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Passaporte da Leitura propõe “viagens” a alunos da E.M. Guatemala
02 Junho 2017 | Por Fernanda Fernandes
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O Passaporte da Leitura (Foto: Arquivo pessoal da professora Gisele)

Na E.M. Guatemala (1ª CRE), no Centro, a cada mês, os alunos da Educação Infantil embarcam em uma viagem diferente. Uma mala com cerca de 80 livros é aberta e cada criança escolhe seu “destino”. Depois que a data do início da “viagem” e o título da obra são registrados em seus respectivos “passaportes”, elas iniciam uma passeio literário em casa, com a família, que faz a leitura e auxilia no desenvolvimento das atividades relacionadas ao livro.

Idealizado pelas professoras Maria Gisele de Lima Ferreira e Lidiane Albino dos Santos, o projeto Passaporte da Leitura teve inspiração em um antigo programa de empréstimo de livros que foi sucesso na escola. Ao todo, a proposta é que dez viagens preencham o documento dos pequenos, expedido em março, quando tudo começou.

O documento foi confeccionado pelas professoras, a partir de modelos encontrados na internet e de adaptações do original, e fica guardado na sala de aula. No passaporte, há uma folha de identificação com foto e dados pessoais da criança; outras páginas para registrar o histórico de viagens, com espaço para escrever o título da obra, a data do empréstimo e, claro, um espaço para o carimbo.

Tarefa cumprida? Carimbo de “viagem concluída” no passaporte. Caso contrário, ou se o aluno faltar no dia do “embarque” (sempre uma sexta-feira), o carimbo é de “viagem cancelada” – um meio, inclusive, de incentivar a assiduidade em aula e mostrar aos pais a importância da presença dos alunos na escola. As viagens são feitas sempre durante o final de semana, com retorno marcado para segunda-feira.

Para introduzir o tema e a ideia de viajar pelo mundo da imaginação, as professoras exibiram um vídeo em que o livro Asas de Papel, de Marcelo Xavier, é folheado e lido.

Foto: Arquivo pessoal da professora Gisele

“Além de estimular a leitura e o bom uso do livro, o projeto tem como objetivo estreitar os laços familiares. Os responsáveis separam um momento no final de semana para se dedicar à criança. Essa atenção e a troca de afetividade ajudam muito no processo de alfabetização. Os alunos ficam animados, chegam à escola, segunda-feira, contando a história que ouviram, manuseando o livro e reproduzindo o que lembram!”, conta Gisele.

Os livros selecionados fazem parte do acervo da Sala de Leitura da escola. Entre os títulos, muitos integram as coleções Mico Maneco, de Ana Maria Machado; Gato e Rato, de Mary França e Eliardo França; e Minha Primeira Biblioteca, da Ciranda Cultural.

Depois de ler todas as obras escolhidas, as professoras propuseram atividades pertinentes a cada uma delas, como pesquisas em revistas e jornais de letras que formem o título do livro ou de figuras de animais ou objetos que aparecem na história); pinturas de animais que fazem parte do enredo; quebra-cucas da capa do livro etc.

A participação da família

A atividade também é uma oportunidade de trabalhar questões referentes à identidade junto com as crianças (seus nomes e os dos pais), assim como de apresentar a cédula de identidade e reforçar os cuidados que se deve ter com os documentos. Em relação ao passaporte, as professoras explicaram que são usados para viagens a outros países, lugares distantes – sobretudo depois de terem sido questionadas por um aluno sobre o porquê de ele não ter precisado de um passaporte quando viajou para Recife com a família.

Alunos exibem, orgulhosos, seus "passaportes" (Foto: Arquivo pessoal da professora Gisele)

“Todos ficam orgulhosos tendo um documento deles, com foto e tudo. Poucos têm carteira de identidade e, os que possuem, não costumam ter permissão para manusear. Eles entenderam que o passaporte é usado para viajar e que a nossa viagem é pelo mundo da imaginação de cada história. Quando pegamos a mala de livros, as crianças já sabem que é a hora do empréstimo e pedem o passaporte”, relata Gisele.

Antes de ser executado, o projeto foi apresentado, durante reuniões escolares, aos pais, que se mostraram entusiasmados desde então. Ainda assim, quando a atividade teve início, as professoras enviaram um roteiro para orientar a família no momento da leitura.

Oficina de cupcakes a partir da leitura de A História do Bolo de Cenoura(Foto: Arquivo pessoal da professora Gisele)

“Está havendo muito comprometimento por parte das famílias. Explicamos, desde o início, a importância desse momento para o desenvolvimento das crianças e isso facilitou tudo. Os responsáveis entenderam a proposta e compraram a ideia. A maioria das crianças traz tudo lido e feito”, comenta Lidiane.

Além do Passaporte da Leitura, as professoras desenvolvem as mais variadas atividades, a partir da história de outros livros. Na Páscoa, fizeram uma oficina de cupcakes, em que os alunos viraram confeiteiros, a partir da leitura de A História do Bolo de Cenoura, de José Maurício Séllos. Recentemente, depois de as crianças ouvirem a história da personagem Chapeuzinho Vermelho, as professoras organizaram um piquenique com elas. A ideia é, ainda, levá-las ao cinema, à Biblioteca Nacional e também receber grupos de contadores de histórias na escola.

 
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