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Instrumento de inclusão digital
14 Outubro 2011 | Por Luís Alberto Prado
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A educação a distância (EAD) representa uma modalidade de ensino/aprendizagem, na qual estudantes e professores se encontram separados fisicamente, sem o contato pessoal como mecanismo facilitador de sua relação. É um processo mediado por ações e material didáticos que podem estar disponíveis em várias mídias. Ela também desempenha papel de ferramenta para a inclusão social, por meio da inclusão digital. 

Para a sua implantação, a evolução tecnológica inserida na sociedade moderna tem como alicerce as soluções tecnológicas de informação e comunicação (TICs) utilizadas na educação, imprescindíveis para a educação a distância. As mais conhecidas são internet, teleconferências e softwares educativos.

As novas TICs provocaram uma revolução no setor educacional, com a promessa de cenários inovadores, apoiados pela potencialidade dos universos virtuais. A web tornou-se, gradativamente, espaço para intercâmbio de informações, democratizando o acesso a elas, assim como a sua universalização.

ConexesDe acordo com especialistas no tema, a EAD favorece a criação de novos modos de produção de materiais pedagógicos, sistemas midiáticos inovadores e, principalmente, metodologias de trabalho educativo a distância. Tais metodologias levam em consideração demandas do mercado profissional, aspectos socioculturais, individualidade do estudante e capacitação dos formadores (tutores). 

No entanto, há algumas dimensões relevantes na implantação de um projeto de EAD. Uma das principais características é a educação em massa. Todos os que estão à margem do processo formal de educação podem ter acesso ao conhecimento produzido nas instituições de ensino e pesquisa através da EAD. Isto contribuirá para a formação em larga escala e, consequentemente, possibilitará a inclusão social através de uma melhor qualificação profissional, com maiores salários. 

Para que tal processo se concretize, é fundamental a ação de políticas públicas, como destinação de verbas orçamentárias; incentivo ao desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas; e desenvolvimento de projetos correlatos.

A Universidade Aberta do Brasil, lançada em 2006 pelo governo federal, é uma iniciativa no sentido de levar o ensino universitário a regiões afastadas dos grandes centros. 

Diversas instituições públicas mantêm aulas a distância, fazendo uso das TICs. O Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro – vinculado à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e a seis universidades públicas do estado (Uenf, Uerj, UFF, UFRJ, UFRRJ e Unirio) – oferece vestibular para os cursos de graduação. Há ainda a Universidade Virtual Pública do Brasil, consórcio de 80 instituições públicas de ensino superior, cujo objetivo é democratizar o acesso ao ensino universitário por meio da oferta de cursos a distância.

Estatísticas – Segundo o Ministério da Educação (MEC), “a nota média obtida pelos estudantes originários da EAD foi 12% superior à dos que se prepararam em cursos presenciais”.

Noventa e dois por cento dos alunos de EAD estão na faixa dos 18 aos 39 anos (sendo que 26% têm entre 25 e 29 anos e 30% estão na faixa de 35 a 39 anos). Isto mostra que a EAD trouxe de volta pessoas que estavam longe das salas de aula. Um ganho para a inclusão digital. 

No ensino presencial, conforme sinaliza o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao MEC, há 26% de alunos que ganham até três salários mínimos. Na EAD, são 43% nessa faixa de renda. Já na faixa de estudantes com remuneração acima de dez salários mínimos, apenas 13% estão na EAD, enquanto 25% frequentam cursos presenciais.

Dados do Ministério da Educação (MEC) mostram que um em cada cinco novos alunos de graduação no país opta por um curso na modalidade EAD. Com função também social, a educação a distância atende a grandes contingentes de alunos, sem reduzir a qualidade do ensino. Tal metodologia contribui para a diminuição das desigualdades sociais e regionais.

A Universidade de São Paulo (USP) lançou no início de 2011 o primeiro curso a distância para professores (de Licenciatura em Ciências).

 
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