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Emoção caracteriza o encerramento da VI Semana de Alfabetização
18 Setembro 2018 | Por Larissa Altoé
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Professoras que se alfabetizaram na Rede Pública Municipal de Ensino se emocionaram ao relembrar formação e afirmar compromisso com a educação de crianças (Foto: Alberto Jacob Filho)

Na tarde do dia 14, último dia da VI Semana de Alfabetização da SME-Rio, subiram ao palco diversas professoras que foram alfabetizadas na Rede Pública Municipal de Ensino e que, atualmente, ensinam os alunos a ler, escrever e contar.

Em muitos discursos, uma mensagem em comum: a necessidade de criar pontes e não abismos, continuidades e não rupturas dolorosas na passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. “Que a entrada para o 1º ano seja sinônimo de voo, de aventura, e não de medo e de perda. Que as brincadeiras tenham seu lugar”, sintetizaram as professoras Denise Cruz e Gabriela Salgado em dois poemas feitos para a ocasião.

O período da tarde começou com as palestras de Margarida dos Santos, professora do Colégio de Aplicação da Uerj, Gina Paula, da Gerência de Ensino Fundamental da SME, e Luan Gomes, da Gerência de Educação da 4ª CRE. Eles falaram sobre Educação Infantil e Ensino Fundamental: espaços de transição.

Para Margarida dos Santos, é preciso propiciar às crianças da Educação Infantil o contato com múltiplas linguagens para que elas sejam como “terra fértil” quando chegarem ao 1º ano, e reconhecer nelas um ser humano potente, que precisa ser ouvido. “Aprendi com o filósofo alemão Walter Benjamin, que escreveu no período da Segunda Guerra Mundial, que tudo pode ser conversado desde que afete a criança. Nossos estudantes, muitas vezes, vivem situações de conflito armado. Devemos ouvi-los sobre tudo o que importa para eles e trabalhar a partir dessas vivências.”

Gina Paula salientou o poder da leitura na passagem para a alfabetização. “Devemos promover o encontro com o novo. Se a leitura, principalmente literária, fizer sentido para os estudantes, não haverá um salto no desconhecido, mas uma passagem para um mundo maior, que pode ser interessante.”

A partir da direita: Luan Gomes, da Gerência de Educação da 4ª CRE; Gina Paula, da Gerência de Educação da SME; Margarida dos Santos, do CAp-Uerj; e Thiago Gomide, assessor da MultiRio (Foto: Alberto Jacob Filho)

Luan Gomes lembrou que a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental deve ser parte de um processo contínuo, já que a criança tem o direito de estar na escola a partir dos 4 anos. “Não devemos perder o norte da missão de cada etapa. No entanto, o diálogo entre as etapas pode amenizar possíveis tensões.”

Três professoras da Rede apresentaram experiências exitosas: Elaine Rusenhack, da E.M. Nova Holanda (4ª CRE), na Maré, Keila Pinto do Nascimento, da E.M. Zituo Yoneshigue (6ª CRE), em Ricardo de Albuquerque, e Nina Monteiro, do Ciep Francisco Cavalcante Pontes de Miranda (9ª CRE), em Campo Grande.

Elaine falou sobre o projeto A Apostila Dá Sopa: Trabalhando Textos Reais na Sala de Aula, com o qual aproximou os estudantes dos Cadernos Pedagógicos. “Mostro-lhes que a alfabetização é uma tecnologia da qual eles podem se apropriar para se inserir socialmente. Coloco todo o material que a escola disponibiliza, como os globos terrestres, à disposição das crianças para serem manuseados. Não tenho medo que quebrem. Onde mais vão ter acesso a bens culturais? Alfabetizo crianças das classes populares. A escola não pode ser um lugar triste. Tem que ter alegria.”

A partir da esquerda, professoras alfabetizadoras Elaine Rusenhack, 4ª CRE; Keila Pinto do Nascimento, 6ª CRE; e Nina Monteiro, 9ª CRE (Foto: Alberto Jacob Filho)

Keila trouxe o trabalho Lendo... Escrevendo... Criando. A equipe parte sempre de livros literários para desenvolver diversas atividades, como dramatização, produção de textos, até chegar a um dia de festa, quando os estudantes apresentam uma adaptação teatral. “Cada turma escolhe uma história, cria o cenário e se apresenta para os colegas e responsáveis.”

Nina Monteiro dá aulas para o 3º ano. Os estudantes a questionaram sobre o valor do gênero literário “carta” nos dias atuais. Ela respondeu criativamente, propondo que fizessem uma carta coletiva convidando os outros colegas para um cinema com pipoca. A disputa foi grande para eleger democraticamente quem leria a carta para os destinatários. Gostaram tanto que, depois, fizeram cartas individuais com os mais variados conteúdos. A Geografia pôde ser trabalhada com o preenchimento dos endereços nos envelopes. “Vejo-me como orientadora para que adquiram autonomia”, disse a professora.

 
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