Desde a Antiga Grécia, a música tem sido objeto privilegiado do interesse pedagógico. No século VI a.C., Pitágoras já havia descoberto as relações matemáticas entre os sons musicais e, cerca de dois séculos depois, Sócrates, Platão e Aristóteles debatiam a pertinência de a música integrar a Educação. Se, de um lado, sua execução requeria racionalidade e domínio técnico, de outro, acionava os mecanismos irracionais, sensíveis e afetivos do espírito (que poderiam ser edificantes ou não, nas preocupações de Platão).
Essas duas facetas levaram a música a ir ganhando diferentes contornos no campo educacional, ao longo dos séculos: do ensino da Música propriamente dita – cujas teorias buscam a relação entre técnica, razão e mundo sensível –, à prática pedagógica cotidiana, que utiliza o caráter cultural, lúdico e empático dos ritmos, das harmonias e das melodias para desenvolver habilidades motoras, numéricas, mnemônicas, linguísticas e muitas outras.
É importante ressaltar que, nos dias atuais, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe que a música seja trabalhada nessas duas dimensões, ao longo do processo de formação do aluno, com aprofundamento e especialização crescente, conforme avançam a idade dos estudantes e os anos de escolaridade. A Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro vem, inclusive, buscando consolidar esta perspectiva de trabalho há alguns anos, desenvolvendo projetos, como o Orquestra nas Escolas, e inserindo, cada vez mais, nas unidades de Ensino – da Educação Infantil ao 9º ano – professores especialistas, com formação acadêmica em Música.
Caminhos
As diversas atividades desenvolvidas na Rede Municipal do Rio espelham as múltiplas maneiras como a música vem sendo apropriada pelas escolas e como os componentes curriculares e os projetos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Educação (SME) ganham diversos contornos conforme as estratégias adotadas por cada professor e unidade de ensino. Na Educação Infantil, por exemplo, a C.M. Homero José dos Santos (1ª CRE), conectada com as propostas da BNCC, tem aproveitado as raízes do samba fincadas na comunidade onde está localizada, para realizar atividades remotas com suas crianças, durante o período em que professores e alunos estão em casa por causa da covid-19.
A história do patrono da creche, Mestre Tinguinha, que exerceu papel importante na organização e construção da identidade da bateria da Escola de Samba Mangueira, é o pretexto para apresentar breves características dos instrumentos de percussão. As atividades, apresentadas pelas professoras, por meio de vídeo, costumam ser acompanhadas de um desafio, como construir, com materiais reciclados e a ajuda da família, um dos instrumentos apresentados.
Ainda na Educação Infantil, as crianças do EDI Tenente Pedro de Lima Mendes (11ª CRE) têm sido brindadas com videoaulas do professor de Música Frederico Moreira, que abriu um canal no Youtube para postar atividades em vídeo, durante a pandemia. Em gravações pelo celular, quase sempre sem cortes e sem edição, toca instrumentos, conversa e apresenta componentes curriculares já trabalhados presencialmente, em uma performance musicada que encanta os que assistem. Em um de seus vídeos, trabalha de forma tão lúdica os conceitos de ritmo e de tempo (e, por consequência, a coordenação motora) que, mesmo para um adulto, é quase impossível não cantar piu-piu, co-có, ou au-au, nos momentos certos da música, quando ele pede para quem o assiste emitir o som dos animais.
O trabalho remoto desenvolvido por Frederico Moreira, tanto na Educação Infantil como no Ensino Fundamental – ele também dá aula para o 1º, 2º, 3º e 6º anos do Ciep João Mangabeira (11ª CRE) – não deixa dúvidas sobre como o conhecimento técnico e teórico do professor enriquece e amplia a formação dos alunos neste componente curricular e potencializa o desenvolvimento de diversas outras habilidades. Em vídeo publicado pela MultiRio em 2018, ele fala sobre isso. Defende que a música, além de propiciar uma formação estética e musical, contribui, de forma lúdica, para o desenvolvimento de habilidades com as palavras e os números, produz efeitos na disciplina e na capacidade de concentração e apura a coordenação motora, só para citar alguns exemplos das inúmeras possibilidades.
