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Campanha vai facilitar atualização de vacinas
20 Junho 2017 | Por Sandra Machado
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cartaz250Avanços científicos estão sempre surgindo para aumentar a eficácia da imunização preventiva de crianças e adolescentes. A vacina meningocócica C conjugada, por exemplo, entrou para o calendário de vacinação no Rio de Janeiro este ano – basta uma dose na faixa dos 12 aos 13 anos para reforçar a vacinação infantil. No período de 19 de junho a 21 de julho, a Secretaria Municipal de Saúde promove uma campanha voltada para o público dos 9 aos 14 anos, que inclui, além da vacina citada, outras cinco: HPV quadrivalente, febre amarela, hepatite B, tríplice viral SCE (contra sarampo, caxumba e rubéola) e dupla adulto (contra difteria e tétano). Aplicativos que auxiliam no acompanhamento dos prazos e o incentivo das escolas para que seus alunos criem vínculos com as unidades de saúde são outros aliados no reforço para o combate às doenças.

“Cada área precisa estar trabalhando o tema da vacinação”, explica Elisabete Alves, representante da Secretaria Municipal de Educação (SME) na coordenação do Projeto Saúde na Escola (PSE). “As escolas devem estimular que os alunos busquem as unidades mais próximas. No momento, estamos trabalhando com 60 unidades em um projeto-piloto, fazendo escuta dos alunos e, ao mesmo tempo, reforçando tudo que o posto de saúde tem a oferecer. Caso alguma comunidade sinta necessidade, pode solicitar a vacinação na escola.” Embora o dia D de mobilização aconteça em um sábado, 1º de julho, as clínicas da família e os centros municipais de saúde estarão abertos de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, bastando levar a caderneta ou o comprovante de imunização. O site https://smsrio.org/subpav/ondeseratendido/ e também o telefone 1746 disponibilizam uma lista com os locais mais próximos para atendimento.

Dados fornecidos pela SMS/RJ - Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde - SUBPAV

Cuidados para a saúde bucal e planejamento familiar para adolescentes são alguns dos serviços menos conhecidos à disposição. “É preciso, sim, estabelecer uma relação de envolvimento”, concorda Cristina Lemos, Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Para Cristina, vacinar na escola não é simples, porque depende da autorização dos pais e, também, porque nunca se pode prever o risco de algum tipo de reação, mais fácil de contornar dentro de uma unidade de saúde. O que não impediu, no entanto, que a primeira dose da vacina contra o HPV para meninas fosse levada diretamente a quase 900 unidades escolares. “A escola tem muitos papéis. Ela pode trabalhar o tema com os alunos e, mais ainda, na reunião de pais, até porque, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a eles é atribuída a responsabilidade pela vacinação dos filhos.”

Mobilização no combate ao HPV

ms250Em todo o país, tem sido muito baixa a adesão a essa vacina, obrigatória para as meninas, entre os 9 e os 14 anos, e para os meninos, dos 12 aos 13 anos. São duas doses, aplicadas com intervalo de seis meses. Vários motivos explicam o problema. “Essa é uma idade muito difícil, em que os pais já não levam seus filhos com tanta frequência ao posto de saúde. Além disso, as pessoas fazem uma associação do HPV com o início da vida sexual e pensam que, vacinando, estariam estimulando essa precocidade. O que já não acontece no caso da hepatite B, que também é transmitida por contato sexual”, lembra Cristina. Na falta da imunização, o ressurgimento de doenças pode acontecer, como é o caso do sarampo, que só em janeiro de 2017 teve quase 600 casos na Europa, com o óbito de uma adolescente de 16 anos em Portugal. “Anos atrás, um pesquisador norte-americano publicou um artigo na revista The Lancet , no qual ele relacionava a vacina contra o sarampo com o desenvolvimento do autismo, e isso fez com que muitos profissionais acreditassem na hipótese, por causa do alto gabarito da publicação. Vários países deixaram de vacinar. Isso aconteceu por volta de 2002. O médico teve o registro cassado, mas agora começaram a surgir novamente casos da doença.“

zegot200Da mesma forma, Cristina faz um alerta para quem se pauta pelo “Dr. Google”, tomando como verdade tudo o que lê na internet. Mas isso não significa que as TIC’s não possam ser grandes aliadas em questões de saúde. O Ministério da Saúde disponibiliza um aplicativo para smartphones e tablets que permite manter a vacinação em dia. A plataforma Minhas Vacinas, da Sociedade Brasileira de Imunizações, também permite fazer o acompanhamento de toda a família, criando perfis para cada membro. Mas é importante lembrar que nenhum desses recursos substitui a caderneta de vacinação, que é oficial e serve, inclusive, como um documento de identidade para as crianças em todo o país, além de conter informações valiosíssimas sobre o primeiro ano de vida do bebê, como o registro do seu desenvolvimento e crescimento.

 
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