A oficina Mapas da Cidade, que contou com Maria Beatriz Albernaz como dinamizadora, foi oferecida na tarde de 20 de setembro, durante a V Semana de Alfabetização, realizada na Escola de Formação do Professor Carioca – Paulo Freire. “Cartografar é habitar um território existencial”, iniciou a professora da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). A seguir, fez às educadoras presentes a mesma proposta com que recebe suas turmas no curso de formação de professores, no Instituto de Educação: que desenhassem ou descrevessem, em texto, o trajeto que tinham acabado de fazer, como uma forma de educar a sensibilidade para observar o que existe ao redor. No dia a dia das escolas, não é raro que as crianças das turmas de alfabetização tenham dificuldade de se situar, confundindo noções distintas como bairro, cidade e país. “Acho um tema difícil de trabalhar. Eu mesma tenho dificuldade de me localizar e fico perdida quando venho do Jabour ao Centro, por exemplo. Creio que a oficina pode ajudar nas minhas atividades com os alunos”, afirmou Vívian Santos.
Do Guia Rex ao Google Maps
Maria Beatriz explicou que não se trata, apenas, da visualização do corpo no espaço, mas também de outros aspectos mais sutis, como o tamanho da letra com que se escreve numa linha. “É preciso oferecer outra forma de ler o espaço, aprendendo outros códigos, como a análise de um mapa”, completou. Muitas vezes, crianças pequenas, acostumadas a sair sempre com os responsáveis, não sabem dizer sequer o nome da rua onde moram, nem descrever o que existe ao redor de sua casa. “Tem a ver com a forma como a gente lida com o desconhecido nesta cidade tão grande. E com a percepção das mudanças pelas quais os lugares vão passando... O principal é construir uma relação com o espaço a partir da própria experiência, que não é desvinculada do tempo, lembrando que nenhum mapa é um retrato fiel da realidade.”
De acordo com a professora, o processo de tentar correlacionar a escrita com a observação favorece o desenvolvimento da subjetividade infantil e de sua habilidade na arte de narrar, principalmente sob a perspectiva da chamada cartografia participativa, baseada nas relações afetivas e conceituais. “Existem relações de poder até mesmo nos modelos diferentes de urbanização das cidades. Vale a pena pedir às crianças para comparar dois mapas e apontar as diferenças. Um bom exemplo é o partido urbanístico colonial de organicidade português, mais curvilíneo, porque respeita os acidentes geográficos, em comparação com o padrão retilíneo espanhol, presente na planta da Missão Jesuítica de São Miguel Arcanjo”, detalhou, para, em seguida, apontar uma alternativa mais acessível. “O professor pode mostrar o mapa do Brasil ao lado do norte-americano, confrontando o riscado orgânico com o retilíneo e, a partir daí, discutir os diferentes processos de ocupação territorial.”
Atenção também diverge
Para a educadora, existem dois tipos de atenção: a atenção seletiva, que foca no assunto, e a atenção flutuante, bastante reprimida na escola. Para algumas pessoas, no entanto, flutuar ao redor antes de pousar os olhos sobre determinado assunto é uma necessidade que deveria ser respeitada. Ela recomendou aos professores que peçam a seus alunos para fazer um mapeamento afetivo da escola e, depois, do entorno, a fim de trabalhar com a noção de vizinhança. Mas alertou: se preparem, porque desenho de criança não respeita escala.
29/09/2017
Erivelto da Silva Reis, do projeto PAA – Produção de Acervo de Áudio, da FIC, orienta professores a produzirem obras que possam ser disponibilizadas para pessoas com deficiência visual.
V Semana de Alfabetização
28/09/2017
A alfabetização pelo corpo e a importância da sensibilidade e da atenção do professor aos movimentos dos alunos. Tania Nhary, doutora em Educação, sugere atividades.
V Semana de Alfabetização
27/09/2017
Atividades desenvolvidas em duas escolas municipais são exemplos de abordagem mais enriquecedora e eficaz no ensino das primeiras letras.
V Semana de Alfabetização
26/09/2017
Em oficina sobre alfabetização científica, educadora Sandra Regina dos Santos apresenta experiências que ajudam a despertar o interesse das crianças por ciências.
