A cidade foi, sem dúvida alguma, o assunto preferido de João do Rio, já que ela exemplificava, como nenhuma outra, a transição do país para a fase de República. Na passagem do século XIX para o século XX, o porto do Rio de Janeiro era o 15º maior do mundo em volume de comércio. A fim de atrair investimentos do capital estrangeiro, as autoridades procuravam se assegurar de que haveria um salto em direção ao cosmopolitismo e empreenderam uma enorme reforma urbanística. Entre as consequências desse plano diretor está o deslocamento da população em situação de submoradia da região central para os morros e os subúrbios.
Não por acaso, João do Rio inventou para o Rio uma alcunha bastante irônica numa crônica de título autoexplicativo, chamada Frivola-City, do livro Pall-Mall Rio, dada a forma fútil como eram discutidos os graves problemas da cidade. Dividido ele mesmo em sua dualidade, apesar da aparência de dândi, criticava tudo o que fosse superficial. Nacionalista, por ocasião da Exposição Nacional do Rio de Janeiro, realizada em 1908, publicou uma série de crônicas que enalteciam as riquezas do Brasil. Por outro lado, também criticava o sistema educacional do país e cobrava das autoridades a necessidade de uma reforma completa do ensino.
Filho do professor de Matemática e positivista gaúcho Alfredo Coelho Barreto e da dona de casa Florência dos Santos Barreto, nasceu na Rua Buenos Aires, que então se chamava Rua do Hospício. Estudou no Colégio São Bento e, aos 15 anos, prestou concurso para o Colégio Pedro II, que na época se chamava Ginásio Nacional. Em 1º de junho de 1899, quando ainda não havia completado 18 anos, foi publicado seu primeiro texto no jornal A Tribuna, de Alcindo Guanabara – uma crítica sobre a peça Casa de Bonecas de Ibsen, então em cartaz no Teatro Santana, atual Teatro Carlos Gomes. Rejeitado em sua tentativa de entrar para a carreira diplomática em 1902, João do Rio tomava para si qualquer tentativa de discriminação endereçada ao país ou contra qualquer um que não se encaixasse no ideal civilizatório europeu.
A lista de produções literárias, jornalísticas e teatrais publicadas por João do Rio é bem extensa.: As Religiões do Rio (1905), Chic-chic (1906), A Última Noite (1907), O Momento Literário (1907), A Alma Encantadora das Ruas (1908), Cinematógrafo: Crônicas Cariocas (1909), Dentro da Noite (1910), Vida Vertiginosa (1911), Psicologia Urbana (1911), A Bela Madame Vargas (1912), Os Dias Passam (1912), Memórias de um Rato de Hotel (1912), A Profissão de Jacques Pedreira (1913), Eva (1915), No Tempo de Wenceslau (1916), Crônicas e Frases de Godofredo de Alencar (1916), Pall-Mall Rio (1917), Sésamo (1917), A Correspondência de uma Estação de Cura (1918), A Mulher e os Espelhos (1919), Na Conferência da Paz (1919), Rosário da Ilusão (1921), Celebridades, Desejo (postumamente, em 1932), e até um livro de contos infantis, Era Uma Vez..., publicado em parceria com Viriato Correia em 1909.
João do Rio também tem sido tema de vários livros, como Vielas do Vício, Ruas da Graça (1996), de Renato Cordeiro Gomes. Em abril de 2013, a Funarte lançou 71 cartas da sua correspondência com João de Barros e Carlos Malheiro Dias, jornalistas e escritores portugueses, selecionadas pela pesquisadora Cristiane d’Avila. Cartas de João do Rio é uma boa amostra da luta do escritor por uma aproximação com Portugal. O jornalista, que se tornou correspondente estrangeiro da Academia de Ciências de Lisboa em 1913, iria fundar, dali a sete anos, o jornal A Pátria, no qual passou a lutar, entre outros, pelos interesses dos poveiros. Eles eram pescadores oriundos de Póvoa de Varzim, em Portugal, e abasteciam o mercado do Rio de Janeiro. João do Rio tomou sua defesa quando o governo brasileiro passou a exigir sua naturalização como condição para que renovassem a autorização de pesca.
17/01/2022
Patrona da E.M. Tarsila do Amaral (5ª CRE), conheça a trajetória de uma das maiores representantes da pintura no Brasil.
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21/09/2021
O jornalista fez intensa campanha, que resultou na lei de criação do imponente teatro da Cinelândia.
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11/05/2021
Cientista trabalhou para se formar em medicina e foi pioneiro na pesquisa em Imunologia.
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23/02/2021
Importante figura no campo da Educação no início da República, ele dá nome a uma escola na Tijuca.
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07/12/2020
A obra de Ferrez é considerada um dos principais registros visuais do século XIX e do início do século XX.
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30/11/2020
Aulas on-line da professora de História da E.M. Affonso Penna falam sobre as práticas políticas da Primeira República.
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19/10/2020
Conheça a trajetória do ator negro que dá nome a duas unidades de ensino da Rede Municipal.
