A pedagoga Maria José da Gama Brum Amaral, especializada na Língua Brasileira de Sinais (Libras), comandou, na tarde do dia 21, a oficina “O aluno surdo e o processo de alfabetização: trocando conhecimentos sobre a língua de sinais”, parte da programação da V Semana de Alfabetização. A atividade teve intensa participação das professoras presentes, que estavam em busca de capacitação para lidar de forma eficaz com crianças surdas.
A presença de estudantes surdos em salas de aula regulares, e não mais restritas às escolas especializadas, é reflexo da atual política de inclusão. Eles têm direito e capacidade de aprender igual às demais.
Maria José iniciou a oficina explicando que o termo a ser usado para se referir à criança surda é esse mesmo, e não deficiente auditivo (quem nasce ouvindo e perde o sentido ao longo da vida, por alguma eventualidade), portador de surdez (pois quem porta algo pode transferir isso para outro) ou termos pejorativos, que constrangem e magoam.
Segundo a especialista, é necessário usar muitas figuras e desenhos, buscar uma parceria com a família, falar sempre de frente para facilitar a leitura labial e buscar saber a língua de sinais. Quando possível, solicitar a presença de um mediador ou intérprete em sala de aula. As crianças surdas são tão capazes quanto as outras, mas necessitam de adaptações para aprender.
Maria José explicou que a criança surda possui o aparelho fonador completo, o qual, se for estimulado, pode ser usado para o aprendizado da fala, que terá um som metalizado, mas inteligível.
Durante a oficina, as professoras puderam conhecer os sinais correspondentes aos números cardinais, , às palavras “mentira” e “verdade”, “pode” e “não pode”, “fácil” e “difícil” e aos dias da semana, além de verbos muito usados, frases e outros vocabulários em Libras.
A pedagoga esclareceu, ainda, que a língua de sinais não é universal, pois suas referências mudam de um país para outro. No Brasil, por exemplo, o mês de junho é simbolizado por um gesto que lembra as fogueiras de São João, o que não faz o menor sentido nos Estados Unidos. Cada nação tem seu próprio sistema.
A datilologia – ou seja, o alfabeto em Libras – é usada apenas para comunicar o nome das pessoas e soletrar algumas palavras. No resto do tempo, os surdos usam sinais que simbolizam palavras e expressões. “Amigo próximo”, por exemplo, se diz levando a mão ao coração de uma certa maneira. É importante notar que os sinais usados em Libras não são mera mímica.
A estrutura de Libras é diferente da estrutura da língua portuguesa. Libras não possui conectivos, concentrando-se nas palavras principais, que dão significado às frases. A expressão corporal e facial é outro fator muito importante na língua de sinais porque ajuda a passar a informação. Há, por exemplo, um sinal específico para “muito”, mas se a pessoa quiser dizer que trabalhou muito, pode apenas intensificar o gesto e a expressão facial durante o diálogo.
As participantes fizeram diversos exercícios para memorizar o conteúdo transmitido pela dinamizadora, como olhar e interpretar o que ela dizia por meio de Libras e ditados. Ao final da oficina, dividiram-se em duplas e produziram diálogos em língua de sinais, usando o que haviam aprendido durante a tarde. Todas saíram com mais conhecimento para ajudar seus alunos surdos a evoluírem no processo de alfabetização.
29/09/2017
Erivelto da Silva Reis, do projeto PAA – Produção de Acervo de Áudio, da FIC, orienta professores a produzirem obras que possam ser disponibilizadas para pessoas com deficiência visual.
V Semana de Alfabetização
28/09/2017
A alfabetização pelo corpo e a importância da sensibilidade e da atenção do professor aos movimentos dos alunos. Tania Nhary, doutora em Educação, sugere atividades.
V Semana de Alfabetização
28/09/2017
A leitura de mapas e a cartografia participativa, que se baseia nas relações afetivas, podem servir de apoio ao processo de alfabetização.
V Semana de Alfabetização
27/09/2017
Atividades desenvolvidas em duas escolas municipais são exemplos de abordagem mais enriquecedora e eficaz no ensino das primeiras letras.
V Semana de Alfabetização
26/09/2017
Em oficina sobre alfabetização científica, educadora Sandra Regina dos Santos apresenta experiências que ajudam a despertar o interesse das crianças por ciências.
