De que maneira apresentar Einstein para crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental? Essa e outras questões foram levantadas e respondidas na prática, por meio de experiências, durante a oficina “Alfabetização científica: luz em ciências naturais e sociais”, parte da V Semana de Alfabetização, organizada pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. A oficina foi conduzida pela professora Sandra Regina Pinto dos Santos, doutora em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretora-geral do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj).
Segundo Sandra, os professores da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental têm o importante papel de despertar o interesse das crianças para a área de ciências. “Se o professor não estimula a criança a entender por que o céu é azul, de que maneira o forno de micro-ondas cozinha, como funciona o controle remoto e outras coisas, dificilmente teremos cientistas no futuro. A ânsia por ensinar a ler e escrever faz com que a maioria não se volte para a ciência”, alerta a educadora.
Durante a oficina, Sandra demonstrou três experiências que podem ser realizadas pelos professores: a da combustão, a do disco de Newton e a da “calculadora movida a batata”, todas descritas adiante. “Não existe cientificidade se não existe ludicidade. Não dá para fazer ciências sem brincar. A criança não se apaixona por ciências só copiando do quadro”, pontuou.
Educadora pede atenção ao livro didático de Ciências
Ao final da oficina, Sandra fez um alerta com relação ao livro didático e aos cuidados que os docentes devem ter ao se apropriar do mesmo.
“É preciso ler com atenção para não confundir os alunos a partir de categorizações equivocadas de alguns livros. Muitas obras dividem os animais em selvagens e não selvagens, por exemplo, mas essa divisão não existe. Há também os que ainda fazem a divisão dos seres vivos em reinos Animal, Vegetal e Mineral; mas, na verdade, são cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia. Ou, ainda, livros que consideram a nuvem um exemplo de água no estado gasoso, mas não é. Vapor de água é como o amor: a gente sente, mas não vê. Enfim, existem erros grosseiros.”
Veja abaixo as experiências apresentadas pela educadora.
1) Experiência da combustão
Material:
- 1 copo de vidro;
- 1 vela (de tamanho menor do que o copo);
- 1 pires;
- água;
- fósforo;
- anilina ou guache colorido.
Com a própria parafina, cole a vela no centro do pires. Então, coloque um pouco de água colorida com anilina ou guache sobre ele (o corante serve para facilitar a observação). Depois, acenda a vela e, em seguida, cubra-a com o copo de vidro.
Em pouco tempo, a vela se apagará e parte da água entrará no copo. Isso se dá porque, quando se fecha o sistema, o comburente (oxigênio) acaba. O volume de água que entra corresponde ao volume de oxigênio que foi consumido na combustão.
“A experiência consiste em fazer a criança perceber a importância da combustão que existe dentro do nosso corpo (no processo de respiração intracelular, no qual queimamos açúcar/glicose) e fora dele.”
2) Experiência da “calculadora de batata”
Material:
- 2 batatas (também podem ser limões ou tomates, por exemplo);
- 3 fios de ligação pequenos com garras;
- 1 calculadora (modelo alimentado por pilha);
- 2 pregos de aço;
- 2 pregos ou espátulas finas de cobre.
Os fios de ligação devem ser presos da seguinte maneira:
Fio 1: prego de cobre da batata 1 + prego de aço da batata 2
Fio 2: prego de aço da batata 1 + polo negativo da calculadora
Fio 3: prego de cobre da batata 2 + polo positivo da calculadora
O cobre é o polo positivo e o aço é o negativo. Quando todos os fios são presos, sem a pilha, a calculadora liga. O experimento prova que o mundo funciona à base de energia.
“É uma maneira de apresentar Einstein para as crianças, levar a elas uma noção de energia. Uma maneira de introduzir é brincar dizendo que uma criança muito agitada está ligada na pilha, perguntar a ela onde está essa pilha. Quando a criança negar, basta dizer ‘ah, mas você come batata? Então, é isso que te dá energia!’ e apresentar o experimento, já montado.”
3) Disco de Newton
Material:
- cartolina branca;
- lápis ou giz de cera nas cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta;
- transferidor;
- papelão;
- barbante;
- tesoura.
Com a ajuda de um transferidor, desenhe dois círculos em um papel branco e os divida em sete partes de mesmo tamanho. Recorte os círculos e pinte ambos obedecendo à sequência de cores do arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Faça um círculo de mesmo tamanho ou um pouco menor no papelão e recorte. Cole os círculos que já foram coloridos no de papelão, um de cada lado. Então, faça dois furos pequenos alinhados, no centro do círculo, a uma distância de aproximadamente 0,5 centímetro, e passe o barbante por eles, conforme a foto.
