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O jornal escrito pelo liberal exaltado Luís Augusto May era um dos mais ferrenhos críticos do imperador. Domínio público, Biblioteca Nacional Digital

A política autoritária de D. Pedro I sofria uma forte oposição localizada em dois polos principais. Um deles era a nascente imprensa. Em todo o país, não apenas na corte, surgiam, nesse período, jornais chamados de pasquins. Eram pequenas publicações que saíam sem muita regularidade, utilizando uma linguagem inflamada que aumentava à medida que crescia o descontentamento com o monarca. O outro polo localizava-se na Câmara dos Deputados. Convocada em 1826 por D. Pedro I, era composta por deputados eleitos em 1824, na maioria francamente contrários ao imperador, razão para a demora da convocação.

Instalada, então, pela primeira vez em 1826, a Assembleia Geral reunia, também, o Senado vitalício, que, escolhido por D. Pedro I, apoiava incondicionalmente as medidas por ele tomadas.

Tanto na imprensa como na Câmara dos Deputados, surgiram dois grupos político-partidários entre os que se opunham ao monarca: os liberais moderados e os liberais exaltados.