V Semana de Alfabetização
25/09/2017
Há mais de quatro anos, grupo dedicado a esse segmento pesquisa o perfil dos alunos e desenvolve reflexão com base em autores brasileiros.
V Semana de Alfabetização
25/09/2017
Uma reflexão sobre as relações entre ensinar e aprender, com o objetivo de avançar na produção de propostas que busquem novos parâmetros para um trabalho com a leitura e a escrita na escola pública carioca, e concomitantemente deem continuidade ao processo de alfabetização comprometido com a apropriação de conhecimentos das diferentes áreas do conhecimento como base para a produção de novos saberes. Destaque especial para o papel do Coordenador Pedagógico como orientador do trabalho desenvolvido nas turmas de alfabetização, como garantia da presença viva do diálogo nas situações de interlocução, vinculado direta ou indiretamente, com as necessidades, lutas e conquistas das crianças cariocas. Palestrante: Cecilia Goulart (UFF).
V Semana de Alfabetização
22/09/2017
Cecilia Goulart, da UFF, conquistou a plateia ao ressaltar a importância do professor e o protagonismo das crianças no processo de alfabetização.
V Semana de Alfabetização
22/09/2017
Uma reflexão sobre propostas inclusivas e sobre as questões específicas da Educação Especial e da inclusão da pessoa com deficiência. Uma educação inclusiva deve ser fundamentalmente de caráter universal e considerar as especificidades dos estudantes. Palestrante: Márcia Marin Vianna (Colégio Pedro II). Professoras convidadas: Maria Cândida Bandeira (E.M. Claudio Besserman Vianna) e Luciane Frazão (Ciep João Batista dos Santos). Palestra proferida na manhã de 21 de setembro.
V Semana de Alfabetização
21/09/2017
Palestra da V Semana de Alfabetização reforça a importância do trabalho colaborativo com o professor de sala de aula.
V Semana de Alfabetização
21/09/2017
Uma reflexão sobre as práticas escolares propostas para a alfabetização que ampliem o conhecimento e a apropriação dos espaços vividos pelas crianças, explorando a localização, a organização e suas possíveis representações. A apropriação desses espaços socialmente ocupados se completa com o domínio das instâncias históricas (passado/presente). Palestrante: Maria de Lourdes Araújo Trindade (Unesa). Professoras convidadas: Ana Maria Balla (E.M. Professor Visitação) e Denise Barreto (Ciep Pontes de Miranda). Palestra proferida na manhã de 20 de setembro.
V Semana de Alfabetização
20/09/2017
Professoras demonstraram a importância da disciplina no trabalho com crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
V Semana de Alfabetização
19/09/2017
Professoras da Rede compartilharam suas experiências de alfabetização. Ludmila Thomé de Andrade, da UFRJ, ressaltou a importância de se trabalhar com o que os alunos levam para a sala de aula.
V Semana de Alfabetização
19/09/2017
Reflexões sobre a orientação dos documentos oficiais e as contribuições da didática da Matemática para um trabalho significativo com a Matemática no cotidiano escolar dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Palestrante: Flávia Renata Coelho (SME-Caxias). Professoras convidadas: Gizele Gonçalves Posta Lopes (E.M. Maria Florinda Paiva da Cruz - 7º CRE) e Rafaella Alves Luzia da Silva (Ciep Gregório Bezerra - 4ª CRE). Palestra realizada na manhã de 19 de setembro.
V Semana de Alfabetização
19/09/2017
Abertura do evento com a participação do secretário municipal de Educação, César Benjamin, da subsecretária de Ensino da SME, Nazareth Vasconcellos, e da gerente de Alfabetização da SME, Cristina Lima. A conferência proferida pelo professor Luiz Antonio Gomes Senna (Uerj) refletiu sobre os processos de apropriação da língua escrita experimentados pelas crianças em fase inicial da sua escolarização no contexto urbano carioca, relacionando as experiências culturais dos alunos às aprendizagens da leitura e da escrita.
V Semana de Alfabetização
18/09/2017
Palestra inicial se concentrou na dificuldade infantil para aquisição da escrita.
V Semana de Alfabetização