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ONU: cooperação pela água é fundamental à paz mundial
10 Maio 2013
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agua irrigacaoA Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu 2013 como o Ano Internacional da Cooperação pela Água. O tema vem sendo tratado como prioridade estratégica por duas de suas instituições, a Unesco e a agência Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), que alertam que o assunto não pode ser subestimado. Hoje, cerca de 11% da população mundial não tem acesso a água potável e quase 36% vivem sem saneamento adequado. Como se não bastasse, a disponibilidade de água potável está se reduzindo em várias regiões do mundo, ao passo que a estimativa é de aumento de até 70% na demanda por água até 2050. A maior pressão de consumo vem da agricultura irrigada, que, coincidentemente, responde por quase 70% das retiradas de água doce do planeta.

agua paranapanema2O objetivo da ONU é conscientizar sobre o problema e estimular o diálogo internacional, já que quase metade da água doce do mundo – as bacias hidrográficas e os aquíferos – são transfronteiriços, o que torna a cooperação pelos recursos hídricos vital à paz mundial. Só no Brasil, as duas maiores bacias hidrográficas, a Amazônica e a do Prata, estão ligadas a 11 países. No caso da primeira, é preciso que os países andinos cuidem das condições que garantam a saúde da nascente do Rio Solimões, já que ele nasce nos Andes e qualquer impacto lá pode afetar todo o ecossistema amazônico. Já no caso da Bacia do Prata ocorre o inverso. O Brasil é o país com águas acima, que precisa cuidar da água que vai enviar para os demais países.

Internamente, os problemas em relação à gestão dos recursos hídricos não são menores. De acordo com a Agência Nacional das Águas (ANA), o maior desafio brasileiro ainda é o tratamento de água e o lançamento de esgotos irregulares em rios. São necessários um controle maior da população na identificação do lançamento irregular de dejetos e um maior investimento governamental na construção de estações de tratamento de água e esgoto. Fora isso, há a questão de cooperação entre as cidades e os estados.

A Bacia do Paraíba do Sul, por exemplo, maior fonte de abastecimento d´água do Rio de Janeiro, perpassa três estados: São Paulo, Minas Gerais e o próprio agua rionegro 2Rio. A Bacia do São Francisco abastece e gera energia para nove estados. A transposição do rio tem, inclusive, criado muitas resistências em Sergipe e Alagoas, que se sentem os estados mais impactados com a obra e com os efeitos das usinas hidrelétricas que foram construídas ao longo do São Francisco. A construção da hidrelétrica de Belo Monte também tem gerado inúmeros conflitos com os povos indígenas do Rio Xingu, além de todo o imbróglio com a Bolívia, que alega que seu meio ambiente está sendo prejudicado pela obra.

Das escolas às relações internacionais

Para todas essas questões relacionadas à água não gerarem lutas e conflitos cada vez mais graves, ou mesmo guerras, é preciso haver constantes trabalhos educativos e relações de diálogo e cooperação entre as partes envolvidas. “Tem que haver cooperação desde o indivíduo que aprende a lidar com a água, reavaliando seus hábitos de consumo domésticos, até a cooperação entre os países. O Ano Internacional de Cooperação pela Água fomenta e quer trazer à luz essa necessidade urgente e premente da humanidade”, alertou Marco Neves, especialista em Recursos Hídricos da ANA, em uma entrevista concedida à Rede Globo.

Do ponto de vista da cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Educação já inseriu na grade curricular das escolas várias matérias relacionadas à questão da água – da saúde ao meio ambiente. Além disso, para contemplar o Ano Internacional de Cooperação pela Água, propôs, oficialmente, que o assunto fosse incluído no projeto político-pedagógico das escolas e tratado em atividades extracurriculares, como a XXX Mostra Municipal de Dança e a Mostra Municipal do Projeto Ciência Hoje, que representa a culminância do trabalho de reforço escolar na área de Ciências, em 2013.

 
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