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Autoconhecimento e autoavaliação andam juntos na E.M. Brigadeiro Eduardo Gomes
21 Maio 2018 | Por Ivan Kasahara
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Na E.M. Brigadeiro Eduardo Gomes (11ª CRE), no Jardim Guanabara, o processo de autoavaliação caminha lado a lado com a construção da identidade da escola. Em 4 de maio, professores, alunos, funcionários e responsáveis estiveram reunidos para definir a missão e a visão da unidade, além de pensar sobre as três questões propostas no kit organizado pela Secretaria Municipal de Educação (SME) e que devem orientar o plano de gestão: a escola que somos, a que queremos ser e como faremos para chegar lá.

Para mobilizar a comunidade em torno do tema, os membros do Conselho Escola Comunidade (CEC) levantaram, previamente, informações junto a seus respectivos segmentos. Os alunos, por exemplo, instalaram uma urna para que seus colegas pudessem se expressar. Já os representantes dos responsáveis fizeram entrevistas, por WhatsApp ou pessoalmente. Além disso, o questionário apresentado no kit da SME foi distribuído a todos.

Vaneza de Almeida, mãe de uma estudante do 8º ano e administradora do grupo de WhatsApp dos responsáveis, acredita que a autoavaliação vai fortalecer a participação da comunidade. “Se nós, pais, realmente queremos uma escola modelo para nossos filhos, é imprescindível que estejamos presentes. Com esse processo, as pessoas deixam de se ver apenas como pais de alunos e passam a perceber que sua opinião tem importância, que fazem parte e podem modificar o cenário.”

Ela diz que, nas entrevistas feitas, os responsáveis apontaram como medidas prioritárias a conclusão da climatização das salas de aula e um transporte escolar, pois a unidade se localiza no alto de uma ladeira e não há pontos de ônibus próximos. Por isso, reivindicam um veículo para percorrer, pelo menos, o trecho mais inclinado.


A responsável Vaneza de Almeida fala sobre o processo de autoavaliação.

O início da atividade foi marcado por uma performance artística da professora de Artes Lenora Corrêa e de alguns alunos, associando o símbolo da unidade – o girassol – aos valores da Brigadeiro: humildade, confiança, perdão, união, respeito, esperança, solidariedade, dedicação, coragem, harmonia e cooperação. Esses valores foram eleitos pelos estudantes e também fazem parte da identidade da instituição. Em seguida, os cerca de 40 presentes foram divididos em três grupos, encarregados de pensar como a escola seria no futuro.

Segundo a diretora Andréa Batista, o resultado de todo esse processo será a construção coletiva de um plano de gestão. Ela está no cargo desde 2015 e atuou como diretora adjunta entre 2007 e 2014. “Vamos apurar os dados e, a partir daí, construir ações coletivamente. E cada um vai ser responsável não apenas pela construção, mas também pela execução e avaliação dessas ações”, explica.


Para a diretora Andréa Batista, a autoavaliação permite um replanejamento das ações.

De acordo com o agente educador Flávio dos Santos, vice-presidente do CEC, a construção coletiva não será difícil. “Essa Direção lembra até um colegiado porque nunca toma decisões sozinha, sempre consulta a comunidade. Com a autoavaliação, vamos definir nossas prioridades e melhorar o ambiente para quem trabalha aqui e para nosso principal público, os alunos.”


O agente educador Flávio dos Santos reforça a importância da parceria entre escola e comunidade.

Ao final do encontro, todo o grupo voltou a se reunir para redigir a missão e a visão da escola, que ficaram definidas da seguinte forma:

Missão: formar cidadãos críticos, capazes de transformar o mundo positivamente.

Visão: ser uma escola de referência nacional pelo nosso trabalho na educação, pelo respeito, pelas atitudes, pelo desempenho, pela dedicação e pela infraestrutura. Uma escola de excelência, participativa, voltada para a formação e para a cidadania.

Para Verônica Capella, aluna do 9º ano, representante de turma e integrante do Grêmio Escolar, essas metas não estão tão distantes de serem alcançadas. “Eu queria que todas as crianças do mundo pudessem passar pelo que estamos passando aqui, porque se todas elas estudassem na mesma escola em que estudo, com a mesma qualidade de ensino, o mundo estaria mil vezes melhor”, elogia.


Para a estudante Verônica Capella, é muito bom a escola querer ouvir os alunos.

 
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