O bate-papo de Vera Barroso com seus convidados será inspirado por um minidocumentário que mostra, entre outras coisas, a trajetória dos professores de balé clássico Samara Mello, que morou na comunidade do Pavão-Pavãozinho, e Paulo Rodrigues, que catava e vendia papelão e alumínio para reciclagem quando criança e se tornou o primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Agora, eles fazem parte do projeto social Dançando para Não Dançar, criado pela bailarina Thereza Aguillar, ensinam balé a outras crianças carentes e irradiam o conhecimento técnico que acumularam, integrando, por meio da arte, um novo público à cidade.
Dados oficiais sobre o trabalho infantil, a população com renda familiar abaixo do salário mínimo e o peso da economia criativa (na qual a dança está inserida) no mercado de trabalho e no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro também são alguns dos assuntos abordados no minidocumentário. Outra questão levantada é o impacto que as atividades do projeto Dançando para Não Dançar promovem no entorno das comunidades em que atua.
Durante a conversa com os convidados, a apresentadora Vera Barroso buscará aprofundar algumas questões, tais como o mercado de trabalho para os jovens que moram em comunidades, o impacto dos projetos sociais na vida das pessoas carentes, o aumento da demanda por vagas no Dançando para Não Dançar após a pacificação das comunidades, os critérios dos investidores privados para apoiar projetos sociais e o papel das ONGs.
O programa Cidade Integrada é reapresentado aos sábados, às 9h, na Band e no canal 14 da NET, e também pode ser revisto na Videoteca do Portal [INSERIR LINK].
Saiba mais sobre Paulo e Samara
Além de professor, o bailarino Paulo Rodrigues é, atualmente, diretor artístico do projeto social Dançando para Não Dançar. Precisou começar a trabalhar quando ainda era criança, catando papelão e alumínio para reciclagem, para ajudar a família. Embora sempre tenha tido que trabalhar, nunca deixou de estudar. Ingressou na faculdade de Educação Física, onde teve a chance de descobrir a dança e galgar um caminho profissional de grande destaque, chegando ao posto de primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Samara Mello morava na comunidade do Pavão-Pavãozinho e gostava de dançar. A música e a dança sempre estiveram presentes em sua casa. Seu pai, o pedreiro Rogério, é ritmista de escola de samba, além de adepto da soul music. Em 1995, aos 7 anos, foi selecionada para o projeto Dançando para Não Dançar, que havia chegado à comunidade do Cantagalo, vizinha à sua. Lá, ela conheceu o professor Paulo Rodrigues. O contato com a dança não apenas fez Samara vencer a timidez, mas também melhorar seu rendimento escolar. Hoje, ela cursa faculdade de Dança e é professora-monitora do projeto.