ACESSIBILIDADE
Acessibilidade: Aumentar Fonte
Acessibilidade: Tamanho Padrão de Fonte
Acessibilidade: Diminuir Fonte
Youtube
Facebook
Instagram
Twitter
Ícone do Tik Tok

Professores de língua estrangeira buscam excelência para ensinar
04 Outubro 2019 | Por Larissa Altoé
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Whatsapp
A secretária de Educação, Talma Suane, reunida com professores de Inglês que foram para os Estados Unidos. Também presentes no grupo, parte da equipe da Coordenação Básica da SME, respopnsável pelo intercâmbio; coordenadores de CREs e diretores de escolas (Foto: Carlos Erbs Jr.)

Quarenta e oito professores de língua estrangeira (Inglês, Espanhol, Alemão e Francês) da Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro fizeram cursos de desenvolvimento profissional em diferentes países em 2019. Houve duas modalidades por meio das quais os profissionais conseguiram esse tipo de formação: bolsas de estudos financiadas por órgãos de fomento nacional (Capes) e internacional (Comissão Fulbright e Colleges and Institutes Canada) e através de parcerias entre a Secretaria Municipal de Educação – SME-Rio e embaixadas de diversos países.

A capacitação também é positiva para os estudantes das escolas públicas cariocas, que contam com professores dotados de novos repertórios pedagógicos e com uma dose extra de motivação no cotidiano de sala de aula. Um deles é Waniston Celeri, professor de Inglês no Ciep Mestre André (8ª CRE), em Padre Miguel. Em 2015, a escola se tornou bilíngue. Um dos critérios para ser escolhida foi estar situada em área de vulnerabilidade social – a Vila Vintém. “Os ganhos para as crianças são enormes, além do linguístico. Ao aprender uma língua estrangeira, compreendem que existem códigos diferentes dos que estão habituadas, abrem a mente para novas possibilidades”, explica Waniston. Ele dá aulas para crianças de quatro e cinco anos na Educação Infantil. São quinze tempos semanais de Língua Inglesa ou três tempos por dia. O Ciep atende crianças até o 6º ano com aulas de inglês durante todo o percurso escolar visando o aprendizado de uma segunda língua.

Waniston fez a seleção da Capes e foi aprovado para um curso de desenvolvimento metodológico na Georgia State University, em Atlanta, nos Estados Unidos. O curso durou 45 dias, entre junho e agosto de 2019. “Foi uma experiência incrível. O curso teve três eixos: cultura, habilidades integradas e oficinas. Na parte de habilidades integradas, exploramos possibilidades para o planejamento de aulas e atividades, privilegiando a promoção da oralidade e da escrita em Língua Inglesa. Nas oficinas, também trabalhamos como melhorar a leitura e a compreensão auditiva dos alunos. Já estou aplicando em sala de aula o conjunto de técnicas abordadas”.

O curso nos EUA também permitiu ao professor Waniston Celeri conhecer instituições culturais (foto: acervo pessoal)

O professor do Ciep Mestre André detalha a técnica aprendida. “Por exemplo, como incentivar o pensamento crítico desde a Educação Infantil, elaborando aulas com um continuum crescente? Começo com atividades básicas e gradativamente aumento a complexidade. Peço, inicialmente, para as crianças correlacionarem. Essa é uma atividade básica. Em seguida, solicito que expliquem suas escolhas. E em um terceiro momento, oriento que criem algo em cima do que trabalhamos. Vou dar um exemplo prático com o tema folclore: conto uma história basilar com um livro; depois, mostro imagens e peço para as crianças dizerem quais pertencem ao folclore, como boitatá e cobra, cavalo e mula-sem-cabeça. Essa parte é básica em relação à elaboração dos estudantes. Depois, solicito que expliquem por que fizeram suas escolhas. Essa parte exige um pensamento mais complexo. Finalmente, estimulo que criem histórias com os elementos trabalhados ou mudem o final”, detalha Waniston.

A legislação brasileira determina a obrigatoriedade da Língua Inglesa a partir do 6º ano, mas a Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro determinou, desde 2009, que esse aprendizado pode ocorrer desde o 1º ano do Ensino Fundamental. Em 2012, com as escolas bilíngues, o ensino de língua estrangeira foi ampliado para a Educação Infantil.

Ao todo, 33 professores de quase todas as CREs foram para os Estados Unidos, em julho, nesse modelo de intercâmbio. Eles devem compartilhar seu aprendizado com seus pares. Waniston, por exemplo, vai partilhar o que aprendeu, em outubro, no encontro de professores da 9ª CRE, para o qual foi convidado, e, em novembro, estará no projeto Diálogos, da 8ª CRE.

Waniston voltou com mais repertório pedagógico para as aulas de Inglês na escola bilíngue Ciep Mestre André, em Padre Miguel (foto: acervo)

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é uma fundação do MEC, que desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação strictu sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da federação. Em 2007, passou a atuar também na formação de professores da educação básica, ampliando o alcance de suas ações na formação de pessoal qualificado no Brasil e no exterior. Entre suas linhas de ação estão a indução e o fomento da formação inicial e continuada de professores para a educação básica. O foco está em programas que visam contribuir para o aprimoramento da qualidade da educação básica e estimular experiências inovadoras.

 

Acordos SME – embaixadas estrangeiras

A outra possibilidade de formação no exterior para professores de língua estrangeira da SME-Rio é por meio de acordos bilaterais com embaixadas estrangeiras. Em janeiro, 15 professores viajaram dessa forma. A Arizona State University foi o destino para seis deles, selecionados para participar do programa Building English Teaching Capacity in Brazil: Bilingual Schools in The Public School System. Outros cinco professores fizeram curso no Goethe-Institut, na Alemanha. A professora de Espanhol Andréa Antunes, que atualmente trabalha na Coordenadoria de Educação Básica da SME, participou de uma formação na Escola Superior de Professores na Cidade do México. Duas professoras de Francês estiveram no Centro de Linguística Aplicada (CLA), da Université de Franche-Comté, na França. E a professora Renata Suraide, também da SME, esteve na California State University.

 
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Whatsapp