19/06/2024
A professora Cristiane Moura conta que a turma do aluno Guilherme se surpreendeu com a semelhança do colega com o personagem Kauã, do Material Rioeduca da SME-Rio, e após esse momento de surpresa a aprendizagem do Gui só evoluiu. Vem conhecer essa história!
Especial
18/06/2024
Segunda temporada estreia repleta de histórias inspiradoras das escolas públicas cariocas.
Notícias
11/06/2024
Inspirados nos estudantes e professores da Rede Municipal do Rio, os personagens do material Rioeduca geram identificação entre os alunos, que se sentem acolhidos e confiantes.
Artigos
28/06/2024
Acompanhe a Abertura da XV JPEI com o tema O Mundo das Infâncias: letramento e as formas de viver
XV Jornada Pedagógica da Educação Infantil (JPEI 2024)
28/06/2024
Uma conversa sobre o planejamento como um lugar de negociação e de disputas na Educação Infantil, onde os encontros vividos se constituem como construção política e curricular que se estabelece no tempo presente.
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28/06/2024
O Cuidar na Educação é princípio inegociável. Nessa roda, profissionais refletem sobre a dimensão do Cuidado em toda sua amplitude na Educação Infantil.
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28/06/2024
Na Educação Infantil, o Corpo como o Currículo vivo e em movimento. Assim, essa roda será sobre a importância do olhar atento para os corpos que se encontram e se relacionam nos espaços da Educação Infantil.
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O Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, em Salvador, era o mais antigo fundado no Brasil, e servia como local de recolhimento para mulheres consideradas “de má fama”, solteiras ou casadas, geralmente enclausuradas por pais e maridos que, ou não queriam deixá-las sozinhas, ou achavam que mereciam alguma punição.
Joana Angélica de Jesus, aos 20 anos, foi aceita no Convento da Lapa em caráter de exceção. Filha única de uma família soteropolitana abastada, escolheu ser freira, dedicando-se ao atendimento comunitário. Foi escrivã e vigária do convento, e eleita, por duas vezes, sua abadessa, cargo de alto prestígio na liturgia católica. Numa sociedade extremamente patriarcal com práticas de silenciamento de vozes femininas, Joana Angélica destacava-se como forte liderança.
Quando a madre superiora tinha 60 anos de idade, as mudanças causadas pela Revolução do Porto afetaram a política da província baiana, e crescia o sentimento antilusitano e emancipatório. A nomeação de um militar português para a Guarda das Armas gerou revolta a ponto de a população apedrejar uma procissão de europeus.
Neste cenário de guerra pela Independência da Bahia, em 19 de Fevereiro de 1822, os tiros chegaram ao Campo da Pólvora, quando os brasileiros, militares e civis, com pouco armamento e temendo os soldados portugueses, fugiram para as matas do Tororó.
Os soldados das forças portuguesas depararam-se com o Convento da Lapa e imaginaram que ali os fugitivos se escondiam. Ao arrombarem o portão, Joana Angélica surgiu à frente para impedir que invadissem o interior. Um dos soldados deferiu-lhe um golpe de baioneta no ventre, e a madre caiu ensanguentada. Não resistiu ao ferimento, vindo a falecer no dia seguinte.
A notícia do assassinato de Joana Angélica espalhou-se, aumentando a revolta contra o domínio português. A intensa comoção ecoou até a capital Rio de Janeiro, onde ocorreu uma missa pelo 30º dia de sua morte. Compareceram, trajando luto, o Príncipe Regente Dom Pedro e a Princesa Leopoldina.
A historiografia oficial desde cedo considera Joana Angélica de Jesus a primeira martirizada na luta pela independência do Brasil, como vítima de seu dever e mártir de sua fé. Sua morte traz forte significado cívico e religioso, e sua memória é preservada no mesmo Convento de Nossa Senhora da Conceição Lapa, localizado em avenida com seu nome na região central de Salvador, onde se encontra seu mausoléu. Em 2001, o convento deu início à solicitação para a beatificação de Joana Angélica de Jesus pela Igreja Católica. As pesquisas seguem seu curso e aguardam análises em arquivos e bibliotecas portuguesas de Lisboa e Coimbra.
Fontes:
MOTA, Ana Claudia de A.A. “Documentos avulsos do Convento da Lapa (Salvador, Bahia, séculos XVIII e XIX): edição e estudo”. Ana Cláudia de Ataída Almeida Mota; orientador Silvio de Almeida Toledo Neto. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduaçãoo em Filologia e Língua Portuguesa. Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH da USP - São Paulo, 2011.
SANTOS, Antônia da Silva. “Joana Angélica, saindo dos papéis à beatificação”. Anais do XV Congresso Nacional de Linguística e Filologia. Cadernos do CNLF, Vol. XV, Nº 5, t. 2. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011.