A convite de d. Pedro II, o francês Auguste François Marie Glaziou veio trabalhar no Brasil como paisagista. Ele tinha 25 anos; era o ano de 1858. Formado em Engenharia Civil, com especialização em Botânica, Agricultura e Horticultura, ele trabalhou por longo período como diretor dos Parques e Jardins da Casa Imperial e inspetor dos Jardins Municipais.
Os principais projetos de Glaziou no Rio de Janeiro foram as reformas do Passeio Público, do Campo de Santana (atual Praça da República) e da Quinta da Boa Vista. Além disso, catalogou pela primeira vez diversas espécies nativas brasileiras, como a popular maniçoba-do-ceará, cujo nome científico faz referência ao paisagista: Manihot glaziovii. Outra iniciativa inovadora dele foi adotar plantas brasileiras na ornamentação de praças e ruas do país.
O paisagista realizou também obras particulares, como os jardins das residências das princesas imperiais, da família do barão de Nova Friburgo e do barão de Mauá.
Glaziou ficou no Brasil até se aposentar, aos 64 anos. Voltou à França, onde morreu nove anos depois, em 1906.
Com sua atuação em projetos de jardins, praças e parques, Auguste Glaziou ajudou a trazer para o Brasil um novo conceito urbano, que valorizava as áreas verdes destinadas a embelezar a cidade.