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Um Rio de histórias
16 Setembro 2015 | Por Larissa Altoé
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convite 300A história do Rio de Janeiro se confunde com a do Brasil porque a cidade desempenhou importante papel desde que os portugueses aportaram por aqui: foi capital da colônia (século XVIII), depois do Império (século XIX) e da República (século XX). Esse caráter nacional faz com que os livros sobre o Rio, em geral, tratem mais de questões da nação brasileira, da dimensão do poder, do que propriamente da cidade em si e da população que a constitui.

Com o objetivo de colocar em primeiro plano a cidade e seu cotidiano através dos tempos, a Secretaria Municipal de Educação lançou, dia 17 de setembro, no Clube da Aeronáutica, na Praça Quinze, o livro Rio de Janeiro – Histórias Concisas de uma Cidade de 450 Anos. Com 224 páginas e 40 mil exemplares, será distribuído gratuitamente para os professores municipais.
Outra novidade da obra são os autores: dez deles são professores do Ensino Fundamental carioca, com pesquisas na área, seja em Mestrado, Doutorado ou cursos de especialização; e outros dez, professores universitários de diversas instituições, convidados por Ilmar Rohloff de Mattos, consultor da SME e doutor em História Cultural.

Jaime Pacheco dos Santos, organizador do livro, conta que a SME abriu a possibilidade de participação na obra a todos os professores da Rede Municipal, independentemente da disciplina. Os interessados enviaram uma ementa do artigo que pretendiam escrever e o Comitê 450 Anos fez a seleção. Entre os professores escolhidos, oito são de História, um de Geografia – que faz uma análise sobre o samba carioca – e uma de Educação Física – que trata do universo feminino na cultura popular brasileira.

Autores: professores da Rede e da universidade

Diego Knack é professor de História da E.M. Anísio Teixeira, na Ilha do Governador, e faz Doutorado. Ele escreveu o artigo Três edifícios e uma ditadura: histórias ocultas da Rua México. Knack ressaltou que “um aspecto central da obra é a valorização dos professores da Rede Municipal. O conhecimento científico e acadêmico é operacionalizado na sala de aula e tem um papel constitutivo muito importante em nossa sociedade. Colocar os professores como produtores de conhecimento é algo fundamental se queremos um ensino de História de qualidade. O leitor/professor, ao ler os artigos de colegas, pode se ver estimulado a repensar práticas, ter ideias para trabalhos em sala, ou mesmo elaborar um bom contraponto sobre o que está ali escrito”.

Luis Resnik, coordenador do Programa de Pós-Graduação em História Social da Uerj, escreveu, em conjunto com Leonardo Barbosa, o artigo Política, cultura e desenvolvimento urbano no Rio de Janeiro das décadas de 1960 e 1970. Resnik disse que participar do livro foi uma experiência excelente, porque “a produção do conhecimento deve ser compartilhada com a sociedade, e os professores são parceiros importantes nessa multiplicação e elaboração”.

Os 20 artigos que compõem o livro formam um panorama da época colonial até a contemporaneidade, falam sobre o povo, as reformas de engenharia e arquitetura, a cultura. São temas diversificados, como a fundação, o padroeiro, os índios – primeiros habitantes –, a corte, a escravidão, a presença francesa, futebol, favelização, entre outros.

Os professores municipais poderão, ainda, participar de mesas-redondas com os autores em setembro e outubro, no Memorial Getúlio Vargas e no Museu de Arte do Rio – MAR. Outra atividade prevista são as visitas pedagógicas a sítios históricos no Centro, divididas em três circuitos: Castelo-Praça Quinze, Praça Mauá e Lapa-Glória. As inscrições para as atividades serão feitas pelo site rioeduca.net.

 
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