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Boxe, da Antiguidade aos Jogos Olímpicos
22 Setembro 2015 | Por Sandra Machado
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boxe robsonOs Jogos Olímpicos de Londres confirmaram aquilo que observadores já vinham acompanhando há, pelo menos, dois anos: que o boxe brasileiro tem grandes chances de medalha. Em 2012, a modalidade feminina estreou na competição, conquistando medalhas para o país. Adriana Araújo ficou com o bronze e os irmãos Esquiva e Yamaguchi Falcão ganharam, respectivamente, prata e bronze. Havia três categorias femininas e dez masculinas, sempre divididas por peso. Até então, apenas Servílio de Oliveira tinha conquistado um bronze para o Brasil, nos Jogos da Cidade do México, em 1968.

A boa fase do boxe brasileiro na atualidade começou com duas medalhas inéditas de David Lourenço – ouro no Campeonato Mundial Juvenil de 2010 e nos Jogos Olímpicos da Juventude. No mesmo ano, Roseli Feitosa conseguiu o primeiro ouro para o país no Campeonato Mundial de Boxe Feminino, realizado em Barbados. Em 2011, Everton Lopes repetiu o feito, durante o Campeonato Mundial de Boxe Olímpico, enquanto Esquiva Falcão trazia na bagagem, de volta de Baku, no Azerbaijão, uma medalha de bronze.

Mas a curva ascendente dos resultados não parou por aí. Em 2013, outro ouro inédito, na competição por equipes do Campeonato Continental Pan-Americano, realizado em Santiago do Chile. No Campeonato Mundial da categoria elite, no Cazaquistão, Robson Conceição faturou a prata e Everton Lopes, o bronze. Clélia Costa recebeu a medalha de bronze no Campeonato Mundial de Boxe Olímpico Feminino, realizado na Coreia do Sul em 2014. E o mais recente título veio pelos punhos de Robson Conceição, ouro no Campeonato Continental de Boxe, em agosto, na Venezuela. Entre 5 e 18 de outubro, acontece o Campeonato Mundial Open Boxe de Doha, primeiro torneio classificatório para os Jogos do Rio.

Hall da Fama

Os mais importantes pugilistas de todos os tempos recebem o reconhecimento internacional. Um dos mais célebres foi Jack Johnson, primeiro boxeador negro que, em 1908, se tornou também campeão mundial dos pesos-pesados. Entre os maiores estão Rocky Marciano, Joe Louis, Oscar De La Hoya, Muhammad Ali, Joe Frazier, George Foreman, Evander Holyfield, Mike Tyson e somente um atleta brasileiro – Éder Jofre, graças ao título mundial dos pesos-galo pela National Boxing Association, dos Estados Unidos. Outros nomes bastante conhecidos no Brasil são os boxeadores Adilson Rodrigues, o Maguila, e Acelino Freitas, o Popó.

Estrutura básica da modalidade

Os pugilistas são divididos em categorias, de acordo com seu peso corporal. Atualmente, existem 17 reconhecidas no boxe profissional e 11 no amador. As regras podem variar entre os dois grupos, assim como de acordo com as organizações internacionais. O número de rounds (ou assaltos) pode variar entre 12 e 15 para profissionais, mas não ultrapassa o número de cinco nas disputas amadoras. O intervalo entre os rounds é de um minuto. Além do árbitro dentro das cordas, cinco juízes postados em torno do ringue atribuem pontos pelos golpes e pelas defesas. Valem os socos que atingem a cabeça ou alguma parte superior do corpo do adversário. O nocaute ocorre quando um dos lutadores não consegue mais continuar. Se cair na lona e não conseguir se levantar no intervalo de dez segundos, é declarado o nocaute. Quando, no entanto, está apenas atordoado, mesmo que de pé, o árbitro pode interromper a luta, configurando um nocaute técnico.

Os ringues têm entre 5 e 7,5 metros quadrados e são recobertos por lona disposta sobre uma camada acolchoada. Eles são cercados por cordas flexíveis e, geralmente, ficam situados sobre uma plataforma mais elevada em relação ao público espectador. Os confrontos masculinos de boxe nos Jogos Olímpicos têm três rounds de três minutos cada, enquanto os femininos têm quatro com duração de dois minutos. Luvas e um protetor bucal são utilizados para a proteção dos pugilistas, que também são obrigados a usar bandagens atléticas por baixo das luvas.

História que se perde no tempo

boxe cretaVestígios da cultura egípcia comprovam que três mil anos antes de Cristo já se praticava um esporte semelhante. Nos chamados Jogos Olímpicos da Antiguidade, que se iniciaram na Grécia em 776 a.C., lutadores usavam tiras de couro para proteger mãos e antebraços. Durante o Império Romano (27 a.C. até 476 d.C.), os combates se tornaram mais sangrentos, porque eram usadas luvas com entalhes de metal. Depois de um período sem qualquer tipo de registro, o esporte foi redescoberto na Inglaterra, que passou a ter lutas amadoras organizadas por volta de 1880.

Depois da estreia na edição dos Jogos Olímpicos de 1904, em Saint Louis, o boxe ficou de fora da edição de 1912, em Estocolmo, por causa de uma lei sueca que proibia a prática de modalidades de combate. Só retornou ao programa olímpico em 1920, nos Jogos da Antuérpia, na Bélgica, mesmo ano em que foi criada a Federação Internacional de Boxe Amador. O marco propiciou o incentivo às competições internacionais com maior regularidade. Novidades foram sendo introduzidas à medida que se realizaram outros Jogos Olímpicos: em Los Angeles (1984), se tornou obrigatório o uso do capacete de proteção; em Barcelona (1992), foi introduzido o sistema de contagem eletrônica para a duração dos rounds. Os pugilistas brasileiros só passaram a participar em 1936, nos Jogos de Berlim, enquanto as representantes femininas tiveram que esperar ainda mais – até 2012, quando finalmente entraram no ringue olímpico.

Fontes: Federação de Boxe do Estado do Rio de Janeiro, Confederação Brasileira de Boxe, site Terra.

 
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