Como atividades e projetos relacionados à sustentabilidade podem ser desenvolvidos em sala de aula, agora que a pauta da Agenda 2030 se consolidou como ação estratégica da Secretaria Municipal de Educação (SME)? Para auxiliar as escolas a pensarem em caminhos pedagógicos que abracem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda, foi iniciada uma série de oficinas formativas voltadas aos educadores da Rede Pública Municipal.
A primeira delas, feita em parceria com a ONU-Habitat, programa das Nações Unidas voltado à vida nas cidades, aconteceu na Escola de Formação Paulo Freire sendo transmitida para as telessalas das 11 CREs da cidade e a página da MultiRio no Facebook.
Várias escolas da Rede já trabalham com temas da sustentabilidade, como observou a secretária municipal de Educação, Talma Suane, durante o evento. A convidada da ONU-Habitat, Gabriela Uchoa, chefe do Departamento Agenda Teresina 2030, órgão da prefeitura da capital piauiense, lembra, contudo, que o conceito de desenvolvimento sustentável avançou em relação à Rio-92: “A pauta de hoje não é mais apenas ambiental. São 17 ODS desdobrados em 169 metas relacionadas entre si, que vão da redução das desigualdades à paz social; do consumo e produção responsáveis à igualdade de gênero; da educação de qualidade ao combate das alterações climáticas”.
Agentes da mudança
Uma das principais tarefas que a Agenda 2030 coloca diante das escolas é a de descobrir formas de atuação que transformem os alunos em agentes da mudança. “Estimular o protagonismo juvenil é fundamental. É preciso incentivá-los a criar propósitos e encorajá-los a encontrar soluções, sempre com as lentes do desenvolvimento sustentável”, expõe Gabriela Uchoa. Mas como fazer isso acontecer?
Segundo ela, uma simples questão do cotidiano, como a merenda escolar, pode levar a várias reflexões sobre os ODS. Quem planta os alimentos que estão à mesa? Eles são cultivados com ou sem agentes químicos e com quais tipos de semente? Seu plantio gera renda para quem? Que impactos o cultivo causa ao meio ambiente? Que consumo de energia e de água demanda? E o despejo dos restos de comida, dos copos e das embalagens descartáveis? Quais problemas estão por trás de uma simples merenda? Como podem ser solucionados? Como a escola e os alunos podem contribuir para a solução (ou parte dela)? “É preciso criar comprometimento, seja individualmente ou em conjunto”, defende Gabriela.
Ferramentas pedagógicas
Um site produzido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com várias ONGs e fundações privadas, contém várias ferramentas úteis aos educadores que querem trabalhar com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Trata-se do World’s Largest Lesson, que apresenta, em inglês, uma série de recursos que podem ser utilizados em sala de aula.
O site também tem uma versão em português: A Maior Lição do Mundo. Nem todos os recursos foram traduzidos, mas pode-se encontrar filmes de animação, histórias em quadrinhos, planos de aula e um guia que auxilia o professor a criar projetos de mudança liderados por alunos.
Cartilha e concurso
A SME distribuirá para todas as escolas da Rede Pública Municipal de Ensino uma cartilha produzida pela Casa Civil com o apoio da equipe de Artes Gráficas da MultiRio. Nela, os ODS são apresentados por um boneco humanizado, símbolo do Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDS) da Cidade do Rio de Janeiro. O Plano, articulado pela Casa Civil com base nas metas da Agenda 2030, é uma política pública de longo prazo da Prefeitura, a ser abraçada por todos os órgãos da administração.
A parceria da SME com a Casa Civil resultou no projeto Todo Mundo Tem um Nome. E o Meu? Quero Saber. Trata-se de um concurso que visa incentivar o protagonismo dos alunos da Rede, convocando-os a criar o nome do personagem-símbolo da cartilha do PDS. O regulamento será distribuído, em breve, para as CREs e as escolas do município.
A MultiRio também desenvolve uma série jornalística, com várias matérias sobre a Agenda 2030, com publicações previstas para o decorrer de todo o ano. Outros produtos também serão produzidos para o site participa.rio.
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