No encontro da música com a educação, na Rede Municipal do Rio de Janeiro, também estão os professores do programa Orquestra nas Escolas, que têm, como principal tarefa, o aprofundamento do conhecimento musical dos alunos. Mesmo remotamente, continuam a promover atividades que envolvem teoria e técnicas de execução de instrumentos, a exemplo de Luís Felipe Gomes, maestro assistente e professor de violino do polo Santa Cruz da Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca (OSJC). Ele tem aproveitado a pandemia para aperfeiçoar os conhecimentos já trabalhados, dando aulas coletivas por meio de vídeos ou videoconferências. Para os que têm mais dificuldade, atende individualmente pela internet, tentando explicar como podem superar falhas técnicas e aperfeiçoar a execução do instrumento.
Luís Felipe Gomes explica que suas aulas, remotas ou presenciais, são sempre muito técnicas, embora frise que não seja tecnicista, pois a execução do instrumento também pertence ao território do sensível. Trabalha, por exemplo, os conceitos de detaché e gran legato, que dizem respeito à maneira como se extrai o som do violino, lembrando sempre aos alunos que esse som é linguagem musical e deve expressar o sentimento e a “voz” de quem o executa.
A regente da Orquestra de Flautas Rivadávia Corrêa, Alessandra Alexandroff, também construiu estratégias para corrigir as falhas técnicas de seus alunos, durante a pandemia: “Na flauta doce, as dificuldades costumam estar relacionadas à articulação, à sonoridade e à passagem de notas específicas. Então, peço para treinarem trechos de música e, depois, dou o feedback por meio de áudio ou vídeo individual”, detalha.
Conexões e subjetividades
Segundo Moana Martins, coordenadora geral do Orquestra nas Escolas, em fevereiro deste ano, mais de 12 mil alunos da Rede estavam inscritos nos diversos projetos do programa. Com a suspensão das aulas em função da pandemia de covid-19, só cerca de 30% a 40% conseguem acompanhar, de forma efetiva, as atividades desenvolvidas. “Muitos alunos desejosos de participar das atividades foram tolhidos por questões estruturais”, lamenta.
Mas o percentual citado por Moana Martins não é linear. Entre os 42 alunos do professor Luís Felipe Gomes, por exemplo, 21 estão acompanhando as aulas remotas. Segundo ele, as dificuldades de participação dos pupilos passam por inúmeras variantes. “Alguns têm sinal de internet muito precário. Outros têm bom sinal, mas só têm acesso ao celular quando o pai chega do trabalho. Além disso, há questões subjetivas envolvidas, principalmente entre os adolescentes. Muitas alunas não se sentem à vontade no ambiente doméstico, outras não querem participar das aulas interativas porque estão com espinha ou alguma mancha no rosto, outros tantos não querem interagir sequer por áudio, porque acham que não conseguem se expressar direito...”, relata.
Já a regente da Orquestra de Flautas Rivadávia Corrêa afirma que todos os seus 12 alunos estão acompanhando as aulas e atividades comandadas por ela, durante a pandemia. “Sempre tive um contato muito ativo com eles pela internet”, explica. Isto não significa que esses 100% de adesão não lhe tenham exigido a elaboração de estratégias e o uso de ferramentas digitais que nunca havia utilizado antes, como aplicativos de edição de áudio e vídeo e plataformas interativas como o Zoom, o Teams e o Google Meets. “Para não cansá-los nem consumir muito o pacote de dados de internet deles, também vario as atividades. Ora faço videoaulas pelo Whatsapp, ora faço atividades de áudio, ora faço videoconferência...”, diz.
Som e tecnologia
Numa lista de possíveis legados da pandemia para a área de Educação, um ponto, provavelmente, faria parte do consenso entre todos: a maior familiaridade dos professores com as ferramentas digitais. Muitos, inclusive, têm se encantado com os novos recursos e as novas possibilidades que estão descobrindo. Encaixando-se nesse contexto, está o projeto Sinta o Som, desenvolvido pela SME e pelo programa Orquestra nas Escolas, bem antes da covid-19 assolar o planeta.
