O litoral carioca é formado por ilhas isoladas, hoje nomeadas como Rasa e Redonda, e as do Arquipélago das Cagarras; praias como a da Reserva e a da Joatinga; e também pelo que a mão humana ergueu para a defesa da região, como a Fortaleza de Santa Cruz e a Fortaleza de São João, impregnadas de história. A de São João, no bairro da Urca, está fortemente ligada à fundação da cidade. Justamente nesse ponto, Estácio de Sá (1520-1567), com a sua tropa, desembarcou, em 1565, na praia (entre o Pão de Açúcar e o Morro Cara de Cão), objetivando expulsar os franceses – chamados pela Coroa portuguesa de estrangeiros vis e infames –, reintegrando a região ao domínio de Portugal.
Mais um trecho dessa orla está nos grandes paredões de pedra formados pelas montanhas da cidade, projetando-se sobre o mar e as praias localizadas nas partes baixas do litoral.
Outros cartões-postais: o trecho que vai do Rio São João de Meriti até o Pão de Açúcar, a Ilha de Paquetá, a Praia da Urca e o Aterro do Flamengo – local urbanizado após sucessivos aterros, a partir dos anos 1960. São pontos situados dentro da Baía de Guanabara, portal de entrada das terras do entorno. Em muitos desses lugares, é possível desvendar ângulos inusitados que o tempo não apagou. Diante de tantas retas e curvas, Tom Jobim descreveria a cidade entre o mar e a montanha: “Minha alma canta, vejo o Rio de Janeiro”.