Os cariocas estão em contagem regressiva para o início dos Jogos Olímpicos 2016, que começarão no dia 5 de agosto. Em breve, a cidade vai receber turistas de várias partes do mundo para acompanhar a competição. Devido à magnitude e à importância do evento para o país, algumas unidades da Rede Municipal estão desenvolvendo, com os alunos, projetos relacionados aos Jogos.
Em Bangu, na E.M. Jorge Zarur (8ª CRE), desde o início do ano escolar os professores trabalham os continentes, os países, as curiosidades e a cultura de seus povos. Essas atividades fazem parte do projeto Vivendo as Olimpíadas, elaborado para o primeiro semestre de 2016.
Para o 1° ano, o tema é Ásia; o 2° ano, Europa; o 3° ano, Oceania; o 4° ano, África; e o 5° ano, América. Os docentes de Educação Infantil têm autonomia para escolher que temas desenvolver.
Um dos eventos programados para 2016 e que já aconteceu foi o concurso musical The Voice Zarur. Inspirado em um programa de televisão, permitiu que toda a comunidade escolar se apresentasse em dupla ou individualmente, cantando músicas de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que dão nome às mascotes dos Jogos 2016. Composições de outros artistas também foram aceitas, já que isso foi uma demanda dos participantes.
Na categoria infantil individual, a vencedora foi a aluna do 4° ano Deborah Victoria Silva de Paula Gomes; na categoria infantil dupla, as alunas Beatryz Santos Lopes de Oliveira e Thaís de Fátima Pinto Silva, ambas do 5° ano, ganharam a competição. Na categoria responsável, Elaine Cristina Batista Ribeiro – mãe do aluno Luiz Fellipe Batista Ribeiro Dias – e Tatiane Batista conquistaram o primeiro lugar. Como prêmio, todas receberam um troféu simbólico.
Também em junho ocorreu a olimpíada interna da escola. Os professores de Educação Física dividiram as modalidades entre os alunos, e alguns dos esportes relacionados são: arremesso, corrida, salto em distância, vôlei sentado e badminton. Aqueles com deficiência ou altas habilidades também participaram dos jogos, que aconteceram em dois locais: na Vila Olímpica Ary de Carvalho, em Vila Kennedy, nos dias 13 e 20; e na própria escola, em 7 e 28 de junho.
“As turmas competiram entre si, e de cada ano saiu uma equipe vencedora, que integrou um grupo maior com os campeões. Esses alunos ganharam medalhas e poderão desfrutar de um dia na Vila Olímpica de Vila Kennedy, com direito a almoço e banho de piscina, patrocinado pela escola”, explica a diretora adjunta Rosa Brandão.
Ainda faz parte da programação o concurso Garota Zarur, que consiste em um desfile das mães com as alunas, inspirado na música Garota de Ipanema, de Tom Jobim. Acontece em 15 de julho. O encerramento do projeto será no dia 28, antes do recesso escolar.
O Mundinho
Os alunos do EDI Professora Enyr Portilho de Avellar (9ª CRE), localizado em Campo Grande, também já estão no clima dos Jogos 2016. Em razão da idade, que varia de 2 a 6 anos, os conteúdos são mais lúdicos, e os assuntos estão sendo abordados com o auxílio da coleção de livros O Mundinho, de Ingrid Biesemeyer Bellinghausen.
O projeto anual foi intitulado Aprendendo com o Mundinho Esportes e Valores e faz referência a alguns dos temas trabalhados. A ideia é aproveitar o momento olímpico pelo qual a cidade está passando e ensinar às crianças mais do que regras de esporte ou dados geográficos dos países, mas conceitos como o respeito ao próximo, a ética e a formação de valores. Entre os tópicos já estudados, estão a identidade e as boas atitudes.
Os docentes também promovem atividades esportivas durante a recreação, sempre respeitando o limite de idade de cada criança. Entre as modalidades que os alunos já conhecem, estão o atletismo, o vôlei e o futebol. Ainda serão apresentados o basquete, os esportes praticados com cavalo e a natação.
“Os professores têm feito pequenas gincanas, mas sem aprofundar as regras de cada esporte; está tudo muito sutil. Os alunos aprendem que um dia eles ganham e, no outro, perdem”, destaca a diretora Andrea Neves.
No dia 15 de junho, os alunos receberam a visita de uma professora de Educação Física que trabalha na Clínica da Família Isabela Severo da Silva, próximo à escola. A docente fez um circuito com cordas, bolas, cones e bambolês com os alunos de uma turma da pré-escola II, promovendo o espírito de equipe.
Leitura olímpica
Desde 2015, o tema Jogos Olímpicos faz parte das atividades da E.M. Senador João Lyra Tavares (3ª CRE), no Lins de Vasconcelos. No encerramento do ano escolar, foi criado um espetáculo sobre o assunto. Houve a leitura de um texto que abordava os valores da competição; um casal de alunos dançou ao som da música oficial dos Jogos 2016 — Os Deuses do Olimpo Visitam a Cidade do Rio de Janeiro; e cinco alunas fizeram uma coreografia representando os Aros Olímpicos.
Em março de 2016, a mesma peça foi apresentada, com novos alunos integrando a equipe, em homenagem ao aniversário da cidade do Rio de Janeiro. Dando continuidade aos trabalhos, a escola criou o projeto Rio, uma Cidade de Atletas Olímpicos e Leitores de Ouro, desenvolvido na Sala de Leitura da unidade.
No início do projeto, durante o mês de maio, as crianças acessaram a internet para pesquisar informações dos Jogos Olímpicos, com o intuito de relembrar alguns conteúdos já vistos em 2015.
“Eles querem saber mais sobre a Tocha Olímpica, os esportes, as mascotes, os voluntários, além dos espaços que estão sendo construídos na cidade para o evento. Muitos comentaram, por exemplo, a visita da Tocha em algumas cidades, que está acontecendo no momento”, explica a professora Ana Lolita Caldeira Canavitsas, responsável pela Sala de Leitura.
Em junho, outra parte do projeto começou a ser desenvolvida. Trata-se da contação de histórias sobre os países que compõem os cinco continentes representados pelos Aros Olímpicos. Para essa atividade, o livro usado é Volta ao Mundo em 52 Histórias, organizado por Neil Philip.
Para tornar a aula mais lúdica, os alunos ouvem as histórias sentados no “tapete mágico” da Sala de Leitura, enquanto a professora utiliza bambolês coloridos e instrumentos musicais, representando a divisão do mundo. “As crianças estão amando. Está valendo muito a pena fazer esse projeto, principalmente porque elas já estão reconhecendo os continentes”, diz Ana.
* Beatriz Calado, estagiária, com supervisão de Regina Protasio.