Heitor dos Prazeres nasceu na Rua Presidente Barroso, Cidade Nova, em 1898. Aos 7 anos, perdeu o pai, marceneiro que tocava clarinete e piano. Cedo, começou a trabalhar como engraxate, jornaleiro e ajudante de marceneiro.
Aos 12 anos, jogava capoeira e frequentava as casas da tia Esther, em Oswaldo Cruz, e da tia Ciata, na Praça Onze. O menino participava dessas reuniões cheias de ritmos afros acompanhado por familiares. Já levava seu cavaquinho, presente do tio Lalu, e tocava com bambas do samba, como Donga, João da Baiana, Sinhô e Pixinguinha.
Na década de 20, participou da criação das primeiras escolas de samba – como a Deixa Falar, no Estácio – e dos embriões do que viria a ser a Portela – Prazer da Moreninha e Sai Como Pode, em Oswaldo Cruz. Na Estação Primeira de Mangueira, contratava as “pastoras”, mulheres que se apresentavam com ele em festas e cassinos.
Tornou-se compositor conhecido, gravado pelos grandes da época, como Francisco Alves, e, na década de 40, trabalhou nas primeiras emissoras de rádio do Rio de Janeiro. Começou a pintar com uma ilustração que fez para a música Pierrô Apaixonado, sucesso carnavalesco até os dias de hoje. Quem nunca pulou carnaval ao som de “Um pierrô apaixonado, / que vivia só cantando, / por causa de uma colombina, / acabou chorando, acabou chorando”? A propósito: essa música foi feita em parceria com o amigo Noel Rosa.
Noel não era o único estudante universitário que procurava a companhia de Heitor dos Prazeres. Outro notório era o poeta Carlos Drummond de Andrade, que incentivaria e ajudaria a lançar o compositor como artista plástico.
Como pintor, ele participou de uma exposição internacional em benefício das vítimas da Segunda Guerra Mundial, em Londres, na Inglaterra. Nessa coletiva com artistas de vários países, participou com a tela Festa de São João. O quadro foi adquirido pela então princesa Elizabeth, hoje rainha da Inglaterra.
Heitor dos Prazeres foi o precursor no Brasil de um estilo conhecido como arte naïf, que quer dizer instintiva, ingênua e se caracteriza pelas cores fortes, vibrantes e pelo gosto pela descrição minuciosa. O Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, abriga outras obras de Heitor, como Mulata, Caminho da Roça e Autorretrato, todas da Coleção Gilberto Chateaubriand, mas que não estão em exposição.
24/11/2017
José Maurício Nunes Garcia foi um dos melhores compositores brasileiros de música sacra.
Heróis e Heroínas do Rio
03/03/2017
Compositor, maestro e instrumentista carioca de renome internacional, Villa-Lobos uniu a música popular à erudita.
Heróis e Heroínas do Rio
19/01/2017
Pioneira na criação de uma moda genuinamente nacional, a estilista deu contornos políticos ao seu trabalho a partir da morte do filho.
Heróis e Heroínas do Rio
04/01/2017
Jovem de Vila Isabel uniu os sambas do morro e do asfalto por meio de composições que retratavam o cotidiano com humor e crítica social.
Heróis e Heroínas do Rio
26/10/2016
O autor inaugurou o movimento artístico chamado realismo e já foi traduzido para 16 línguas.
Heróis e Heroínas do Rio
02/09/2016
Apesar de ter nascido em Portugal, Carmen Miranda é considerada a primeira artista multimídia do Brasil.
Heróis e Heroínas do Rio
26/08/2016
Administrou o município do Rio de Janeiro na década de 1930, iniciando a construção de oito hospitais e 28 escolas públicas.
Heróis e Heroínas do Rio
01/03/2016
Persistente, ele lutou contra franceses e indígenas para dominar a Baía de Guanabara e povoar o local onde hoje é a cidade do Rio.
Heróis e Heroínas do Rio
24/02/2016
O engenheiro Pereira Passos foi o maior responsável pela reformulação que, no início do século XX, deu ao centro do Rio seu ar de metrópole.
Heróis e Heroínas do Rio
19/01/2016
O italiano Sebastião e sua trajetória até tornar-se o padroeiro da nossa cidade.
Heróis e Heroínas do Rio
18/11/2015
Articulador fundamental para o fim da escravidão no país, ele abraçou também a causa dos retirantes nordestinos e até a defesa dos animais.
Heróis e Heroínas do Rio
10/11/2015
Considerada uma das melhores instrumentistas do início do século XX, ela teve uma carreira impecável no exterior por mais de 60 anos.
Heróis e Heroínas do Rio
23/10/2015
De 1816 a 1831, o artista registrou não apenas momentos importantes da fase de formação do Brasil Império, mas também o movimento das ruas.
Heróis e Heroínas do Rio
21/09/2015
Engenheiro de prestígio, o que contribuiu para que desse nome a um importante túnel da cidade, Rebouças foi um intelectual preocupado com a inclusão social do negro no Brasil.
Heróis e Heroínas do Rio
03/09/2015
Representante autêntico do samba e um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, músico leva requinte a composições que atravessam décadas.
Heróis e Heroínas do Rio
30/07/2015
Maria Carlota Costallat de Macedo Soares, ou simplesmente Lota, foi responsável por evitar a construção de quatro avenidas com prédios à beira-mar, em prol da realização do atual Parque do Flamengo.
Heróis e Heroínas do Rio
14/07/2015
Médico, cientista e sanitarista, foi responsável pelo combate de doenças infecciosas que matavam milhares de brasileiros.
Heróis e Heroínas do Rio
02/07/2015
Com uma carreira que começou ainda na infância, o maestro foi responsável por incorporar elementos tipicamente brasileiros às técnicas de orquestração e de arranjo de então.
Heróis e Heroínas do Rio
26/05/2015
O jesuíta é tido não só como pioneiro da área de ensino, mas também da arte brasileira.
Heróis e Heroínas do Rio
19/05/2015
Estimativas apontam que Augusto Malta produziu de 30 a 60 mil registros, ao longo das mais de três décadas em que trabalhou para a prefeitura da cidade.
Heróis e Heroínas do Rio
27/04/2015
Com o pseudônimo de Rian, Nair de Teffé publicou em jornais brasileiros e estrangeiros. Artista multitalento, foi ainda feminista e esposa do presidente Hermes da Fonseca.
Heróis e Heroínas do Rio