Carioca que se preze já cantou uma música de Lalá, pelo menos uma vez. Provavelmente estava em um baile de carnaval, em uma festa junina ou – quem sabe? – em algum estádio de futebol. Um dos compositores mais populares do país na primeira metade do século XX, Lamartine Babo – patrono de um Ciep da 9ª CRE, em Campo Grande – tinha um talento natural para a sátira, que aplicava, com maestria, em suas incursões literárias, produções teatrais e programas consagrados da era de ouro do rádio, entre a década de 1930 e a de 1940.
O ouvido musical, apurado e cultivado graças aos saraus que seus pais promoviam, fez com que, desde cedo, Lamartine começasse a imitar, com a boca, o som de diversos instrumentos. Segundo o biógrafo Suetônio Valença, autor do livro Tra-la-lá, que conta a história do artista, na infância ele gostava de montar presépios, jogar bola de gude, brincar com soldadinhos de chumbo e, principalmente, cantar. Durante a folia de Momo, saía automaticamente atrás dos cordões e só voltava – correndo – para casa se desse de cara com foliões mascarados, que lhe metiam medo.
A primeira canção de Lamartine Babo a ser gravada seria justamente uma marchinha para o carnaval de 1927, intitulada Os Calças Largas, que satirizava a moda masculina da época. A ela se seguiram muitas outras, eternizadas nos bailes e blocos de rua, como Linda Morena e A.E.I.O.U., esta em parceria com Noel Rosa. Em 1932, O Teu Cabelo Não Nega, em coautoria com os irmãos João e Raul Valença, causou rebuliço nos aristocráticos salões do clube do Fluminense. Apesar da execução por uma orquestra com 18 componentes, entre os quais Pixinguinha na flauta, os versos ousados chocaram boa parte da elite, que, escandalizada, abandonou de imediato o local.
A obra de Lalá gira em torno de 300 músicas. Entre as mais conhecidas estão No Rancho Fundo, em parceria com Ary Barroso, de 1931, e Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda, composta com Francisco Mattoso, de 1942. O acervo inclui, ainda, composições criadas para as festas juninas, como Chegou a Hora da Fogueira, gravada em 1933 por Carmen Miranda e Mário Reis. No ano seguinte, o cantor gravaria outro hit da dança de quadrilha, chamado Isto É Lá com Santo Antônio. Ao longo da carreira, Lamartine Babo escreveu, também, operetas e canções para o teatro de revista, além dos livros Pindaíba (1932) e Lamartiníadas (1939), e textos satíricos publicados nas revistas Dom Quixote, Para Todos e Shimmy.
Quanto à atuação no rádio, que o celebrizou, a trajetória se iniciou em 1930, com o programa Casa dos Discos. A este se seguiram Clube da Meia-Noite, Clube dos Fantasmas e A Canção do Dia, entre outros, sendo o mais famoso de todos o Trem da Alegria, realizado entre 1943 e 1956 por um trio formado por Lalá, Yara Salles e Héber de Bôscoli. A presença maciça do público fazia com que as apresentações fossem realizadas sempre em teatros, como o João Caetano. Ali, em 10 de janeiro de 1944, quando Lamartine completava 40 anos, ele executou pela primeira vez, numa só noite, os hinos de todos os participantes do campeonato estadual de 1943, com destaque para o clube do Flamengo, que se sagrou bicampeão carioca naquele ano. Além do rubro-negro, foram homenageados os times de Bangu, Bonsucesso, Botafogo, Canto do Rio, Fluminense (único hino composto em parceria, com Lírio Panicalli), Madureira, São Cristóvão, Vasco e América.
Torcedor fanático, Lamartine se apaixonara pelo América aos 8 anos de idade, durante uma vitória do time sobre o Fluminense, no Estádio das Laranjeiras, por 2 x 1, em 1912. Vitimado por um infarto, seu coração americano parou de bater no dia 16 de junho de 1963. Passados mais de 50 anos, o espírito festivo de Lamartine Babo ainda está presente entre nós – e estará para sempre.
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