Então, dê um nó nas pontas do barbante, estique o mesmo e faça o disco girar. Quando o disco gira com intensidade, se tem a impressão de que o disco é branco, comprovando que a luz branca é proveniente da soma das sete cores do arco-íris, como atestou Isaac Newton.
“A partir dessa experiência, também é possível falar que o mundo é movido por ondas magnéticas; explicar que nossos olhos veem apenas as cores do arco-íris; que o vermelho é o comprimento de onda mais lento e o violeta é o mais rápido – e, por isso, o pôr do sol tem tons alaranjados; que o controle remoto funciona por meio da luz infravermelha, invisível ao olho humano.”
29/09/2017
Erivelto da Silva Reis, do projeto PAA – Produção de Acervo de Áudio, da FIC, orienta professores a produzirem obras que possam ser disponibilizadas para pessoas com deficiência visual.
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A alfabetização pelo corpo e a importância da sensibilidade e da atenção do professor aos movimentos dos alunos. Tania Nhary, doutora em Educação, sugere atividades.
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28/09/2017
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Há mais de quatro anos, grupo dedicado a esse segmento pesquisa o perfil dos alunos e desenvolve reflexão com base em autores brasileiros.
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25/09/2017
Uma reflexão sobre as relações entre ensinar e aprender, com o objetivo de avançar na produção de propostas que busquem novos parâmetros para um trabalho com a leitura e a escrita na escola pública carioca, e concomitantemente deem continuidade ao processo de alfabetização comprometido com a apropriação de conhecimentos das diferentes áreas do conhecimento como base para a produção de novos saberes. Destaque especial para o papel do Coordenador Pedagógico como orientador do trabalho desenvolvido nas turmas de alfabetização, como garantia da presença viva do diálogo nas situações de interlocução, vinculado direta ou indiretamente, com as necessidades, lutas e conquistas das crianças cariocas. Palestrante: Cecilia Goulart (UFF).
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22/09/2017
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V Semana de Alfabetização
22/09/2017
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V Semana de Alfabetização
22/09/2017
Professores da Rede aperfeiçoaram seus conhecimentos a respeito da surdez e da Língua Brasileira de Sinais.
V Semana de Alfabetização
21/09/2017
Palestra da V Semana de Alfabetização reforça a importância do trabalho colaborativo com o professor de sala de aula.
V Semana de Alfabetização
21/09/2017
Uma reflexão sobre as práticas escolares propostas para a alfabetização que ampliem o conhecimento e a apropriação dos espaços vividos pelas crianças, explorando a localização, a organização e suas possíveis representações. A apropriação desses espaços socialmente ocupados se completa com o domínio das instâncias históricas (passado/presente). Palestrante: Maria de Lourdes Araújo Trindade (Unesa). Professoras convidadas: Ana Maria Balla (E.M. Professor Visitação) e Denise Barreto (Ciep Pontes de Miranda). Palestra proferida na manhã de 20 de setembro.
V Semana de Alfabetização
20/09/2017
Professoras demonstraram a importância da disciplina no trabalho com crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
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19/09/2017
Professoras da Rede compartilharam suas experiências de alfabetização. Ludmila Thomé de Andrade, da UFRJ, ressaltou a importância de se trabalhar com o que os alunos levam para a sala de aula.
V Semana de Alfabetização
19/09/2017
Reflexões sobre a orientação dos documentos oficiais e as contribuições da didática da Matemática para um trabalho significativo com a Matemática no cotidiano escolar dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Palestrante: Flávia Renata Coelho (SME-Caxias). Professoras convidadas: Gizele Gonçalves Posta Lopes (E.M. Maria Florinda Paiva da Cruz - 7º CRE) e Rafaella Alves Luzia da Silva (Ciep Gregório Bezerra - 4ª CRE). Palestra realizada na manhã de 19 de setembro.
V Semana de Alfabetização
19/09/2017
Abertura do evento com a participação do secretário municipal de Educação, César Benjamin, da subsecretária de Ensino da SME, Nazareth Vasconcellos, e da gerente de Alfabetização da SME, Cristina Lima. A conferência proferida pelo professor Luiz Antonio Gomes Senna (Uerj) refletiu sobre os processos de apropriação da língua escrita experimentados pelas crianças em fase inicial da sua escolarização no contexto urbano carioca, relacionando as experiências culturais dos alunos às aprendizagens da leitura e da escrita.
V Semana de Alfabetização
18/09/2017
Palestra inicial se concentrou na dificuldade infantil para aquisição da escrita.
V Semana de Alfabetização