O setor educacional se vê, neste momento, diante de intensos debates sobre as práticas de ensino, as relações entre pedagogia e tecnologia, os rumos da Educação... A Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio de Janeiro tem feito vários esforços para que alunos e professores permaneçam em contato, durante o período de isolamento social, mas os desafios são muitos – afinal, a prática histórica da maioria das redes de educação sempre foi a do ensino presencial. Apesar disso, vários resultados começam a aparecer. E não só aqueles que dizem respeito à relação professor-aluno, mas também os que se referem às trocas de experiência e à apropriação de novas formas e ferramentas de ensino.
Várias lives vêm sendo feitas por professores da Rede Municipal para discutir essas e outras questões, a exemplo de Diálogos entre educadores, comandada pelos professores Mário Mangabeira e Soraya Aline de Castro Assis, ele assistente da Gerência de Educação da 8ª CRE e ela professora da C.M. Meriluce de Oliveira Müller (10ª CRE). Uma das questões que emergem é o uso das tecnologias, já que é preciso manter o contato com os alunos e utilizar ferramentas não presenciais para orientar, explicar e dirimir dúvidas.
Para otimizar o uso das tecnologias digitais pelos profissionais da Rede, a SME fez uma parceria com a Microsoft envolvendo a formação deles para o uso da plataforma Teams e de outras ferramentas digitais úteis à realização de atividades e à comunicação com alunos e parceiros de trabalho. “A ideia é que o curso e o uso das tecnologias sirvam não só a este momento de pandemia, mas que também sejam incorporados à prática profissional após o fim do isolamento social”, diz Rejane Farias, subsecretária de Ensino da SME.
A pandemia da covid-19, na opinião de Mário Mangabeira, está impondo que as práticas pedagógicas sejam repensadas e novas respostas sejam dadas. Segundo ele, a partir de sua experiência com os docentes, muitos dos atuais professores consolidaram a prática pedagógica numa época em que as pessoas ainda não usavam computador, mas vários desses já estão se descobrindo videomakers e produtores de atividades on-line.
Outra discussão que anda fervilhando entre os professores da Rede Pública é a questão das desigualdades sociais e da equidade na Educação. Parte expressiva dos alunos não tem acesso à internet. Às vezes, até estão conectados, mas a família possui apenas um celular antigo e uma conexão precária para atender às demandas de todos da casa.
A SME tem tentado diversificar as maneiras como as atividades podem chegar aos estudantes. A subsecretária de Ensino informa que a SME já mandou imprimir as várias versões do Material de Complementação Escolar (MCE), como alternativa para aqueles que têm dificuldade de acessar a internet. O MCE já foi enviado às 11 CREs da Rede Municipal, mas, segundo ela, a operação de distribuição não é fácil:
“Somos a maior rede de ensino da América Latina e não podemos, simplesmente, pedir que responsáveis e alunos peguem o material na escola, porque isso poderia gerar concentração de pessoas. Em primeiro lugar, a saúde. Além disso, os Correios não chegam a inúmeras comunidades, exatamente aquelas em que, de forma geral, o material impresso mais se faz necessário”, diz.
Rejane Farias explica que cada CRE está construindo, junto às escolas, a melhor estratégia de distribuição do MCE impresso, já que conhecem melhor a realidade dos alunos e de cada comunidade. A subsecretária de Ensino também lembra que o Material de Complementação Escolar está disponível on-line – no app SME Carioca 2020 e na área MCE do Portal MultiRio, que possui conteúdos elaborados pela SME e uma seleção de produções da MultiRio. Também há uma faixa especial da MultiRio na TV, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h, pelo canal 526 e 26 da NET-Rio, com programação selecionada e alinhada ao Material de Complementação Escolar. As CREs, por meio de redes sociais e blogs, também oferecem acesso ao MCE a professores, alunos e responsáveis.
Práticas remotas
Da mesma maneira que Mangabeira, o professor de Matemática Esdras Pereira, da E.M. Padre Leonel Franca (8ª CRE), em Realengo, acredita que as práticas pedagógicas e as culturas educacionais precisam ser melhor repensadas para envolver os alunos de maneira não apenas quantitativa, mas também qualitativa: "Várias escolas e professores estão reproduzindo o modelo de aula tradicional na internet. Tenho visto vários pais reclamando de sua ineficácia, pois não conseguem manter a atenção do filho durante a videoaula”.
Joana Milliet, doutoranda em Educação na PUC-Rio e integrante do Grupo de Pesquisa em Educação e Mídia, observa que as práticas remotas, durante a quarentena, costumam estar afinadas com a filosofia pedagógica da unidade escolar. “Há relatos em que alunos passam horas assistindo a aulas expositivas, por meio de videoconferência, em uma tentativa de a escola transpor, de forma direta, a experiência presencial, sem considerar que o tempo de atenção, quando estamos diante da tela, é muito menor”, diz. Para ela, que está fazendo uma pesquisa sobre letramento midiático e educação remota durante a pandemia do coronavírus, as experiências que parecem mais profícuas são aquelas que dão autonomia aos professores para criarem, selecionarem e proporem atividades adequadas à sua turma (que só eles conhecem).
A professora do 6º ano carioca Juliana Cardoso de Almeida, da E.M. Álvaro Alvim (8ª CRE) acredita que as escolas e os profissionais com mais dificuldade, neste momento de ensino remoto, são aqueles que não usavam as tecnologias e as estratégias participativas que visam o maior protagonismo do aluno:
“Na primeira semana de aula, eu já dou o meu perfil profissional no Facebook e peço para os alunos me seguirem. Então, não está sendo tão difícil desenvolver atividades remotas, porque eu já tinha contato virtual com eles. A escola em que ensino pediu para cada professor criar um grupo, no WhatsApp, para orientar e tirar as dúvidas de seus alunos. No meu caso, são os pais que mais estão em contato, neste aplicativo, para saber o que os filhos têm que fazer. Tenho passado atividades simples e divertidas, como fazer um vulcão. Peço que todos os exercícios sejam registrados por foto ou vídeo e, depois, publicados no perfil do aluno, no Facebook, junto com hashtags que criei e que me permitem ver, a qualquer momento, o que eles fizeram. Um dos pontos interessantes dessa experiência é que as imagens também trazem várias informações sobre a realidade das famílias”, relata Juliana.
Mesmo para os professores que costumam fazer uso de atividades que interagem com os alunos em sala de aula, a experiência de ensino remoto tem sido repleta de desafios e novas aprendizagens. O professor de Geografia Gustavo Xavier, da E.M. Presidente Antônio Carlos (9ª CRE), em Cosmos, se aflige com a falta do contato presencial: “Tenho feito vários vídeos, alguns, inclusive, em parceria com a 8ª CRE. Mas, no ensino presencial, a gente vê a reação de cada um da turma, podendo mudar, ou não, a estratégia da aula. Já no vídeo, a gente fica sem saber ao certo se está agradando ou não. Tenho tentado me aperfeiçoar nas técnicas audiovisuais”.
Legados da pandemia
Conforme Gustavo Xavier, o período tem sido de muita apreensão para os professores, já que eles não sabem o que acontecerá, depois que tudo terminar. Para Esdras Pereira, a pandemia está escancarando as desigualdades sociais e a necessidade de se abraçar um novo modelo de ensino: “Espero que professores e gestores façam uma reflexão profunda sobre o que é e não é necessário à escola do século XXI. Torço muito para que tudo isso resulte em novas utopias”.
Ao contrário de muitos professores, que temem que a pandemia desvalorize a profissão e os troque por robôs, a pesquisadora Joana Miliet acredita que a quarentena está promovendo o contrário, a valorização do papel da escola: “Observo que a população está percebendo, de fato, o papel fundamental que a escola exerce na sociedade e o tanto que perderíamos sem ela. E, como toda crise, o momento oferece grandes oportunidades para novos aprendizados. Uma das grandes perguntas que as escolas e as redes de ensino estão se fazendo é: o que, realmente, é necessário ensinar? Isso é um bom ensejo para se repensar o currículo”.
A professora Juliana Cardoso de Almeida também não crê na desvalorização da escola, mas em sua renovação. Como sua prática pedagógica, anterior à pandemia, favoreceu a permanência do contato com a maioria de seus alunos, ela acredita que as redes sociais e as ferramentas da internet potencializam o aprendizado e contribuem para estreitar a relação com alunos e responsáveis: “Meus laços com as famílias aumentaram ainda mais durante essa quarentena. É interessante perceber como, às vezes, estamos tão próximos, mas desconectados uns com os outros. E como, em outras ocasiões, estamos tão distantes, mas profundamente conectados”.
Mário Mangabeira acredita que o período pós-covid-19 pode ser, sim, bastante profícuo e de uma grande revisão crítica, já que muitos professores têm se
perguntado acerca de suas rotinas escolares, em especial aquelas relacionadas às situações de aprendizagem. Isso porque o momento está exigindo que os alunos sejam mais autônomos e tenham mais iniciativa. “Aquela escola onde o professor dá tudo e o aluno só recebe está sendo colocada em xeque”, opina. Outro possível legado da pandemia, na visão de Mangabeira, é o maior incremento de políticas públicas voltadas à renovação do ensino, à formação de um professor mais conectado com o século XXI e ao uso de ferramentas tecnológicas como potencializadoras da relação ensino-aprendizagem.
03/12/2020
Confira os conteúdos do 1º ano do Ensino Fundamental.
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03/12/2020
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03/12/2020
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Confira os conteúdos do EJA I.
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Confira os conteúdos do Carioca II.
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27/10/2020
O projeto está presente em todas as CREs e é baseado no diálogo.
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25/09/2020
A 6ª CRE ofereceu oficina sobre podcast para 300 professores. Fique por dentro desse formato e suas possibilidades educativas.
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11/09/2020
O fenômeno das transmissões de vídeo ao vivo invadiu as redes sociais no período da pandemia. Confira algumas iniciativas na Rede Pública Municipal de Ensino.
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24/08/2020
Professores da Rede utilizam formatos de áudio e de vídeo, além de ferramentas como o Microsoft Sway, em propostas criativas e periódicas.
Material de Complementação Escolar (MCE)
11/08/2020
Professora Danielle Pereira, da E.M. José Eduardo de Macedo Soares (3ª CRE), cria e-book para crianças expressarem sentimentos e vivências durante a pandemia.
Material de Complementação Escolar (MCE)
06/08/2020
Sugestões para a rotina dos alunos, curso de Libras, materiais acessíveis e a programação da Jornada Pedagógica da Educação Inclusiva.
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04/08/2020
O isolamento social tornou o ensino remoto realidade para os alunos que conseguem manter o vínculo com a escola. Entenda os prós e os contras dessa situação.
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21/07/2020
A experiência da E.M. José Emygdio de Oliveira (5ª CRE) no desafio de tornar o ensino remoto mais democrático.
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03/07/2020
Jogos, adaptações de modalidades esportivas e até atividade de faz de conta envolvendo exercícios de ioga entre as sugestões.
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01/07/2020
As diversas atividades e projetos espelham as múltiplas possibilidades da música.
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26/06/2020
Elas conseguiram a adesão de quase 100% dos alunos às atividades que fazem pela internet.
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16/06/2020
Professores da Rede estão usando recurso digitais gratuitos para ensinar a distância. Conheça experiências que estão funcionando.
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16/06/2020
Especialista responde a perguntas enviadas pela comunidade escolar durante o #educa sobre Direitos autorais.
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04/06/2020
Docentes têm buscado novos conhecimentos sobre ferramentas tecnológicas e metodologias educacionais.
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25/05/2020
Professores devem estar atentos ao produzir e compartilhar vídeos e demais conteúdos educativos na internet. Confira alguns cuidados que devem ser tomados.
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22/05/2020
Temas mais procurados costumam ser alvo de hackers.
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19/05/2020
Dia 20 de maio é dedicado ao pedagogo. Conheça possibilidades de capacitação.
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16/04/2020
Conheça divesrsos sites que oferecem livros on-line gratuitos.
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15/04/2020
Psicólogos, pediatras, nutricionista e professores de Educação Física orientam sobre como viver melhor esse momento de restrição.
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08/04/2020
Estimule a curiosidade das crianças e dos adolescentes!
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03/04/2020
Balé, Língua Portuguesa, arte com massinha, poesia e diversos outros conteúdos - educadores estão postando nas redes. Aproveite!
Material de Complementação Escolar (MCE)
02/04/2020
Yasmin Benedetti, professora de inglês nas Escolas Municipais Zituo Yoneshigue e Lia Braga, em uma videoaula compartilhada nas redes sociais A 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), que representa a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro em 13 bairros da Zona Norte da cidade, está convocando os professores a gravarem aulas em vídeo e a compartilharem com seus alunos nas redes sociais. Mais de 500 professores já aderiram à campanha. Batizada de #CompartilheUmaAula pelo coordenador da 6ª CRE, Hugo Nepomuceno, a iniciativa pretende minimizar os prejuízos pedagógicos causados pelo fechamento das escolas determinado pela Prefeitura do Rio de Janeiro como medida preventiva contra a disseminação do novo coronavírus. Além do grande risco à saúde e à vida das pessoas, a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, abalou sistemas educacionais no mundo inteiro. Como em diversos países, no Brasil, governos estaduais e municipais decidiram fechar as escolas para diminuir a velocidade da transmissão da doença, na tentativa de evitar o colapso do sistema de saúde. Na Rede Pública Municipal de Educação do Rio de Janeiro, cerca de 640 mil alunos e 40 mil professores estão dentro de suas casas, em afastamento social, seguindo orientações das autoridades sanitárias. Mas as adversidades costumam atiçar a criatividade das pessoas. Seis dias após o início da suspensão das aulas no Rio de Janeiro, ocorrido em 16 de março, o professor Cássio Veloso, responsável pela Assessoria de Informática Técnica e gestor das redes sociais da 6ª CRE, decidiu propor uma ação de compartilhamento voluntário de videoaulas com os alunos pelas redes sociais, durante o período de suspensão das atividades escolares. Cássio conta que a ideia surgiu de uma conversa com sua mãe. “Minha mãe, que é professora alfabetizadora aposentada, demonstrou preocupação com a suspensão das aulas por conta do aprendizado dos alunos. Ali, falando com ela em vídeo, surgiu a ideia: conclamar colegas professores a gravarem aulas e nos enviar para compartilharmos em nossas redes sociais. ” A iniciativa foi prontamente encampada pelo coordenador da 6ª CRE, Hugo Nepomuceno, que não demorou a encontrar um nome que traduzisse o potencial de alcance da proposta. “A inspiração se deu pelo desejo de, com a iniciativa, criarmos um movimento colaborativo de produção dessas microaulas, sendo necessário, para isso, criar uma hashtag que não se restringisse aos profissionais da 6ª CRE, mas atingisse a Rede como um todo. Deveria ser também uma hashtag que comunicasse de forma simples e direta com o público que procurasse, na rede social, por esse conteúdo. Fizemos uma pesquisa preliminar e identificamos que essa hashtag não estava em uso no Facebook, o que nos levou a adotá-la”, conta. Letícia Lombone, 12 anos, aluna da Escola Municipal de Aplicação Carioca Coelho Neto, assistindo a uma videoaula em casa. FOTO: Patrícia Rodrigues Mello. Hugo gravou um vídeo convocando os professores a participarem da empreitada. A mobilização gerada pela mensagem postada na página da 6ª CRE no Facebook já está gerando resultados. Letícia Lombone, 12 anos, aluna do 8º ano na Escola Municipal de Aplicação Carioca Coelho Neto, localizada no bairro de Ricardo de Albuquerque, afirma estar gostando das atividades pedagógicas postadas por seus professores nas redes sociais e relata já ter assumido um compromisso: “as videoaulas me mantêm em uma rotina de exercícios e trabalhos muito importante, que terei que apresentar aos professores no final desse período da quarentena. ” Manter a rotina relacionada à escola é um dos objetivos da iniciativa proposta pela 6ª CRE, segundo a professora Yasmin Benedetti, que leciona inglês nas Escolas Municipais Zituo Yoneshigue, também em Ricardo de Albuquerque, e Lia Braga, em Guadalupe. “Nessa quarentena que nós estamos vivendo, pensar que os nossos alunos estão afastados da escola, que é a maior referência que eles têm - eles passam mais tempo na escola do que em casa -, poder chegar até eles e fazer com que eles não percam essa rotina e esse contato, e sigam aprendendo, é muito bom”, afirma Yasmin, que já deu a sua contribuição com uma videoaula gravada em seu celular. Segundo Hugo, a intenção não é criar um modelo de ensino a distância para a Rede Municipal, mas manter professores, alunos, pais