A dissolução da Assembleia de 1823 e a outorga da Constituição de 1824 geraram de imediato uma violenta reação na província de Pernambuco. As câmaras municipais de Olinda e de Recife negaram aprovação aos atos do imperador. Alegavam que assim agiam movidas pela "desconfiança não pequena em que se acham todos os habitantes desta província (...), receando (...) o restabelecimento do antigo e sempre detestável despotismo, a que estão dispostos a resistir corajosamente".
Esse descontentamento também já atingia outras províncias no Norte e no Nordeste do Brasil. Nelas, avolumavam-se os comentários de que o Rio de Janeiro havia se transformado numa "nova Lisboa", dominada por portugueses que oprimiam e prejudicavam os brasileiros.
Na província de Pernambuco – em Recife, especialmente –, a crença generalizada de que os portugueses exploravam os "patriotas pernambucanos" teria sido um dos motivos que deflagraram a Revolução Pernambucana de 1817.
Não era por acaso que pelas ruas de Recife circulava esta quadrinha:
"Sem grande corte na corte
Não se goza um bem geral;
Que o corte é que nos faz bem,
A corte é quem nos faz mal".
Em meio a isso tudo renasceria em Pernambuco, nos primeiros anos do governo de D. Pedro I, um sentimento nativista inspirado no episódio das invasões holandesas da região no século XVII. Agora, esse sentimento retornava temperado pela divulgação, e até mesmo encampação, das ideias liberais europeias.