11/04/2024
Apresentado por Chandy Teixeira, coordenador de Games e eSports da Prefeitura do Rio, o programa traz conversas com especialistas da indústria criativa.
Notícias
26/03/2024
Estudantes entrevistaram delegadas do W20, secretária carioca e presidente do Comitê Rio G20 em cobertura de imprensa mirim relacionada à agenda do G20.
Andar no G20
20/03/2024
A MultiRio informa que o Processo Seletivo de Contratação para Cargos em Comissão 2024, Editais 001 a 005/2024, está temporariamente suspenso.
Notícias
18/04/2024
O GEO Fernando de Azevedo foi a escola representante na cobertura do grupo de engajamento do G20, acompanhando as atividades e realizando entrevistas com a cônsul-geral americana, Jacqueline Ward, entre outros.
Andar no G20
18/04/2024
Todo game tem um roteiro, uma narrativa como fio condutor de sua obra. Até mesmo um game de futebol, conta a história do esporte e de seus esportistas. Tudo isso dentro de uma característica chamada de hiperfoco. Quantos jovens não aprenderam um pouco de história ou até de uma segunda língua com os jogos eletrônicos?
MultiGames
17/04/2024
Seis professores do GEO Fernando de Azevedo (10ª CRE), em Santa Cruz, desenvolvem conjuntamente um projeto de jornalismo estudantil durante o tempo da eletiva da Agência dos Alunos da Rede (Andar).
Andar no G20
11/04/2024
Apresentado por Chandy Teixeira, coordenador de Games e eSports da Prefeitura do Rio, o programa traz conversas com especialistas da indústria criativa.
Notícias
O Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, em Salvador, era o mais antigo fundado no Brasil, e servia como local de recolhimento para mulheres consideradas “de má fama”, solteiras ou casadas, geralmente enclausuradas por pais e maridos que, ou não queriam deixá-las sozinhas, ou achavam que mereciam alguma punição.
Joana Angélica de Jesus, aos 20 anos, foi aceita no Convento da Lapa em caráter de exceção. Filha única de uma família soteropolitana abastada, escolheu ser freira, dedicando-se ao atendimento comunitário. Foi escrivã e vigária do convento, e eleita, por duas vezes, sua abadessa, cargo de alto prestígio na liturgia católica. Numa sociedade extremamente patriarcal com práticas de silenciamento de vozes femininas, Joana Angélica destacava-se como forte liderança.
Quando a madre superiora tinha 60 anos de idade, as mudanças causadas pela Revolução do Porto afetaram a política da província baiana, e crescia o sentimento antilusitano e emancipatório. A nomeação de um militar português para a Guarda das Armas gerou revolta a ponto de a população apedrejar uma procissão de europeus.
Neste cenário de guerra pela Independência da Bahia, em 19 de Fevereiro de 1822, os tiros chegaram ao Campo da Pólvora, quando os brasileiros, militares e civis, com pouco armamento e temendo os soldados portugueses, fugiram para as matas do Tororó.
Os soldados das forças portuguesas depararam-se com o Convento da Lapa e imaginaram que ali os fugitivos se escondiam. Ao arrombarem o portão, Joana Angélica surgiu à frente para impedir que invadissem o interior. Um dos soldados deferiu-lhe um golpe de baioneta no ventre, e a madre caiu ensanguentada. Não resistiu ao ferimento, vindo a falecer no dia seguinte.
A notícia do assassinato de Joana Angélica espalhou-se, aumentando a revolta contra o domínio português. A intensa comoção ecoou até a capital Rio de Janeiro, onde ocorreu uma missa pelo 30º dia de sua morte. Compareceram, trajando luto, o Príncipe Regente Dom Pedro e a Princesa Leopoldina.
A historiografia oficial desde cedo considera Joana Angélica de Jesus a primeira martirizada na luta pela independência do Brasil, como vítima de seu dever e mártir de sua fé. Sua morte traz forte significado cívico e religioso, e sua memória é preservada no mesmo Convento de Nossa Senhora da Conceição Lapa, localizado em avenida com seu nome na região central de Salvador, onde se encontra seu mausoléu. Em 2001, o convento deu início à solicitação para a beatificação de Joana Angélica de Jesus pela Igreja Católica. As pesquisas seguem seu curso e aguardam análises em arquivos e bibliotecas portuguesas de Lisboa e Coimbra.
Fontes:
MOTA, Ana Claudia de A.A. “Documentos avulsos do Convento da Lapa (Salvador, Bahia, séculos XVIII e XIX): edição e estudo”. Ana Cláudia de Ataída Almeida Mota; orientador Silvio de Almeida Toledo Neto. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduaçãoo em Filologia e Língua Portuguesa. Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH da USP - São Paulo, 2011.
SANTOS, Antônia da Silva. “Joana Angélica, saindo dos papéis à beatificação”. Anais do XV Congresso Nacional de Linguística e Filologia. Cadernos do CNLF, Vol. XV, Nº 5, t. 2. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011.