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Mata Atlântica: o bioma do Rio de Janeiro
01 Junho 2015 | Por Carla Araújo
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Vista Chinesa Parque Nacional da Tijuca Foto Ricardo ZerreneA cidade, e também todo o estado do Rio de Janeiro, estão completamente inseridos na Mata Atlântica. Com ecossistemas como restingas, manguezais, campos de altitude e um grande conjunto de formações florestais, o bioma é um dos mais ricos do mundo em biodiversidade.

Segundo informações do Instituto Brasileiro de Florestas, a Mata Atlântica corresponde a 13,04% do território nacional ao longo do litoral, se estendendo do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro, estimativas apontam que, por volta do século XVI, a cidade possuía cobertura florestal em 97% do território.

Ela sofreu com o desmatamento para dar espaço às culturas da cana-de-açúcar e do café durante o século XIX, e teve explorado o pau-brasil. Porém, mesmo com a redução da Mata ao longo dos anos devido ao crescimento das cidades, o Ministério do Meio Ambiente aponta que existem cerca de 20 mil espécies vegetais, 849 aves, 370 anfíbios, 200 répteis, 270 mamíferos e 350 tipos de peixes no bioma.

Além do valor em biodiversidade, as florestas regulam o fluxo dos mananciais hídricos, asseguram a fertilidade do solo, controlam o equilíbrio climático, protegem as encostas das serras contra deslizamentos e criam paisagens de beleza única.

Fauna e flora

preguiça no parque nacional da tijuca fb.com parquedatijucaEsse tipo de formação apresenta árvores de vários portes, que alcançam entre 20 e 30 metros de altura, entre elas, jequitibá, tapinhoã, noz-moscada-silvestre, figueira, palmiteiro, pau-d’alho, ipê-amarelo e pau-ferro. Plantas como samambaias, musgos, bromélias e begônias são algumas das espécies características da Mata Atlântica encontradas no Rio.

Mamíferos como o macaco-prego, o porco do mato, a preguiça, o furão, o ouriço-cacheiro, o cachorro do mato, o mão-pelada, o tamanduá de colete, a paca, a cutia, os gatos do mato e muitas espécies de morcegos são próprios do bioma. Entre as aves, destacam-se os tucano-de-bico-preto, os gaviões, o papagainho e a jacupemba; serpentes, a cobra de vidro, a jararaca e a jiboia. Invertebrados como moluscos, anelídeos e o caranguejo de rio; e insetos como as borboletas azuis, os serra-paus e as baratas da mata completam a fauna.

A Mata Atlântica carioca também é rica em rios, lagoas e baías. As lagoas Marapendi, Jacarepaguá e Rodrigo de Freitas situam-se no município, e as de Araruama, Saquarema e Maricá, no estado. O rio Paraíba do Sul é o mais conhecido do Rio de Janeiro, e seus afluentes Pomba, Muriaé, Piabinha, Piraí, Paraibuna e Rio Grande, além dos rios São João, Magé e Guandu, são os principais da hidrografia do bioma. Somam-se, também, as baías da Ilha Grande, de Sepetiba e da Guanabara.

Floresta da Tijuca e Maciço da Pedra Branca

Aqueduto Pau da Fome e represa Rio Grande Parque Estadual da Pedra BrancaOs maiores exemplos da Mata Atlântica na cidade são as unidades de conservação do Parque Nacional da Tijuca e o Parque Estadual da Pedra Branca. Enquanto o parque tijucano tem o título de maior floresta plantada pelo homem, já que sua história passou por muito desmatamento e reflorestamento entre os séculos XVII e XIX, o segundo é considerado a maior floresta urbana do mundo, com 12.500 hectares de extensão.

Nos séculos XVII e XVIII, o Maciço da Tijuca foi ocupado e devastado pela construção de fazendas na serra, extração de madeira e plantações de café. O desmatamento da cobertura florestal gerou diversos problemas para cidade, principalmente, a falta d’água. Para solucionar a seca nos sistemas que captavam água na Serra da Carioca e no Alto da Boa Vista, em 1861, D. Pedro II declarou as florestas da Tijuca e das Paineiras como Florestas Protetoras, dando início a um processo de desapropriação das fazendas, chácaras e sítios e ao reflorestamento, para permitir a regeneração natural da vegetação. Em 13 anos, mais de 100 mil árvores foram plantadas sob o comando do major Manuel Gomes Archer.

Já o Parque da Pedra Branca, que engloba diversos bairros da Zona Oeste, como Jacarepaguá, Realengo, Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio dos Bandeirantes, Campo Grande e Guaratiba, foi criado em 1974. Nele fica localizado o ponto mais alto do município: o Pico da Pedra Branca, com 1.025 metros de altitude. A administração do Parque busca conservar a fauna e flora nativas da Mata Atlântica, bem como promover o ecoturismo e a educação ambiental.

Fontes: Instituto Brasileiro de Florestas, Ministério do Meio Ambiente, SOS Mata Atlântica, Parque Nacional da Tijuca e Parque Estadual da Pedra Branca.

 
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