Moana Martins explica que o Sinta o Som tem o objetivo de contribuir para a maior presença da expressão artística, em especial a música, nas atividades cotidianas do universo da alfabetização. Trata-se de um aplicativo com vários cadernos digitais, além de um kit impresso, que oferecem vídeos, animações, partituras, cifras, playbacks, jogos e vários outros recursos pré-formatados para os professores adaptarem às suas necessidades e objetivos.
A formação dos professores para o uso desses recursos foi iniciada em fevereiro, antes do início da suspensão das aulas. E, por meio de videoconferência, continua durante a pandemia. A demanda tem sido tão grande que nem todos conseguem participar das aulas, em função dos limites de acessos impostos pelas plataformas digitais. No grupo Comunidade de Experiência do Sinta o Som, no Facebook, os professores que participam da formação virtual têm publicado vídeos com suas experiências, feitas a partir dos recursos oferecidos pelo aplicativo e pelo kit impresso, ampliando o universo de possibilidades contido no encontro entre a Música e a Educação.
03/12/2020
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03/12/2020
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27/10/2020
O projeto está presente em todas as CREs e é baseado no diálogo.
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25/09/2020
A 6ª CRE ofereceu oficina sobre podcast para 300 professores. Fique por dentro desse formato e suas possibilidades educativas.
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11/09/2020
O fenômeno das transmissões de vídeo ao vivo invadiu as redes sociais no período da pandemia. Confira algumas iniciativas na Rede Pública Municipal de Ensino.
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24/08/2020
Professores da Rede utilizam formatos de áudio e de vídeo, além de ferramentas como o Microsoft Sway, em propostas criativas e periódicas.
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11/08/2020
Professora Danielle Pereira, da E.M. José Eduardo de Macedo Soares (3ª CRE), cria e-book para crianças expressarem sentimentos e vivências durante a pandemia.
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06/08/2020
Sugestões para a rotina dos alunos, curso de Libras, materiais acessíveis e a programação da Jornada Pedagógica da Educação Inclusiva.
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04/08/2020
O isolamento social tornou o ensino remoto realidade para os alunos que conseguem manter o vínculo com a escola. Entenda os prós e os contras dessa situação.
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21/07/2020
A experiência da E.M. José Emygdio de Oliveira (5ª CRE) no desafio de tornar o ensino remoto mais democrático.
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03/07/2020
Jogos, adaptações de modalidades esportivas e até atividade de faz de conta envolvendo exercícios de ioga entre as sugestões.
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26/06/2020
Elas conseguiram a adesão de quase 100% dos alunos às atividades que fazem pela internet.
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16/06/2020
Professores da Rede estão usando recurso digitais gratuitos para ensinar a distância. Conheça experiências que estão funcionando.
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16/06/2020
Especialista responde a perguntas enviadas pela comunidade escolar durante o #educa sobre Direitos autorais.
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04/06/2020
Docentes têm buscado novos conhecimentos sobre ferramentas tecnológicas e metodologias educacionais.
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29/05/2020
Período da pandemia tem sido profícuo em debates e novas aprendizagens.
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25/05/2020
Professores devem estar atentos ao produzir e compartilhar vídeos e demais conteúdos educativos na internet. Confira alguns cuidados que devem ser tomados.
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22/05/2020
Temas mais procurados costumam ser alvo de hackers.
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19/05/2020
Dia 20 de maio é dedicado ao pedagogo. Conheça possibilidades de capacitação.
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16/04/2020
Conheça divesrsos sites que oferecem livros on-line gratuitos.
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15/04/2020
Psicólogos, pediatras, nutricionista e professores de Educação Física orientam sobre como viver melhor esse momento de restrição.
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08/04/2020
Estimule a curiosidade das crianças e dos adolescentes!
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03/04/2020
Balé, Língua Portuguesa, arte com massinha, poesia e diversos outros conteúdos - educadores estão postando nas redes. Aproveite!
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02/04/2020
Yasmin Benedetti, professora de inglês nas Escolas Municipais Zituo Yoneshigue e Lia Braga, em uma videoaula compartilhada nas redes sociais A 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), que representa a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro em 13 bairros da Zona Norte da cidade, está convocando os professores a gravarem aulas em vídeo e a compartilharem com seus alunos nas redes sociais. Mais de 500 professores já aderiram à campanha. Batizada de #CompartilheUmaAula pelo coordenador da 6ª CRE, Hugo Nepomuceno, a iniciativa pretende minimizar os prejuízos pedagógicos causados pelo fechamento das escolas determinado pela Prefeitura do Rio de Janeiro como medida preventiva contra a disseminação do novo coronavírus. Além do grande risco à saúde e à vida das pessoas, a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, abalou sistemas educacionais no mundo inteiro. Como em diversos países, no Brasil, governos estaduais e municipais decidiram fechar as escolas para diminuir a velocidade da transmissão da doença, na tentativa de evitar o colapso do sistema de saúde. Na Rede Pública Municipal de Educação do Rio de Janeiro, cerca de 640 mil alunos e 40 mil professores estão dentro de suas casas, em afastamento social, seguindo orientações das autoridades sanitárias. Mas as adversidades costumam atiçar a criatividade das pessoas. Seis dias após o início da suspensão das aulas no Rio de Janeiro, ocorrido em 16 de março, o professor Cássio Veloso, responsável pela Assessoria de Informática Técnica e gestor das redes sociais da 6ª CRE, decidiu propor uma ação de compartilhamento voluntário de videoaulas com os alunos pelas redes sociais, durante o período de suspensão das atividades escolares. Cássio conta que a ideia surgiu de uma conversa com sua mãe. “Minha mãe, que é professora alfabetizadora aposentada, demonstrou preocupação com a suspensão das aulas por conta do aprendizado dos alunos. Ali, falando com ela em vídeo, surgiu a ideia: conclamar colegas professores a gravarem aulas e nos enviar para compartilharmos em nossas redes sociais. ” A iniciativa foi prontamente encampada pelo coordenador da 6ª CRE, Hugo Nepomuceno, que não demorou a encontrar um nome que traduzisse o potencial de alcance da proposta. “A inspiração se deu pelo desejo de, com a iniciativa, criarmos um movimento colaborativo de produção dessas microaulas, sendo necessário, para isso, criar uma hashtag que não se restringisse aos profissionais da 6ª CRE, mas atingisse a Rede como um todo. Deveria ser também uma hashtag que comunicasse de forma simples e direta com o público que procurasse, na rede social, por esse conteúdo. Fizemos uma pesquisa preliminar e identificamos que essa hashtag não estava em uso no Facebook, o que nos levou a adotá-la”, conta. Letícia Lombone, 12 anos, aluna da Escola Municipal de Aplicação Carioca Coelho Neto, assistindo a uma videoaula em casa. FOTO: Patrícia Rodrigues Mello. Hugo gravou um vídeo convocando os professores a participarem da empreitada. A mobilização gerada pela mensagem postada na página da 6ª CRE no Facebook já está gerando resultados. Letícia Lombone, 12 anos, aluna do 8º ano na Escola Municipal de Aplicação Carioca Coelho Neto, localizada no bairro de Ricardo de Albuquerque, afirma estar gostando das atividades pedagógicas postadas por seus professores nas redes sociais e relata já ter assumido um compromisso: “as videoaulas me mantêm em uma rotina de exercícios e trabalhos muito importante, que terei que apresentar aos professores no final desse período da quarentena. ” Manter a rotina relacionada à escola é um dos objetivos da iniciativa proposta pela 6ª CRE, segundo a professora Yasmin Benedetti, que leciona inglês nas Escolas Municipais Zituo Yoneshigue, também em Ricardo de Albuquerque, e Lia Braga, em Guadalupe. “Nessa quarentena que nós estamos vivendo, pensar que os nossos alunos estão afastados da escola, que é a maior referência que eles têm - eles passam mais tempo na escola do que em casa -, poder chegar até eles e fazer com que eles não percam essa rotina e esse contato, e sigam aprendendo, é muito bom”, afirma Yasmin, que já deu a sua contribuição com uma videoaula gravada em seu celular. Segundo Hugo, a intenção não é criar um modelo de ensino a distância para a Rede Municipal, mas manter professores, alunos, pais e responsáveis conectados. “Não podíamos correr o risco de nossos alunos, nesse período de afastamento social, se desvincularem da escola e perdermos contato. Através desse movimento, temos visto uma verdadeira rede colaborativa se desenvolvendo, com profissionais de diferentes unidades escolares trocando ideias e compartilhando as aulas uns dos outros, levando esse conteúdo aos alunos de suas unidades”, constata. Entre os conteúdos compartilhados, há atividades lúdicas, como brincadeiras e leitura de histórias, consideradas fundamentais por Luana Travassos, mãe de Maria Eduarda, 8 anos, aluna do 3º ano no Ciep Glauber Rocha, na Pavuna. Luana elogia a preocupação dos professores em relacionar os conteúdos das videoaulas com a faixa etária do aluno e conta como utiliza as atividades sugeridas para organizar a rotina da filha: “Eu imprimo algumas, para que ela estude na parte da manhã, que é o horário que nós separamos para os estudos dela. Quando não consigo imprimir, mostro através da tela mesmo. Faço sempre a busca nas redes sociais da 6ª CRE ou através da hashtag.” Cássio explica que as redes sociais da 6ª CRE já contavam com 10 mil seguidores, o que contribuiu para a rápida e grande adesão. Hugo acrescenta um ingrediente: para ele, o sucesso da iniciativa deve-se também à grande penetração da telefonia móvel. “O fato desse material ser de fácil acesso pelas famílias, pois com um celular elas conseguem acessar as aulas, fez com que nós acabássemos democratizando, ainda mais, o alcance desse conteúdo. Afinal, a maioria das famílias hoje acessa a internet por meio do celular e não dos computadores”, relata. As atividades e conteúdos pedagógicos estão sendo compartilhados pela página da 6ª CRE no Facebook , pelo Instagram e em grupos de WhatsApp que reúnem professores, gestores escolares, pais e responsáveis pelos alunos. “Sabemos que não alcançaremos todas as famílias, pois no nosso território tem algumas áreas em que a qualidade do sinal das operadoras é muito limitada ainda, mas cada família que alcançamos já é uma vitória e, de passo em passo, vamos alcançando ainda mais”, comemora Hugo. A iniciativa da 6ª CRE está se espalhando por toda a Rede Municipal de Educação e já conta com contribuições da 2ª, 5ª, 7ª e 8ª CRE, além da Escola de Formação Paulo Freire. Não há exigências complicadas em relação ao formato em que as videoaulas devem ser produzidas. Recomenda-se, no entanto, que os vídeos tenham duração máxima de três minutos, sejam gravados sempre na posição horizontal e que os professores se apresentem e digam a qual escola pertencem. Para garantir a qualidade e o alinhamento dos conteúdos à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), todos os vídeos produzidos pelos professores estão passando pela análise da Gerência de Educação da 6ª CRE, que segue as orientações da Secretaria Municipal de Educação. As aulas e atividades de complementação escolar, gravadas em vídeo e áudio pelos professores, estão disponíveis em #CompartilhaUmaAula. Em breve, muitas delas poderão ser acessadas também na área Material de Complementação Escolar (MCE) do Portal MultiRio.
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02/04/2020
Alunos especiais precisam continuar desenvolvendo habilidades nesse período!
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Há possibilidades para adultos e crianças, como shows, leitura de histórias e passeios virtuais. Torne sua estadia em casa mais leve.
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O Espaço de SER (Sentir, Expressar e Relacionar) é um programa que trabalha as habilidades socioemocionais dentro da escola.
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Confira os conteúdos do 7º ano do Ensino Fundamental.
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Confira os conteúdos do 8º ano do Ensino Fundamental.
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13/03/2020
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