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Como produzir um audiolivro na escola
29 Setembro 2017 | Por Fernanda Fernandes
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A oficina “Trabalhando com produção de audiolivro para alunos com deficiência visual”, que integrou a V Semana de Alfabetização realizada pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, foi conduzida por Erivelto da Silva Reis, professor da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ) e das Faculdades Integradas Campo-Grandenses (FIC), onde coordena o projeto PAA – Produção de Acervo de Áudio, desenvolvido por graduandos de licenciaturas em Letras da FIC.

Segundo Erivelto, faltam livros em braille no Brasil e as edições que existem não são significativas, fazendo com que deficientes visuais não tenham opções suficientes de autores e títulos. “Qualquer prática de inclusão como o audiolivro na escola já é de grande ajuda, visto que esse acesso ainda é restrito. Assim, é possível promover a inclusão social por meio de práticas simples e de custo baixíssimo”, ressaltou.

A partir da experiência do PAA, que tem como sede a Escola Municipal Euclides da Cunha (10ª CRE), em Guaratiba, Erivelto orientou e incentivou os professores presentes a organizar oficinas de leitura que tenham como objetivos incentivar o gosto pela leitura literária na escola e produzir um acervo de áudio que possa ser disponibilizado para uso por pessoas com deficiência visual. Na escola da Zona Oeste do Rio, o projeto é desenvolvido com alunos do segundo segmento, incluindo o Programa de Educação de Jovens e Adultos (Peja).

De acordo com Erivelto, ao iniciar uma oficina na escola é preciso que, antes de tudo, seja enviado um documento aos responsáveis solicitando uma autorização para que os alunos participem da oficina. Por exemplo: “Eu, ___________, pai do aluno _______, autorizo a gravação e o uso da imagem no projeto para pessoas cegas...”.

A partir daí, a proposta é que se selecionem textos literários à disposição em domínio público e apresentem as obras aos estudantes, que devem ler, compreender e ser capazes de interpretá-las, fazendo leituras dramatizadas. “Isso é importante para que não se faça uma leitura mecânica, como um leitor de computador”, explicou o educador.

Então, é chegada a etapa de o aluno reproduzir a obra visando à produção do acervo de áudio, carinhosamente chamado de “livro falado”. Para isso, as gravações podem ser feitas por meio de um aparelho celular.

Aplicativos que distorcem a voz por meio de diferentes efeitos (por exemplo, o Muda Voz com Efeitos) são apontados por Erivelto como um meio de desinibir os estudantes, “quebrar o gelo” e deixá-los mais confortáveis e confiantes para gravar.

A gravação oficial deve conter um cabeçalho com o título da obra, o autor, o nome da pessoa que está gravando e a data. Erivelto alerta que muitas vozes em um mesmo texto acabam por poluir a leitura, que deve ser branda e linear. Quanto mais silêncio, melhor também será a qualidade na base da gravação e menor o trabalho posterior na edição.

Depois das gravações, a orientação é que o professor use programas como Audio Recorder, Easy Voice Recorder, Simply Sound ou Audacity para equalizar o som (há opção para que isso seja feito de maneira automática). Então, a proposta é que se salve no formato mp3, organize em faixas e publique, por exemplo, em um blog.

Outro ponto reforçado por Erivelto é que não se podem usar as produções desse projeto em redes sociais pessoais. “Para veicular as produções é preciso criar um novo canal ou plataforma com essa finalidade.”

 
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