizagem através da experiência, o desenvolvimento da autonomia e a apropriação do conhecimento.