O nome da E.M. José de Alencar (2ª CRE), em Laranjeiras, homenageia o escritor que deu início a uma literatura genuinamente brasileira. Em sua obra, José de Alencar procurou se aproximar da linguagem falada no Brasil, distanciando-se da que se usava em Portugal.
O escritor também abordou diversos temas nativos em suas obras, como o indianismo, cujo principal exemplo é O Guarani (1857); a sociedade urbana, em títulos como Lucíola (1862); e o ambiente rural e seus personagens, em livros como O Sertanejo (1875). Em apenas 48 anos de vida, José de Alencar também foi autor teatral de sucesso com peças cômicas, entre as quais, O Demônio Familiar, que teve em sua plateia o imperador D. Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina.
Boa parte da obra de José de Alencar encontra-se disponível de forma gratuita na internet. Além dos títulos acima, há outros links para obras digitalizadas no final da reportagem: seis romances, duas peças de teatro e o manuscrito Como e porque sou romancista, publicado postumamente. O site Domínio Público também oferece 27 títulos do autor.
A obra de José de Alencar foi revisitada muitas vezes no século XX, com adaptações para o cinema (quase uma dezena de filmes) e a TV (séries e novelas de diversas emissoras). A ópera O Guarani, adaptação de Carlos Gomes, é conhecida internacionalmente.
Do Ceará para o Rio de Janeiro
José Martiniano de Alencar nasceu nos arredores de Fortaleza, no Ceará, em 1º de maio de 1829. Foi o primogênito entre oito irmãos. Filho de um padre, que também era político, cursou Direito na faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo, e depois passou a residir no Rio de Janeiro. Na capital do Império, tornou-se cronista e colaborador do jornal Correio Mercantil. Em 1855, mudou de redação, passando a administrar e chefiar o jornal Diário do Rio. Seus primeiros romances foram publicados nesse jornal em forma de folhetins.
O escritor obteve êxito em diversas áreas distintas. Ingressou na política em 1861 e foi eleito deputado pela Província do Ceará por quatro vezes, sendo ainda Ministro da Justiça do Gabinete Itaboraí, durante o Segundo Reinado. Em 1864, casou-se com Georgiana Cochrane, com quem teve seis filhos.
Criou com o irmão, Leonel, o jornal Dezesseis de Julho e, posteriormente, O Protesto. No dia 12 de dezembro de 1877, José de Alencar morreu no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, vítima da tuberculose que o acometia há duas décadas. O escritor é o patrono da cadeira número 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL), por escolha de Machado de Assis, seu contemporâneo.
Abaixo, o leitor encontra outros links relacionados ao autor e suas obras, que também estão disponíveis de forma gratuita.
Romances
Teatro
Fontes da repotagem:
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