10/02/2025
Como diferentes segmentos da população podem se responsabilizar e se unir para tornar a internet um lugar melhor para as pessoas, especialmente para as crianças e os jovens.
Reportagens
28/01/2025
Com a volta às aulas, professores, estudantes e famílias podem estar se perguntando o que muda com a lei que restringe o uso de celulares nas escolas.
Reportagens
10/01/2025
As animações Saci e Matinta Perera, da série Juro que Vi, foram selecionadas em edital para integrar o catálogo da nova plataforma pública de streaming do MinC.
Notícias
11/03/2025
Com a mediação do professor Marcelo Fernandes, coordenador da CEIPI/SME, e participação de Adriano Giglio, Subsecretário de Ensino (SUBE/SME-Rio), Rita Simone, Coordenadora de Avaliação (CAV/SME-Rio), e Paula Martins, Gerente de Educação Infantil (GEI/SME-Rio).
Conversas com a CEIPI
17/02/2025
“Carnaval” e “Rio de Janeiro” é uma mistura que dá samba. Mas “Educação” e “entretenimento”: será que estes temas podem ser trabalhados juntos?
Reportagens
10/02/2025
Como diferentes segmentos da população podem se responsabilizar e se unir para tornar a internet um lugar melhor para as pessoas, especialmente para as crianças e os jovens.
Reportagens
07/02/2025
Com a mediação do professor Marcelo Fernandes, coordenador da CEIPI/SME, o segundo videocast de 2025 conta com a participação dos professores Érica Lobo, integrante da equipe GIN/SME e Hiago Viveiros, assistente da GIN/SME. Anderson Andrade, o Mestre Macaco Branco, é o convidado desta edição.
Conversas com a CEIPI
O Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, em Salvador, era o mais antigo fundado no Brasil, e servia como local de recolhimento para mulheres consideradas “de má fama”, solteiras ou casadas, geralmente enclausuradas por pais e maridos que, ou não queriam deixá-las sozinhas, ou achavam que mereciam alguma punição.
Joana Angélica de Jesus, aos 20 anos, foi aceita no Convento da Lapa em caráter de exceção. Filha única de uma família soteropolitana abastada, escolheu ser freira, dedicando-se ao atendimento comunitário. Foi escrivã e vigária do convento, e eleita, por duas vezes, sua abadessa, cargo de alto prestígio na liturgia católica. Numa sociedade extremamente patriarcal com práticas de silenciamento de vozes femininas, Joana Angélica destacava-se como forte liderança.
Quando a madre superiora tinha 60 anos de idade, as mudanças causadas pela Revolução do Porto afetaram a política da província baiana, e crescia o sentimento antilusitano e emancipatório. A nomeação de um militar português para a Guarda das Armas gerou revolta a ponto de a população apedrejar uma procissão de europeus.
Neste cenário de guerra pela Independência da Bahia, em 19 de Fevereiro de 1822, os tiros chegaram ao Campo da Pólvora, quando os brasileiros, militares e civis, com pouco armamento e temendo os soldados portugueses, fugiram para as matas do Tororó.
Os soldados das forças portuguesas depararam-se com o Convento da Lapa e imaginaram que ali os fugitivos se escondiam. Ao arrombarem o portão, Joana Angélica surgiu à frente para impedir que invadissem o interior. Um dos soldados deferiu-lhe um golpe de baioneta no ventre, e a madre caiu ensanguentada. Não resistiu ao ferimento, vindo a falecer no dia seguinte.
A notícia do assassinato de Joana Angélica espalhou-se, aumentando a revolta contra o domínio português. A intensa comoção ecoou até a capital Rio de Janeiro, onde ocorreu uma missa pelo 30º dia de sua morte. Compareceram, trajando luto, o Príncipe Regente Dom Pedro e a Princesa Leopoldina.
A historiografia oficial desde cedo considera Joana Angélica de Jesus a primeira martirizada na luta pela independência do Brasil, como vítima de seu dever e mártir de sua fé. Sua morte traz forte significado cívico e religioso, e sua memória é preservada no mesmo Convento de Nossa Senhora da Conceição Lapa, localizado em avenida com seu nome na região central de Salvador, onde se encontra seu mausoléu. Em 2001, o convento deu início à solicitação para a beatificação de Joana Angélica de Jesus pela Igreja Católica. As pesquisas seguem seu curso e aguardam análises em arquivos e bibliotecas portuguesas de Lisboa e Coimbra.
Fontes:
MOTA, Ana Claudia de A.A. “Documentos avulsos do Convento da Lapa (Salvador, Bahia, séculos XVIII e XIX): edição e estudo”. Ana Cláudia de Ataída Almeida Mota; orientador Silvio de Almeida Toledo Neto. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduaçãoo em Filologia e Língua Portuguesa. Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH da USP - São Paulo, 2011.
SANTOS, Antônia da Silva. “Joana Angélica, saindo dos papéis à beatificação”. Anais do XV Congresso Nacional de Linguística e Filologia. Cadernos do CNLF, Vol. XV, Nº 5, t. 2. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011.