Movimento cultural que aconteceu nos anos 1920, a princípio em São Paulo. Pintores, escultores, escritores brasileiros procuraram usar técnicas assimiladas na Europa, como o cubismo e o futurismo, sem copiá-las simplesmente. Esses artistas usavam a informação trazida de fora em fragmentos justapostos e misturados, a partir da própria experiência. Eles valorizavam e afirmavam positivamente nossa origem múltipla, não excluindo, mas valorizando as contribuições indígenas e africanas.
Do encontro de jovens intelectuais, como Oswald de Andrade e Mário de Andrade (que não eram parentes), com artistas plásticos, como Lasar Segall, Anita Malfatti e Victor Brecheret, surgiu a vanguarda modernista. Eles queriam atualizar as artes com uma identidade nacional.
O processo do modernismo teve eventos que o caracterizaram, como a primeira exposição de obras expressionistas de Lasar Segall, em 1913; o escândalo provocado pela exposição de Anita Malfatti entre dezembro de 1917 e janeiro de 1918; e a valorização da obra do escultor Victor Brecheret, em 1920.
Todo esse movimento culminou com a Semana de Arte Moderna de 1922: uma mostra de artes plásticas e sessões literário-musicais, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, entre 13 e 18 de fevereiro daquele ano. A Semana de 22 lançou as bases teóricas para o desenvolvimento artístico e intelectual das décadas seguintes, no Brasil.
Em 1922, Tarsila do Amaral estava estudando arte em Paris e ficou sabendo da Semana de Arte Moderna pelas cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, em junho daquele ano, Anita a apresentou ao grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade.