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Uma viagem lúdica pela história da moeda
29 Janeiro 2014 | Por Márcia Pimentel
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MOEDA-GALERIADEVALORES-VERTDizem os neurocientistas que, quanto mais prazerosa for uma experiência, mais o cérebro reforçará e mobilizará atenção sobre ela. Dizem também que, quanto mais associações o cérebro fizer com uma informação, mais essa informação será apreendida e mais significados serão dados a ela. Não é à toa que os passeios culturais, prazerosos e cheios de informação, se tornam, cada vez mais, aliados da aprendizagem e são responsáveis por boa parte da cultura geral de uma pessoa.

No Rio de Janeiro, uma visita à exposição permanente do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Galeria de Valores, é um desses passeios em que a gente se diverte e sai carregado de informações. Concebida com uma abordagem multidisciplinar, a exposição revela, de forma lúdica e interativa, não só a história da moeda no Brasil e no mundo, mas também os significados culturais e econômicos do dinheiro no decorrer da história dos povos, propiciando inúmeros elos com outras áreas do conhecimento, como a construção do pensamento matemático pela humanidade.

A exposição se espalha por salas do prédio histórico do CCBB e apresenta cerca de duas mil peças do acervo de numismática (ciência que estuda as moedas e medalhas) do Banco do Brasil. Na sala Aventura do Dinheiro, conta-se a história desde as primeiras moedas de troca – o milho, o boi, o algodão, o sal etc. – até os atuais cartões de crédito e pagamentos virtuais, passando por cerca de 400 moedas e cédulas, entre as mais importantes utilizadas na história. Nessa sala também se aprende que, nos tempos do escambo, algumas moedas-mercadorias ganharam preferência nas transações comercias, como é o caso do boi, fácil de transportar porque se desloca sozinho, e do sal, fundamental à conservação dos alimentos.

Qualquer visitante um pouco mais curioso (ou estimulado à curiosidade) logo cria os elos com outras áreas do conhecimento. Afinal, e se um comerciante, num determinado momento, achasse que sua saca de sal valia mais que um boi ou uma saca de milho? Como concretizar a troca sem estipular comparações numéricas e sem um método de fracionar, multiplicar, somar e diminuir?

De acordo com a curadora da exposição, Denise Mattar, observar as moedas e as cédulas é como folhear um livro de História. Na verdade, da história de muitas disciplinas. A fase do escambo, por exemplo, não só se vincula à construção do pensamento matemático. Deixou, entre outras coisas, marcas em nossa língua. A palavra salário vem do hábito romano de se pagar os serviços das pessoas com o sal. Já a palavra capital é derivada do latim capita (cabeça) e pecúlio, que quer dizer dinheiro, do latim pecus (gado).

Tesouros

Na sala O Tesouro, o visitante caminha sobre um chão recoberto de moedas verdadeiras e por vitrines que mostram os diferentes tamanhos, formas, materiais e desenhos que foram usados para fabricar o dinheiro. Também estão expostas cédulas e moedas que reproduzem obras de importantes artistas, como Portinari, e que retratam personagens históricos, como Nero, ou personalidades como moeda-primeiroflorimEinstein. É nessa sala que também se assiste ao divertido filme de animação O Que É o Dinheiro.

Na Sala Brasil, uma linha do tempo exibe os principais momentos históricos e monetários passados pelo país, desde a época do descobrimento. É aqui que vemos a primeira moeda com a inscrição “Brasil”: um florim holandês raro (foto ao lado). Há menos de cem peças dessas em todo o mundo. A moeda mais valiosa da exposição, contudo, é a da coroação de d. Pedro I. Só se sabe da existência de 12 moedas dessas, embora tenham sido cunhadas 64 delas na época.

Nessa mesma sala ainda vemos moedas e cédulas que nos remetem a grandes figuras da história brasileira, como Tiradentes, Santos-Dumont, dom João VI, Getúlio Vargas, Carlos Drummond de Andrade, Villa-Lobos e muitos outros. Por fim, uma enorme mina de ouro cenográfica se posta ao lado de todo esse acervo documental, para instigar ainda mais a nossa imaginação.

 Serviço:

Centro Cultural Banco do Brasil
Rua 1º de Março, 66 – Centro
Telefone: 3808-2020

 

 
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