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31/08/2020
Uma das primeiras mulheres a se formar em Medicina e a exercer a profissão na Europa, ela confrontou governos totalitários e revolucionou a Educação no mundo.
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19/08/2020
Nascida no subúrbio do Rio, Aracy cantou para as multidões e fez o que quis da vida em plena década de 1930.
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24/07/2020
Ela ensinava crianças em casa para manter viva a tradição.
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17/07/2020
Primeiro presidente da África do Sul eleito democraticamente, ele dá nome a Ciep no bairro de Campo Grande (9ª CRE).
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30/04/2020
O autor começou a escrever de forma mais próxima ao modo de falar dos brasileiros e não mais com o português usado em Portugal.
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22/04/2020
Durante a pandemia da gripe espanhola, população clamava para ele assumir a gestão da saúde pública.
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07/02/2020
Lançada artisticamente após os 60 anos de idade, sua voz e seu repertório marcaram a cena musical brasileira, exaltando elementos da cultura negra.
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02/01/2020
Considerado o pai da psiquiatria científica brasileira, Juliano Moreira venceu as dificuldades impostas por ser negro e de classe social baixa no século XIX.
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14/11/2019
Homenageada pelo Espaço de Desenvolvimento Infantil Rachel de Queiroz (1ª CRE), na Praça Onze, a escritora conhecida por O Quinze foi professora de História, tradutora e a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL).
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22/10/2019
O livro Vidas Secas, traduzido para 12 línguas, é um clássico da problemática dos retirantes nordestinos.
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17/10/2019
A partir dele, a humanidade foi capaz de voar com um aparelho autônomo, mais pesado que o ar, e dirigível.
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17/09/2019
Homenageado em 17 de setembro em Angola, Dia do Herói Nacional, Agostinho Neto engajou-se na luta pela libertação de seu país. Sua poesia é marcada pela resistência e afirmação da identidade africana.
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20/08/2019
Saiba mais sobre a autora que encantou Carlos Drummond de Andrade.
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22/06/2015
Educadora, intelectual e autora de preciosidades da literatura nacional, Cecília Meireles alçou a poesia a um novo patamar, por sua maneira toda especial de ver a vida.
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07/04/2015
O Ciep Elis Regina, da comunidade Nova Holanda, na Maré (4ª CRE), deve seu nome a uma das melhores cantoras do Brasil.
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13/01/2015
O empresário que fabricava um dos produtos mais populares do Rio, a gordura de coco Carioca, também foi um dos maiores incentivadores do movimento modernista brasileiro.
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05/01/2015
Ela agitou os salões cariocas, foi musa dos estudantes, lutou pelos direitos das mulheres e se casou com o primeiro goleiro da seleção brasileira de futebol.
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25/11/2014
Ele não foi apenas o protagonista da primeira gravação de um samba no Brasil, mas, também, personagem importante na história da difusão e orquestração da música do Rio de Janeiro.
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19/11/2014
Além de inúmeras obras de ornamentação feitas para as igrejas, ele projetou a primeira área pública de lazer do Brasil e foi pioneiro na arte da escultura em metais.
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11/11/2014
A obra do maior artista do período colonial brasileiro é tida como uma das mais importantes matrizes culturais do país.
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28/10/2014
Fatos curiosos marcaram a introdução da cultura do café em nosso país, pelas mãos de um desbravador da Amazônia.
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20/10/2014
Há 50 anos morria um dos escritores que mais impactaram a arte brasileira do século XX.
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07/10/2014
Bento Rubião, que dá nome a um Ciep na Rocinha (2ª CRE), tornou-se conhecido por defender moradores de comunidades removidas e teve suas teses incorporadas à Constituição de 1988 e ao Estatuto da Cidade.
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30/09/2014
Suas técnicas de ilustração revolucionaram a imprensa carioca da Belle Époque.
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26/08/2014
Patrona de uma escola municipal localizada no bairro de Santa Teresa, ela já foi considerada a maior romancista da geração que sucedeu Machado de Assis.
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07/07/2014
Candido Portinari pintou intensamente. Cenas de infância, circo, cirandas e também a dor da gente brasileira. A Escola Municipal Candido Portinari, da 11ª CRE, em Pitangueiras, deve seu nome ao grande pintor.
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16/04/2014
Mártir da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier é inspiração para estudos acadêmicos, tendo sua trajetória gerado obras literárias, filmes e peças teatrais, além de ser patrono de uma escola municipal localizada no Centro (1ª CRE), a E.M. Tiradentes.
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01/04/2014
Marchinhas de carnaval, hinos dos clubes de futebol cariocas e clássicos das festas juninas são uma herança sempre presente do compositor entre nós.
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18/10/2013
Um dos grandes artistas brasileiros do século XX, Vinicius era apaixonado por cinema, música, poesia e, sobretudo, pela vida.
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23/05/2013
Mestre da crônica como registro de época, o jornalista fez uma verdadeira etnografia do Rio de Janeiro nos anos 1910 e 1920: das altas esferas sociais aos grupos mais marginais.
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