e responsáveis conectados. “Não podíamos correr o risco de nossos alunos, nesse período de afastamento social, se desvincularem da escola e perdermos contato. Através desse movimento, temos visto uma verdadeira rede colaborativa se desenvolvendo, com profissionais de diferentes unidades escolares trocando ideias e compartilhando as aulas uns dos outros, levando esse conteúdo aos alunos de suas unidades”, constata. Entre os conteúdos compartilhados, há atividades lúdicas, como brincadeiras e leitura de histórias, consideradas fundamentais por Luana Travassos, mãe de Maria Eduarda, 8 anos, aluna do 3º ano no Ciep Glauber Rocha, na Pavuna. Luana elogia a preocupação dos professores em relacionar os conteúdos das videoaulas com a faixa etária do aluno e conta como utiliza as atividades sugeridas para organizar a rotina da filha: “Eu imprimo algumas, para que ela estude na parte da manhã, que é o horário que nós separamos para os estudos dela. Quando não consigo imprimir, mostro através da tela mesmo. Faço sempre a busca nas redes sociais da 6ª CRE ou através da hashtag.” Cássio explica que as redes sociais da 6ª CRE já contavam com 10 mil seguidores, o que contribuiu para a rápida e grande adesão. Hugo acrescenta um ingrediente: para ele, o sucesso da iniciativa deve-se também à grande penetração da telefonia móvel. “O fato desse material ser de fácil acesso pelas famílias, pois com um celular elas conseguem acessar as aulas, fez com que nós acabássemos democratizando, ainda mais, o alcance desse conteúdo. Afinal, a maioria das famílias hoje acessa a internet por meio do celular e não dos computadores”, relata. As atividades e conteúdos pedagógicos estão sendo compartilhados pela página da 6ª CRE no Facebook , pelo Instagram e em grupos de WhatsApp que reúnem professores, gestores escolares, pais e responsáveis pelos alunos. “Sabemos que não alcançaremos todas as famílias, pois no nosso território tem algumas áreas em que a qualidade do sinal das operadoras é muito limitada ainda, mas cada família que alcançamos já é uma vitória e, de passo em passo, vamos alcançando ainda mais”, comemora Hugo. A iniciativa da 6ª CRE está se espalhando por toda a Rede Municipal de Educação e já conta com contribuições da 2ª, 5ª, 7ª e 8ª CRE, além da Escola de Formação Paulo Freire. Não há exigências complicadas em relação ao formato em que as videoaulas devem ser produzidas. Recomenda-se, no entanto, que os vídeos tenham duração máxima de três minutos, sejam gravados sempre na posição horizontal e que os professores se apresentem e digam a qual escola pertencem. Para garantir a qualidade e o alinhamento dos conteúdos à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), todos os vídeos produzidos pelos professores estão passando pela análise da Gerência de Educação da 6ª CRE, que segue as orientações da Secretaria Municipal de Educação. As aulas e atividades de complementação escolar, gravadas em vídeo e áudio pelos professores, estão disponíveis em #CompartilhaUmaAula. Em breve, muitas delas poderão ser acessadas também na área Material de Complementação Escolar (MCE) do Portal MultiRio.
Material de Complementação Escolar (MCE)
02/04/2020
Alunos especiais precisam continuar desenvolvendo habilidades nesse período!
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Há possibilidades para adultos e crianças, como shows, leitura de histórias e passeios virtuais. Torne sua estadia em casa mais leve.
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20/03/2020
É hora de revisar conteúdos e de realizar atividades educativas e divertidas com as crianças!
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O Espaço de SER (Sentir, Expressar e Relacionar) é um programa que trabalha as habilidades socioemocionais dentro da escola.
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Confira os conteúdos do 7º ano do Ensino Fundamental.
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16/03/2020
Confira os conteúdos do 8º ano do Ensino Fundamental.
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Confira os conteúdos compartilhados por professores da Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro.
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Confira os conteúdos do 9º ano do Ensino Fundamental.
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13/03/2020
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