Não apenas comerciantes, pintores, botânicos, etc. vieram nessa época para o Brasil. Em 1818, um grupo de mais de dois mil suíços chegou, com a intenção de se fixar na terra, fugindo da fome que assolara seu país e, também, atraídos pelas promessas do governo de D. João de doar lotes de terras, onde poderiam viver com suas famílias. Depois de uma longa e sofrida travessia do Atlântico, os suíços foram fixados em terras bastante difíceis de ser cultivadas, em Morro Queimado, na província do Rio de Janeiro, aí fundando a Vila de Nova Friburgo. Além da dificuldade de cultivo apresentada pelas terras, eles foram acometidos por um surto de malária, conhecida como "febres de Macacu". Só no primeiro ano, 146 pessoas do grupo morreram vitimadas pela doença.
A situação era tão precária que, algumas décadas mais tarde, quando um representante de seu país veio visitá-los, ficou chocado com o que viu, comentando: "Não sei a que atribuir a escolha tão infeliz do local da colônia, se à ignorância ou ao desleixo. Estou, entretanto, inclinado a crer que se procedeu de acordo com um frio cálculo e ideias preconcebidas, que se podem resumir da seguinte maneira: essas terras não têm para nós nenhum valor, mas os pobres colonos suíços as tornarão cultiváveis e as aproveitarão, pois a miséria os obrigará a tal".