V Semana de Alfabetização
25/09/2017
Há mais de quatro anos, grupo dedicado a esse segmento pesquisa o perfil dos alunos e desenvolve reflexão com base em autores brasileiros.
V Semana de Alfabetização
25/09/2017
Uma reflexão sobre as relações entre ensinar e aprender, com o objetivo de avançar na produção de propostas que busquem novos parâmetros para um trabalho com a leitura e a escrita na escola pública carioca, e concomitantemente deem continuidade ao processo de alfabetização comprometido com a apropriação de conhecimentos das diferentes áreas do conhecimento como base para a produção de novos saberes. Destaque especial para o papel do Coordenador Pedagógico como orientador do trabalho desenvolvido nas turmas de alfabetização, como garantia da presença viva do diálogo nas situações de interlocução, vinculado direta ou indiretamente, com as necessidades, lutas e conquistas das crianças cariocas. Palestrante: Cecilia Goulart (UFF).
V Semana de Alfabetização
22/09/2017
Cecilia Goulart, da UFF, conquistou a plateia ao ressaltar a importância do professor e o protagonismo das crianças no processo de alfabetização.
V Semana de Alfabetização
22/09/2017
Uma reflexão sobre propostas inclusivas e sobre as questões específicas da Educação Especial e da inclusão da pessoa com deficiência. Uma educação inclusiva deve ser fundamentalmente de caráter universal e considerar as especificidades dos estudantes. Palestrante: Márcia Marin Vianna (Colégio Pedro II). Professoras convidadas: Maria Cândida Bandeira (E.M. Claudio Besserman Vianna) e Luciane Frazão (Ciep João Batista dos Santos). Palestra proferida na manhã de 21 de setembro.
V Semana de Alfabetização
22/09/2017
Professores da Rede aperfeiçoaram seus conhecimentos a respeito da surdez e da Língua Brasileira de Sinais.
V Semana de Alfabetização
21/09/2017
Palestra da V Semana de Alfabetização reforça a importância do trabalho colaborativo com o professor de sala de aula.
V Semana de Alfabetização
21/09/2017
Uma reflexão sobre as práticas escolares propostas para a alfabetização que ampliem o conhecimento e a apropriação dos espaços vividos pelas crianças, explorando a localização, a organização e suas possíveis representações. A apropriação desses espaços socialmente ocupados se completa com o domínio das instâncias históricas (passado/presente). Palestrante: Maria de Lourdes Araújo Trindade (Unesa). Professoras convidadas: Ana Maria Balla (E.M. Professor Visitação) e Denise Barreto (Ciep Pontes de Miranda). Palestra proferida na manhã de 20 de setembro.
V Semana de Alfabetização
20/09/2017
Professoras demonstraram a importância da disciplina no trabalho com crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
V Semana de Alfabetização
19/09/2017
Professoras da Rede compartilharam suas experiências de alfabetização. Ludmila Thomé de Andrade, da UFRJ, ressaltou a importância de se trabalhar com o que os alunos levam para a sala de aula.
V Semana de Alfabetização
19/09/2017
Reflexões sobre a orientação dos documentos oficiais e as contribuições da didática da Matemática para um trabalho significativo com a Matemática no cotidiano escolar dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Palestrante: Flávia Renata Coelho (SME-Caxias). Professoras convidadas: Gizele Gonçalves Posta Lopes (E.M. Maria Florinda Paiva da Cruz - 7º CRE) e Rafaella Alves Luzia da Silva (Ciep Gregório Bezerra - 4ª CRE). Palestra realizada na manhã de 19 de setembro.
V Semana de Alfabetização
19/09/2017
Abertura do evento com a participação do secretário municipal de Educação, César Benjamin, da subsecretária de Ensino da SME, Nazareth Vasconcellos, e da gerente de Alfabetização da SME, Cristina Lima. A conferência proferida pelo professor Luiz Antonio Gomes Senna (Uerj) refletiu sobre os processos de apropriação da língua escrita experimentados pelas crianças em fase inicial da sua escolarização no contexto urbano carioca, relacionando as experiências culturais dos alunos às aprendizagens da leitura e da escrita.
V Semana de Alfabetização
18/09/2017
Palestra inicial se concentrou na dificuldade infantil para aquisição da escrita.
V Semana de Alfabetização