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No caminho certo
20 Maio 2013 | Por Luís Alberto Prado
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 cineclubedahora3O desafio de lidar com um novo tipo de trabalho envolvendo não só os alunos das turmas com as quais trabalha, mas também outros da escola interessados numa atividade descolada do conteúdo programático até então estabelecido – este foi o estímulo que acelerou a decisão de Sonia Maria da Silva Maciel de aceitar a instigante missão de se transformar em uma professora articuladora do projeto Cineclube nas Escolas.

 

Segundo Sonia, responsável pelo Cineclube Hora, da Escola Municipal Aníbal Freire (4ª CRE), a proposta do projeto surgiu, inicialmente, para atender as escolas de horário integral, ainda em 2008. Ela lembra que vários professores da rede já desenvolviam atividades ligadas ao cinema. Com a proposta de horário integral, a iniciativa foi ampliada, incorporando escolas que foram buscar o projeto dentro da Secretaria Municipal de Educação (SME).

Para exercer plenamente esta função, Sonia Maciel participou de encontros, cursos e debates com profissionais da área de cinema e de educação, visando a uma melhor capacitação.

– Também buscamos outras fontes por meio de leituras, festivais de cinema, debates e cursos com realizadores, organizados por entidades ligadas ao cineclubismo, como a Associação de Cineclubes do Rio de Janeiro (Asine/RJ) e o Conselho Nacional de Cineclubes (CNC). Além disso, temos encontros mensais produzidos pelo Cineduc (Cinema e Educação) a respeito de cineclubismo, direcionado a professores – explica Sonia.

A professora destaca, ainda, a satisfação dos alunos em estar na escola fora do horário das aulas. Ela também credita ao projeto o despertar de potencialidades da produção autoral audiovisual de professores e alunos. Os bons resultados levam o Cineclube Hora a ampliar o alcance do projeto.

– Antes mesmo da implementação dos cineclubes, já fazíamos parceria com o Festival de Cinema Negro Brasil, África e Caribe, coordenado pelo Centro Afro Carioca de Cinema, além de participações ocasionais em festivais.

Um dos pontos cruciais do Cineclube nas Escolas é tentar desconstruir a ideia de que a presença de filmes na escola limita-se ao puro entretenimento ou ao simples pretexto de ensinar determinado conteúdo. Sonia Maciel argumenta que tal fenômeno vem acontecendo:

– Como continuo atuando nas duas frentes, como professora regente e articuladora do projeto, percebo um diferencial. Em minha primeira atividade, continuo levando alguns filmes pertinentes ao conteúdo programático para as aulas, na medida em que o cinema nos permite fazer um novo tipo de análise histórica. Na ação cineclubista na escola, o diferencial começa pela escolha do filme, feita de forma coletiva por professores e alunos monitores, além do momento de exibição, em que cada um cumpre uma função, e do momento do debate, quando começamos a apresentar essa nova gramática relacionada ao cinema. São oportunidades distintas, com objetivos igualmente diversos.

Como funciona 

cineclubedahora4De acordo com a articuladora, tudo acontece a partir de uma pequena equipe que se renova, em função do calendário escolar, e com o apoio dos alunos interessados em assumir responsabilidades de monitores. O grupo se encontra para a exibição e seleção dos próximos filmes. Além disso, produz material para divulgação na escola e faz contatos com outros professores e alunos, convidando-os para as sessões.

– Temos também uma parceria com a professora da Sala de Leitura da escola, para gerar conteúdo no blog, por meio de críticas ou comentários sobre os filmes vistos em festivais. Nos encontros com outros professores do projeto, trazemos como sugestões as experiências das outras escolas, para possível viabilização – diz Sonia.

Para o futuro do Cineclube da Hora, o desejo da professora articuladora é tentar desenvolver, para os alunos, cursos envolvendo a linguagem do cinema e montar um acervo de livros com linguagem apropriada à faixa etária do seu público interno. 

 
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